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Seminário Internacional

Especialistas discutem novos indicadores para pesquisas de saúde do IBGE

Editoria: IBGE | João Neto

17/12/2018 10h45 | Atualizado em 17/12/2018 11h02

O IBGE, o Ministério da Saúde e a Universidade Federal de Minas Gerais organizaram o I Seminário Internacional de Inquéritos Populacionais de Saúde, no Rio de Janeiro, entre os dias 12 e 14 de dezembro. Cerca de 50 especialistas de institutos de pesquisa e de universidades nacionais e estrangeiras foram convidados para discutir novos indicadores para a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), que vão a campo no ano que vem e com divulgação prevista para 2020.

Para as próximas edições dessas pesquisas, o IBGE planeja ampliar os indicadores e abordar temas como violência contra mulheres e menores de idade, além da saúde reprodutiva, do idoso e do deficiente. As últimas edições da PNS e da PeNSE, divulgadas, respectivamente, em 2013 e 2015, trouxeram dados sobre hipertensão, diabetes, sedentarismo, tabagismo, uso nocivo de álcool e saúde da mulher.

Na abertura do seminário, o diretor de Pesquisas do IBGE, Cláudio Crespo, destacou a importância da formação de parcerias para a construção das pesquisas. “Abrir esse espaço é fundamental para conhecermos a realidade da saúde dentro e fora do país e assim qualificar mais os nossos profissionais e produzir informações que realmente atendam às demandas da população”.

De acordo com o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, que também integra a equipe gestora da PNS e da PeNSE, o seminário foi uma oportunidade de reunir e criar uma rede de contatos para nortear a produção e apresentação dos indicadores.

“Hoje, a maioria das mortes naturais registradas no Brasil são decorrentes de doenças crônicas não transmissíveis como o câncer e problemas cardiovasculares e, nesse sentido, as pesquisas vão incrementar o banco de informações que o IBGE já possui. São dados essenciais para o fomento de políticas de controle e prevenção de risco”, disse.

Para a diretora de Vigilância de Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Marinho, essas novas informações vão preencher uma lacuna de informações existente no sistema de saúde do país. “Os poucos dados que temos sobre violência contra mulher, por exemplo, são de notificações de registro hospitalares e de estatísticas policiais. Essas pesquisas vão fornecer dados, que, muitas vezes, não conseguimos captar com tanta profundidade como o IBGE”, encerrou.