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Transparência

IBGE discute futuro da comunicação de estatísticas

Editoria: IBGE | Rodrigo Paradella

01/10/2018 16h08 | Atualizado em 05/11/2018 17h57

Como atuar em um ambiente marcado pela diversidade de meios e formas de comunicação? Esse é um dos desafios do IBGE ao se preparar para a “comunicação do futuro”, tema do seminário que reuniu as jornalistas Flávia Oliveira e Beth Cataldo, além do presidente do IBGE, Roberto Olinto Ramos, na última sexta-feira (28/09), no Rio de Janeiro.

“Temos que olhar a comunicação do IBGE na sua relação com os meios de informação, mídia e tecnologia. O futuro que imagino para o IBGE é um futuro de crescente participação, ganhando espaço porque a sociedade está ávida por consumir informações da forma mais variada”, disse Olinto, na abertura do seminário, que também marcou o lançamento do livro “Brasil em pauta: a trajetória da comunicação no IBGE”.

Flávia Oliveira falou sobre o compromisso do instituto com a comunicação, ressaltando que considera a divulgação dos dados coletados uma das atividades-fim do órgão: “O IBGE é um produtor de informação e a comunicação poderia ser considerada como algo secundário, mas quando você faz esse conteúdo com qualidade e está comprometido com isso, vira uma atividade-fim”.

A jornalista ainda apontou o atual cenário da mídia, com várias fontes e meios de informação, como um desafio para a comunicação do IBGE. “Há uma enorme perplexidade do mercado [de trabalho dos jornalistas] em relação à época em que éramos os únicos produtores de comunicação. Nós éramos a ponte e perdemos esse monopólio. Hoje, há uma necessidade permanente de reinvenção para quem vive de notícia”. 

Já para Beth Cataldo essa multiplicidade de informações e fontes pode gerar desinformação. “Temos que pensar em um ambiente muito complicado para um instituto de estatística. De fato, sabemos que existe uma superabundância de informação que muitas vezes confunde as pessoas e as deixam sem referência para refletir sobre a sociedade. Aí lembramos do IBGE e sua capacidade de agregar informação e possibilidades de interpretação”, conclui a jornalista.