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Agricultura

Estimativa mostra queda, mas safra 2019 deve ser 3ª maior da série histórica

Editoria: Estatísticas Econômicas | Adriana Saraiva | Arte: Marcelo Barroso

08/11/2018 09h00 | Atualizado em 08/11/2018 09h00

A primeira estimativa de produção da safra do ano que vem mostra queda de 0,2% em relação a 2018. Mesmo assim, a previsão de 226,7 milhões de toneladas (t) de cereais, leguminosas e oleaginosas é a terceira maior da série histórica do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, iniciada em 1975, ficando atrás apenas de 2017 (240,6 milhões) e 2016 (227,2 milhões). Para o ano que vem, há previsão de 1,1% de aumento na área plantada.

#praCegoVer Gráfico da série histórica da produção do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola

Após safra recorde em 2018, a produção de soja deverá reduzir em 1%, atingindo 116,6 milhões t. Apesar do aumento de 1,1% na área plantada, equivalente a 35,3 milhões de hectares (ha), houve retração de 2,3% no rendimento médio, estimado em 3.303 kg/ha, provocado pelas incertezas quanto ao clima durante o ciclo da cultura.

Entre os maiores produtores de soja, o Mato Grosso, que em 2019 deve responder por 26,6% do total a ser produzido pelo país, estima colher 31 milhões t, queda de 2% em relação a 2018, apesar de aumento de 0,7% na área plantada. O Paraná, segundo maior produtor e responsável por 17% do total nacional, estima produzir 19,8 milhões t, aumento de 2,8%, devido ao crescimento de 2,6% do rendimento médio. E o Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor dessa leguminosa, estimou uma produção de 18,6 milhões t, crescimento de 5,8% em relação a 2018.

“Com a taxação imposta pela China à soja americana, os produtores brasileiros têm expectativa de crescimento da demanda internacional pela soja e da rentabilidade do produto”, explicou o pesquisador do IBGE, Carlos Antônio Barradas.

Já para o milho, o primeiro prognóstico para 2019 é de uma produção de 83,8 milhões t, crescimento de 1,4% em relação a este ano. Para a primeira safra de milho, a previsão é de 25,4 milhões t, 1,9% menor em relação ao mesmo período de 2018. A expectativa é de aumentos de 0,4% na área a ser plantada e de 1,1% na área a ser colhida, enquanto o rendimento médio deve recuar 3%. Para a segunda safra do milho, a estimativa da produção é de 58,4 milhões t, crescimento de 2,9% em relação a 2018.

“Tivemos em 2017 uma safra recorde e, apesar da queda em 2018, foi o segundo melhor resultado. Agora, a pequena redução prevista em 2019 mostra que ainda assim vamos colher uma boa safra”, destacou o pesquisador.

Em 2018, café tem maior safra da série histórica

Quanto à safra de 2008, a décima estimativa totalizou 227,2 milhões t, 5,6% inferior à obtida em 2017 (240,6 milhões t), redução de 13,4 milhões t. A estimativa da área a ser colhida foi de 60,8 milhões ha, apresentando decréscimo de 356,2 mil ha, frente a 2017.

A produção brasileira de café este ano foi mais um recorde da série histórica do IBGE. Ao todo, o país deve produzir 3,5 milhões t, ou 58,6 milhões de sacas de 60kg, aumento de 2% em relação ao mês anterior.

Armazenagem de grãos aumenta 1,2% no primeiro semestre

A Pesquisa de Estoques, também divulgada hoje pelo IBGE, mostrou que o total de capacidade útil disponível para armazenamento cresceu 1,2% no primeiro semestre de 2018, frente ao segundo semestre de 2017, totalizando 169 milhões t. Em termos de capacidade útil armazenável, os silos predominam no país, com 81,1 milhões t, o que representa 48% da capacidade útil total. Armazéns graneleiros e granelizados responderam por 63,6 milhões t de capacidade útil armazenável, enquanto armazéns convencionais, estruturais e infláveis, somaram 24,3 milhões t.