Aos 21 anos, Coral do IBGE promove cultura por todo o Brasil
24/01/2018 09h00 | Atualizado em 09/03/2018 08h22
Além de pesquisas que retratam a realidade brasileira, o IBGE também promove atividades culturais, como as apresentações de seu coral. Atualmente formado por cerca de 60 integrantes, o Coral do IBGE é considerado um dos grupos institucionais de maior longevidade no país e já se apresentou em torno de 300 vezes pelo Brasil ao longo dos últimos 21 anos.
Com um repertório que vai de Aleluia de Handel e Gloria in Excelsius (hino cristão em latim), passando por músicas de novelas, sambas populares e canções de Chico Buarque, o coro já entoou peças próprias (conhecidas como suite), exclusivamente compostas pelo coordenador e maestro do coral, Márcio Carvalho. A composição foi apresentada pela primeira vez em 2015, na 27ª Conferência Internacional de Cartografia, realizada no Rio de Janeiro.
Para a pesquisa de repertório e criação de peças mais robustas, o regente recebe liberação do IBGE para compor com maior concentração em casa. Nela, Márcio conta com uma vasta estrutura, com biblioteca e instrumentos próprios, além de uma equipe que o auxilia na pesquisa musical.
Márcio exerce a função desde 1996 e tem formação em Composição e Regência pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestrado em composição, além de ser professor universitário. Ele é o responsável pela escolha do repertório, além de acumular a função de coordenador técnico de mais 10 corais de unidades estaduais do IBGE, selecionando, inclusive, seus regentes. Ele conta como foi o processo de implementação do coral: “No começo, a gestão estava sob supervisão dos próprios funcionários, só depois ela passou para a administração institucional”, explica.


Atualmente, o coral tem mais mulheres do que homens, além de representantes de variadas faixas de idade. O membro mais jovem tem 23 anos, enquanto o mais velho já completou 80. Maria da Penha Uchoa, que faz parte do grupo há mais de 20 anos, sente-se emocionada quando canta. “Quando vamos cantar, os olhos brilham, o coração palpita de emoção e transmitimos o que temos de melhor para o público”.
Altagnan Abrão Viana, que irá se aposentar em alguns meses, acrescenta que o coral é uma excelente terapia para diminuir a depressão pós-inatividade. “Depois que a pessoa se aposenta, ela fica deprimida, sozinha. Muitas pessoas se aposentaram, vieram para o coral e se reergueram. Acabou a depressão, o mau humor. Temos vários exemplos disso aqui”.
Com uma formação mista, o coral é constituído por funcionários, aposentados da instituição e dois integrantes sem vínculo direto com o órgão, que se reúnem pelo simples prazer de cantar. Os ensaios e sessões de preparação vocal acontecem ao menos uma vez por semana, geralmente, às sextas-feiras.
Não há restrições para quem deseja tornar-se membro do conjunto, basta apenas a vontade de soltar a voz e pronto: será muito bem acolhido. O coral tem um espaço exclusivo para seus ensaios, cedido pelo IBGE, além do apoio da coordenação de Marketing.
“O Coral é importante, pois representa institucionalmente o IBGE, associando seu nome a atividades culturais e alavancando valores positivos para o órgão. Além de trabalhar a imagem da instituição, as atividades do Coral têm relevância para o público interno, assumindo um papel catalizador e de motivação para os servidores da ativa e aposentados”, ressalta a coordenadora de Marketing do IBGE, Izabelle de Oliveira.
Para alguns integrantes, fazer parte do conjunto vai além dos momentos de apresentação. “Fazer parte do coral do IBGE é simplesmente fazer parte de uma família” resume a funcionária aposentada, Joana d’Arc.
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