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Produção industrial

São Paulo acompanha indústria nacional em terceiro mês de queda

Editoria: Estatísticas Econômicas | Pedro Renaux | Arte: Helena Pontes

09/11/2018 09h00 | Atualizado em 09/11/2018 09h00

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O setor industrial paulista recuou 3,9% em setembro, na comparação com agosto, e exerceu o maior impacto na queda de 1,8% na produção brasileira. É o terceiro mês seguido de resultado negativo para o país e para São Paulo, que acumulou baixa de 1% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2017. As informações são da Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada hoje pelo IBGE.

O desempenho paulista foi prejudicado, em grande medida, pela redução na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias. O analista da pesquisa, Bernardo Almeida, ressaltou que, “por concentrar 34% da indústria do país, São Paulo exerceu a maior influência negativa”.

No Amazonas, que representa aproximadamente 3% da produção nacional, ocorreu a maior queda de setembro entre os locais pesquisados, de 5,2%: “Esse resultado foi influenciado principalmente pelo setor de bebidas, que tem grande peso nessa região”, disse o analista. Na comparação com setembro de 2017, os dois estados tiveram as maiores taxas negativas, com São Paulo com - 6,6% e Amazonas, -14,8%.

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Dos 15 locais pesquisados, sete tiveram queda na produção industrial na comparação com agosto, um número elevado, de acordo com Bernardo, que analisou o contexto desse resultado: “o cenário político e econômico trouxe incertezas aos produtores e aos consumidores, causando retração nas tomadas de decisão, o que provocou essa desaceleração”.

Cenário de incertezas dificulta análise de longo prazo

No acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 3,1% em agosto para 2,7% em setembro, a indústria demonstrou uma perda de dinamismo, após interromper em maio último a trajetória ascendente iniciada em junho de 2016, indicou a pesquisa.

Em termos regionais, sete dos 15 locais pesquisados apontaram menor dinamismo frente aos índices de agosto. “Olhando essa taxa anualizada, temos uma visão de longo prazo. O comportamento regional é o mesmo da indústria nacional, no sentido de perda de ritmo de produção. Quando esse cenário de incertezas se dissipar, aí vamos confirmar esse comportamento de longo prazo. Por enquanto é apenas um alerta”.