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Contas Regionais

Roraima é único estado com crescimento do PIB em 2016

Editoria: Estatísticas Econômicas | João Neto | Arte: Helena Pontes

16/11/2018 10h00 | Atualizado em 16/11/2018 10h00

Dados das Contas Regionais, divulgados hoje pelo IBGE, mostraram que a queda de 3,3% do PIB do país em 2016, em comparação com o ano anterior, foi acompanhada por 25 estados. O único que apresentou variação positiva foi Roraima, com 0,2% de crescimento, enquanto o Distrito Federal ficou estável, com 0,0%.

De acordo com o gerente da pesquisa, Frederico Cunha, a atividade de Administração, defesa, educação e saúde pública e seguridade social foi a que mais influenciou o avanço em Roraima, e segurou a queda no Distrito Federal, uma vez que, nesses locais, ela representa quase metade do valor adicionado ao volume total do PIB.

“Esses locais são muito dependentes da administração pública, que não oscila muito, funcionando como uma espécie de amortecedor da economia. Então quando há uma queda generalizada do Comércio e da Agricultura, por exemplo, essa atividade acaba segurando o resultado”, explica.

Já o Amazonas foi o estado com a redução mais acentuada, com queda de 6,8%. As principais contribuições negativas foram dos setores de Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-10,3%) e Indústrias de transformação (-12,9%), influenciado pela queda na fabricação de bebidas e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos.

#PraCegoVer gráfico exibindo a queda dos 25 estados que acompanharam a queda do PIB em 2016

Apenas o Sudeste perde participação

Entre 2015 e 2016, o Sudeste foi a única grande região a perder participação no PIB nacional, saindo de 54% para 53,2%, pressionado por perdas do Rio de Janeiro (-0,8 ponto percentual) e Espírito Santo (-0,3 p.p.). São Paulo avançou 0,1 p.p. e Minas Gerais manteve estabilidade.

Nas demais regiões, o Centro Oeste obteve o maior ganho de participação (0,4 p.p.) passando a responder por 10,1% do PIB nacional. Nordeste e Norte avançaram cada um 0,1 p.p. e passaram a representar, respectivamente, 5,4% e 14,3%. O Sul avançou 0,2 p.p, passando a responder por 17%.

Entre os estados, São Paulo, com 32,4% de participação nacional, permaneceu com o maior PIB. Na sequência, apareceram Rio de Janeiro (11%), Minas Gerais (8,7%) Rio Grande do Sul (6,4%) e Paraná (6,3%).

Entre 2002 e 2016, Tocantins foi o estado que mais cresceu

A pesquisa também comparou os resultados de 2016 com os de 2002, ano do início da série histórica. Nesse período, o volume do PIB brasileiro teve crescimento médio de 2,5% ao ano. O estado que mais cresceu foi Tocantins, com média de 5,2% ao ano, seguido por Mato Grosso (4,7%) e Roraima (4,3%).

Apesar de vir apresentando crescimento desde 2014, São Paulo teve queda em sua participação, passando de 34,9% em 2002 para 32,5% em 2016. “O ganho em valor relativo de São Paulo entre 2015 e 2016, porém, esteve atrelado, sobretudo, à queda de participação do Rio de Janeiro, que tem o segundo maior peso”, pondera o gerente.