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Pesquisa Mensal de Serviços

Volume de serviços em novembro fica estável pelo segundo mês seguido

Editoria: Estatísticas Econômicas | Rodrigo Paradella

16/01/2019 09h00 | Atualizado em 16/01/2019 09h00

Mesmo com o crescimento de quatro das cinco atividades pesquisadas, o setor de serviços permaneceu estável (0,0%) na comparação de novembro com outubro, completando o segundo mês consecutivo nesta situação.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje pelo IBGE, que apontou estabilidade também no acumulado nos últimos 12 meses, encerrando uma sequência de 41 meses de taxas negativas nesse indicador.

De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, o setor não costuma mostrar uma volatilidade tão grande quanto a apresentada nos meses logo após a greve dos caminhoneiros iniciada em maio. “Agora, o setor está 0,2% acima de abril, o período pré-greve [dos caminhoneiros], e 0,3% abaixo de dezembro de 2017. Ou seja, com todo o distúrbio da greve, é como se essa parte da economia não tivesse se movimentado em relação ao fim do ano passado”, explica.

 

 

Apenas o grupo de Outros serviços encerrou novembro com variação negativa em relação a outubro (-0,2), enquanto os demais ficaram positivos: Serviços prestados às famílias (0,4%), Serviços de informação e comunicação (0,8%), Serviços de transportes (0,3%) e Serviços profissionais, administrativos e complementares (0,1%).

O principal impacto veio dos Serviços de informação e comunicação, que acumulam alta de 1,4% nos últimos 3 meses. “Nesse mês, em particular, a atividade foi impulsionada pela edição integrada à impressão de livros, que teve aumento de produção de materiais didáticos para 2019. O segmento de telecomunicações também teve pressão positiva”, diz Lobo.

O segundo impacto positivo veio dos transportes, com variação de 0,3%, que não recuperou a perda acumulada dos últimos dois meses, de 0,9%. Esse crescimento foi sustentado pelo armazenamento de mercadorias, influenciado pela Black Friday, e pelo transporte aéreo de passageiros, complementou o gerente da pesquisa.

Regionalmente, entretanto, a maioria dos locais encerrou novembro com desempenho abaixo de outubro. Das 27 unidades da federação, 20 tiveram queda, embora isso tenha sido compensado, em grande parte, pelo crescimento de 0,7% de São Paulo. Também fecharam o mês no positivo Ceará (0,2%), Pará (1,1%), Amapá (1,5%), Santa Catarina (1,6%), Mato Grosso (2,3%) e Roraima (4,9%).

“O que acaba puxando o setor de serviços para a estabilidade é São Paulo, que está no campo positivo, enquanto há uma predominância de variações negativas nos outros estados. Isso acontece porque São Paulo tem 43% do setor. O Rio de Janeiro, por exemplo, encerrou em baixa [-2,4%], mas tem apenas cerca de 15%”, explica o gerente da pesquisa.

Já na comparação com novembro de 2017, o setor de serviços teve crescimento de 0,9% no mesmo mês de 2018. Das cinco atividades, somente Serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%) teve desempenho negativo. Na outra ponta, os responsáveis pelo resultado positivo foram as atividades de Serviços prestados às famílias (3,1%), Serviços de informação e comunicação (1,2%), Serviços de transportes (0,6%) e Outros serviços (3,7%).