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PNAD Contínua

Em cinco anos, registros no CNPJ têm primeira queda em 2017

Editoria: Estatísticas Sociais | Marília Loschi e Marcelo Benedicto | Arte: Helena Pontes e Marcelo Barroso

08/11/2018 10h00 | Atualizado em 13/12/2019 15h59

 Queda na taxa de registro no CNPJ aconteceu após cinco anos de crescimento - Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

Em 2017, após cinco anos de crescimento, ocorreu a primeira queda na taxa de registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) entre as pessoas ocupadas como empregador ou trabalhador por conta própria. A proporção passou de 23,9%, em 2012, para 30%, em 2016, mas caiu para 28% em 2017. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje.

Segundo a pesquisadora Adriana Beringuy, no período de 2016 a 2017, as maiores quedas na taxa de cobertura do CNPJ ocorreram nas atividades que concentravam a maior parte da população ocupada: Serviços, com queda de 36,9% para 34,2%, Indústria geral, de 29,6% para 27,1%, e Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, de 43,8% para 42,5%.

“Justamente as atividades que têm maiores taxas de cobertura de CNPJ foram aquelas que reduziram a sua cobertura. Já na construção houve até uma leve expansão e na agricultura não houve redução”, comentou Beringuy.

#praCegoVer gráfico demostrando a queda na taxa de registro no CNPJ

Proporção de empregadores com CNPJ é quatro vezes maior do que os por conta própria

Em 2017, 18,5% dos ocupados como conta própria possuíam CNPJ, o que representava um total de 4,3 milhões de pessoas. Já entre os empregadores essa cobertura era bem maior, chegando a 80% (3,4 milhões de pessoas).

#praCegoVer gráficos mostrando as diferenças entre as proporções de empregadores com CNPJ e com conta própria com CNPJ

A taxa de cobertura de CNPJ também apresentou diferenças de acordo com o nível de instrução: os maiores percentuais de registro estavam entre os mais escolarizados. Ainda assim, a maior taxa de cobertura entre os trabalhadores por conta própria (42,7% daqueles com nível superior completo) não alcançou a menor taxa de cobertura entre os empregadores (57%, para os sem instrução e fundamental incompleto).