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Sustentabilidade

Presidente representa IBGE no 8º Fórum Mundial da Água

Editoria: IBGE | Pedro Renaux

22/03/2018 09h00 | Atualizado em 10/04/2018 08h50

O presidente do IBGE, Roberto Olinto Ramos, participou ontem (22) da abertura do evento Implantação e Monitoramento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 6 no Brasil, no 8º Fórum Mundial da Água, realizado em Brasília (DF). O ODS 6 estabelece metas para assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento.

Além de Olinto, estiveram presentes a diretora-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Christianne Dias, o secretário executivo da Comissão Nacional para os ODS e secretário nacional de Articulação Social, Henrique Villa, e o diretor adjunto de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Adolfo Sachsida.

A assessora da Presidência do IBGE, Denise Kronemberger, que participou de uma sessão realizada em conjunto com o Ipea, falou sobre as ações em curso realizadas pelo IBGE para os ODS.

O Fórum Mundial da Água, realizado pela primeira vez no hemisfério sul, ocorre entre 18 e 23 de março, logo após o lançamento das Contas Econômicas Ambientais da Água (2013-2015), estudo inédito divulgado na última sexta-feira (16) pelo IBGE em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e a ANA.

Contas Econômicas Ambientais da Água foram apresentadas no evento

As Contas da Água também foram apresentadas ontem, com a participação de representantes das instituições parceiras. Para o diretor de Geociências do IBGE, Wadih Neto, a metodologia aplicada nesse estudo é um exemplo de trabalho integrado entre geociências e estatísticas, uma vez que ela é ligada ao Sistema de Contas Nacionais organizado pelo Instituto: “a diretoria de Pesquisas sempre foi acostumada a trabalhar com valores monetários, e precisava de técnicos com conhecimento sobre hidrologia, por exemplo”.

Ainda segundo Wadih, “as Contas Econômicas Ambientais mostram todas as transações em valores, mas também em unidades físicas, então ela acompanha não só os custos da água, mas quantos litros a Economia demanda do Meio Ambiente”. O estudo mostrou que as atividades econômicas que mais consumiram água em 2015 estavam relacionadas à agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com 77,6% do total.

Segundo o superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA, Sérgio Ayrimoraes, é preciso estar atento à questão da distribuição da água pelo território para planejar ações do poder público: “é importante termos políticas que pensem o desenvolvimento de regiões do país compatíveis com a quantidade de água, incentivando atividades que dependam menos desse recurso onde ele não está disponível, e fazermos o uso cada vez mais racional naquelas regiões que tem água de forma abundante”.

Além de as informações das Contas da Água serem relevantes para planejamento e execução de políticas públicas, elas também podem influenciar o mercado. “Ao revelar a eficiência do uso da água na agricultura e na indústria, o estudo ajuda o produtor a se comparar com os dados nacionais e a poder balizar seu uso e sua própria tecnologia. À medida que isso pode servir para uma política de preços, pode contribuir como instrumento de políticas de mercado para aumentar a eficiência do uso da água”, diz o diretor de Geociências do IBGE.

Sobre o Fórum Mundial da Água

O 8º Fórum Mundial da Água é organizado a cada três anos do Conselho Mundial da Água em conjunto com o país e a cidade anfitriã. O Conselho é uma organização internacional que reúne cerca de 400 instituições relacionadas à temática de recursos hídricos em aproximadamente 70 países, e é composto por representantes de governos, da academia, da sociedade civil, de empresas e organizações não governamentais.