Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Projetos do IBGE auxiliam professores na educação de jovens

Editoria: IBGE | Pedro Renaux e Hilton Marques (estagiário) | Arte: Helena Pontes

26/01/2018 09h00 | Atualizado em 09/03/2018 08h22

O período de volta às aulas é mais um motivo para conhecer os projetos de educação do IBGE. O instituto mantém o Vamos Contar, site direcionado para professores do ensino infantil, fundamental e médio, e o 7 a 12 e o IBGE Teen, voltado para estudantes. No Blog do Professor, espaço no Vamos Contar em que os educadores podem compartilhar experiências em sala de aula, as 200 primeiras contribuições recebem um kit com dez Atlas Geográficos Escolares.

Para participar, as iniciativas precisam ser replicáveis, utilizar algum conteúdo ou material do IBGE e ser aprovadas pela equipe de educação do instituto. “Temos cerca de 130 atividades cadastradas no blog. Foi uma grata surpresa recebermos a participação de professores do ensino superior e técnico”, conta a pedagoga e uma das responsáveis pelos projetos educacionais do IBGE, Tatiana Miranda.

O Vamos Contar surgiu como uma iniciativa para divulgar o IBGE nas escolas, em particular para as edições de 2000 e 2010 do Censo Demográfico. Nas ocasiões, eram distribuídas cartilhas informativas para os alunos, a fim de incentivá-los a divulgar o Censo em seus domicílios e facilitar o recebimento do recenseador. Atualmente, o site conta com recursos audiovisuais, mapas e sugestões de atividades. De acordo com Tatiana, “o projeto passou de uma iniciativa pontual para algo constante e mais abrangente, o que ampliou o seu objetivo e permitiu trabalhar no âmbito da educação estatística, que é uma parte que costuma ser negligenciada”.

Alunos do ensino médio em viagem a Aparados da Serra (RS) para estudos sobre cobertura vegetal, solos e geomorfologia
A partir do Atlas Geográfico Escolar do IBGE, alunos do ensino fundamental de um colégio em São Paulo aprenderam sobre a regionalização do Brasil
No Instituto Federal Catarinense, alunos do ensino médio técnico utilizaram materiais do IBGE para aprender sobre o uso de mapas e escalas
Alunas do ensino médio do Instituto Federal Catarinense aprendendo sobre o uso de mapas e escalas
Giulia, de seis anos, foi recebida por servidores do IBGE durante visita à unidade estadual de Roraima

Adolescentes participam de reformulação do IBGE Teen

Para os jovens que pretendem ingressar na universidade, o IBGE Teen oferece materiais para auxiliar na preparação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). São apresentados também conteúdos especiais, como a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2015 e o suplemento Práticas de Esporte e Atividade Física, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2015. Tatiana explica que “o objetivo é utilizar temas de interesse dos jovens e apresentar as informações de modo mais palatável, para que eles relacionem com o cotidiano”.

O site passou por uma etapa de reformulação em 2017. Nesse processo, a equipe de educação do IBGE recebeu propostas de alunos do 3º ano do Ensino Médio Técnico em Roteiro para Mídias Digitais do Colégio Estadual José Leite Lopes, escola do Rio de Janeiro que tem parceria com o projeto Nave (Núcleo Avançado em Educação). A professora Sarah Nery conta que foi uma experiência marcante para os alunos, e espera continuar com essa parceria: “Eles fizeram um diagnóstico do site e depois apresentaram soluções com base na análise feita. Foi muito interessante, porque eles atuaram como consultores de uma agência que produz conteúdo para o cliente”.

Para as crianças de diversas faixas etárias, um dos sites mais lúdicos é o 7 a 12. Além de explicar a função do IBGE, contempla mapas do Brasil e do mundo, seções especiais sobre os censos realizados no país e quebra-cabeças e jogos da memória temáticos. Giulia Amaral, de seis anos, é um exemplo de criança a quem o site é dedicado. Moradora de Boa Vista, ela foi convidada a visitar a unidade estadual do IBGE em Roraima, no final do ano passado, após sua mãe postar em uma rede social a surpresa que teve ao descobrir que a filha conhecia o instituto. Mesmo com pouca idade, Giulia, que disse adorar números e mapas, já sabe o que é o Censo: “É contar as pessoas que vivem no país”, explica, bem objetiva. Tatiana esclarece que, apesar do nome, o 7 a 12 é acessível para crianças mais novas, como a Giulia: “O Brasil é tão rico em natureza, em cultura, com diferentes povos e tradições. O site é uma forma dela conhecer um pouco mais sobre a nossa diversidade”.

Como os projetos são digitais, Tatiana reforça que a internet possui muita informação disponível, mas nem sempre confiável, portanto é relevante que os pais “estimulem seus filhos a acessarem portais com conteúdos oficiais, como os do IBGE”. Ela afirma ainda que “o IBGE faz um retrato do Brasil. Não há como exercer plenamente a cidadania sem conhecer as informações produzidas pelo instituto”.

Nova plataforma de educação para 2018

Entre as principais novidades previstas para este ano, está a reformulação dos três sites de educação e integração em um único portal, o IBGEeduca. “O novo formato será responsivo, vai facilitar o acesso via smartphones e tablets. É uma oportunidade de professores e alunos navegarem de modo mais rápido e com maior proveito, pois muitas escolas não possuem laboratórios de informática”, explica Tatiana.

A equipe busca também fortalecer as parcerias de divulgação dos projetos, as quais o IBGE disponibiliza o material e tem o conteúdo disseminado como contrapartida. “Conseguimos ações em conjunto com a Rioeduca, que é a rede de educação da Prefeitura do Rio de Janeiro, o Guia do Estudante e o AppProva. Atualmente, estamos tentando contato com professores youtubers”, conta a jornalista do IBGE Ana Laura Azevedo, que também faz parte da equipe de projetos educacionais.

Além de uma pedagoga e de uma jornalista, a equipe conta com um professor de matemática e uma publicitária, que é a coordenadora do projeto. Ana Laura indica algumas vantagens de ter uma equipe multidisciplinar. “A minha formação em jornalismo e a produção diária da Agência IBGE Notícias poderão contribuir, por exemplo, para elaborar conteúdos de atualidade cobrados no Enem”, conclui.