Após alta, setor de Serviços freia retomada em janeiro
16/03/2018 09h00 | Atualizado em 10/04/2018 08h50
O setor de Serviços voltou a cair (-1,9%) em janeiro após alta em dezembro (1,5%), segundo informações da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje pelo IBGE. Essa baixa, na comparação com o último mês de 2017, também pôde ser observada com relação a janeiro do ano passado (-1,3%).
A queda foi disseminada entre as atividades. Quatro dos cinco grupos pesquisados caíram em janeiro frente a dezembro (Transportes e Correio, Informação e Comunicação, Serviços prestados às famílias e Serviços profissionais, administrativos e complementares). A variação foi negativa também em 18 das 27 unidades da federação.
“Em dezembro, tivemos um aumento significativo na assinatura de contratos e no recebimento. Formou-se uma base de comparação elevada e, em função disso, tivemos essa queda em janeiro”, explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. “Essa queda não chega a compensar os ganhos desde novembro, mas seu impacto foi maior que a alta de dezembro”, completa.
O único grupo a ter números positivos foi o de Outros Serviços, que integra as atividades não abarcadas pelos anteriores. Ele cresceu 3,8% em janeiro frente a dezembro, além de já ter subido 1,1% em dezembro.
“Neste grupo, eu destacaria os serviços de corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde. Esse é o principal dentro desse grupo, pesa 10,8% do total”, diz o gerente.
Recuperação lenta
Em dezembro, o setor de serviços havia interrompido uma série de 32 quedas na comparação com o mesmo mês do ano anterior, com uma alta de 0,6%. Em janeiro, no entanto, o número voltou a ser negativo (-1,3%).
“Essa queda se deu em três dos cinco grupos de atividades pesquisados, principalmente nos serviços de comunicação e informação, tendo a telecomunicação como destaque negativo”, explica Rodrigo.
Na comparação dos últimos 12 meses com os 12 meses imediatamente anteriores, houve uma pequena redução na queda, de 2,8%, em dezembro, para 2,7% em janeiro.
“O volume de serviços como um todo, apesar do ensaio da recuperação em dezembro, ainda não tem um grande dinamismo. Precisa que o comercio vá bem, que a indústria tenha uma recuperação mais consistente, assim como o consumo das famílias e o aumento na ocupação. Depende muito do restante da economia e, enquanto os outros setores não tiverem uma alta mais duradoura, ele fica ainda um pouco oscilante. Isso que podemos notar em janeiro”, conclui.