Com alta em 12 locais, indústria tem crescimento mais disseminado desde 2010
08/02/2018 09h00 | Atualizado em 09/03/2018 08h22
Além de ter a primeira alta anual (2,5%) desde 2013, a produção industrial teve em 2017 seu crescimento mais disseminado desde 2010, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), divulgada hoje pelo IBGE. O setor cresceu em 12 dos 15 locais observados.
Em termos regionais, o resultado de 2017 é o melhor desde que todos os 14 locais pesquisados em 2010 (o Mato Grosso foi incluído somente em 2013) tiveram alta, em ano que a produção industrial cresceu 10,2%. Já entre 2011 e 2016, o período de aumento mais disseminado foi 2013, quando 10 localidades expandiram sua produção, enquanto quatro tiveram queda e uma permaneceu estável. Em 2016, 14 locais ficaram no negativo e somente um registrou aumento na atividade, com queda de 6,4% no índice nacional.
Os 12 locais com altas em 2017 foram: Pará (10,1%), Santa Catarina (4,5%), Paraná (4,4%), Rio de Janeiro (4,2%), Mato Grosso (3,9%), Amazonas (3,7%), Goiás (3,7%), São Paulo (3,4%), Ceará (2,2%), Espírito Santo (1,7%), Minas Gerais (1,5%) e Rio Grande do Sul (0,1%). Já as quedas aconteceram na Bahia (-1,7%), na região Nordeste (-0,5%) e em Pernambuco (-0,9%).
“Esse resultado se deve em parte ao próprio período de perdas da indústria como um todo, foram três anos consecutivos de queda. Dá uma base de comparação muito baixa. Neste ano observamos melhorias no ritmo de produção, seja por fatores externos, como exportação, seja por alguma melhoria no mercado doméstico”, explicou o gerente da pesquisa, André Macedo.
Um dos motivos dessa melhora disseminada na produção industrial foi o aumento na fabricação de veículos automotivos. “Essa atividade cresceu em todos os locais em que é investigada. É o principal destaque do Brasil no ano e também regionalmente”, destaca André.
A fabricação de veículos automotivos foi investigada, e teve alta, no Nordeste, na Bahia, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Paraná, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e em Goiás. Destes, apenas a região Nordeste e a Bahia registraram queda no índice total em 2017.