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IPCA-15

Prévia da inflação fica em 0,30% e tem menor taxa para janeiro desde 1995

Editoria: Estatísticas Econômicas | Rodrigo Paradella

23/01/2019 09h00 | Atualizado em 23/01/2019 09h00

A prévia da inflação ficou em 0,30% em janeiro, a menor taxa para o mês desde a implementação do Plano Real, em julho de 1994, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 3,77%. Na comparação com janeiro de 2018, a taxa foi de 0,39%. As informações são do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje pelo IBGE.

A maior variação ocorreu no grupo Alimentação e bebidas (0,87%), responsável também pelo maior impacto (0,22 ponto percentual) no índice. Transportes e Vestuário, por sua vez, tiveram deflação de 0,47% e 0,16% no período, respectivamente. Completaram a lista os outros seis grupamentos: Comunicação (0,06%), Habitação (0,08%), Educação (0,31%), Despesas Pessoais (0,43%), Artigos de residência (0,58%) e Saúde e cuidados pessoais (0,68%).

 

O principal responsável pela alta em Alimentação e bebidas foi o grupo alimentação no domicílio (1,07%), influenciado pela subida dos preços das frutas (6,52%), carnes (1,72%), cebola (17,50%) e batata-inglesa (11,27%). Já a alimentação fora de casa mostrou leve desaceleração, de 0,58% em dezembro para 0,53% em janeiro.

Já os Transportes tiveram a maior queda entre os grupos pesquisados, de 0,47%, embora menos intensa que a ocorrida em dezembro (-0,93%). A gasolina (-2,73%) caiu pelo segundo mês consecutivo e teve o maior impacto individual no índice, de -0,12 p.p. Os preços do etanol (-1,17%) e do óleo diesel (-3,43%) também caíram, contribuindo para o resultado de -2,4% dos combustíveis. Completam as baixas de preços as passagens aéreas (-3,94%), que haviam subido 29,61% em dezembro.

Responsável por fortes altas no grupo Habitação (0,08%) em meses anteriores, a energia elétrica (-0,73%) caiu pelo quarto mês consecutivo, embora menos intensamente que em dezembro (-3,61%). Já o grupo Saúde e cuidados pessoais (0,68%) teve o segundo maior impacto positivo no índice do mês (0,08 p.p.), com destaque para os itens de higiene pessoal, que subiram 2,23% em janeiro.

Por localidade, apenas a região metropolitana de Curitiba (-0,08%) teve deflação, em grande parte, devido às quedas da gasolina (-3,55%) e da energia elétrica (-1,39%).  Já o maior índice foi o da região metropolitana de Salvador (0,80%), graças a altas das frutas (10,10%) e das carnes (4,60%).