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IPCA-15

Prévia da inflação fica em 0,19% em novembro, apesar de alta nos alimentos

Editoria: Estatísticas Econômicas | Irene Gomes | Arte: Helga Szpiz

23/11/2018 09h00 | Atualizado em 23/11/2018 18h09

A prévia da inflação (IPCA-15), divulgada hoje pelo IBGE, desacelerou de 0,58% em outubro para 0,19% em novembro. É o menor resultado para o mês desde 2003, quando o índice foi de 0,17%. No acumulado no ano está em 4,03% e, nos últimos 12 meses, chegou a 4,39%.

O maior impacto positivo veio do grupo alimentação, que passou de 0,44% em outubro para 0,54% em novembro, respondendo por cerca de 68% do índice deste mês.  Já a desaceleração no preço dos combustíveis, que passaram de 4,74% em outubro para 0,69% em novembro, e as quedas em saúde e cuidados pessoais, de -0,35%, e habitação, de -0,13%, ajudaram a conter a taxa.

 

O grupo alimentação foi influenciado pelo aumento de preços no consumo em casa, que ficou 0,85% mais caro. Os destaques foram o tomate (50,76%), a batata-inglesa (17,97%) e a cebola (10,01%). As quedas ficaram por conta do leite longa vida (-3,74%), do café moído (-1,10%) e dos ovos (-0,45%).

A desaceleração dos combustíveis contribuiu para que o grupo transporte saísse de 1,65% em outubro para 0,31% em novembro. A gasolina passou de 4,57% para 0,05%; o etanol, de 6,02% para 3,32%; e o óleo diesel, de 5,71% para 1,38%. Também contribuíram as quedas nos preços dos automóveis novos (-0,38%), dos acessórios e peças (-0,49%) e do seguro voluntário de veículo (-0,66%), que haviam apresentado alta no mês anterior.

O grupo saúde e cuidados pessoais apresentou a maior variação negativa (-0,35%) e o maior impacto negativo (-0,04 p.p) em novembro. Os destaques foram produtos farmacêuticos (-0,28%) e itens de higiene pessoal (-2,56%), que ficaram mais baratos em novembro após registrarem altas de 0,13% e 1,50%, respectivamente, no mês anterior.

Na habitação (-0,13%), o item energia elétrica, que já havia caído 0,08% em outubro, intensificou o ritmo de queda com a mudança da bandeira tarifária, chegando a -1,46%.  O gás de botijão, que havia subido 0,46% em outubro, caiu 0,37% em novembro, mesmo com o reajuste de 8,53% nas refinarias, que passou a vigorar a partir de 6 de novembro. 

Quanto aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas apresentaram desaceleração entre outubro e novembro. A maior alta foi em Goiânia (0,42%) e, o menor resultado, na região metropolitana de Salvador (-0,03%), ambas por influência da energia elétrica, cujas variações foram de 5,37% e -2,86%, respectivamente.