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Safra recorde contribui para a redução do ritmo da inflação

06/09/2017 09h00 | Atualizado em 06/09/2017 15h50

Os alimentos apresentaram deflação pelo quarto mês consecutivo, em agosto (-1,07%), em razão do início da colheita da safra agrícola recorde, que acarretou a redução nos preços dos principais produtos que fazem parte da mesa dos brasileiros. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, divulgado na manhã de hoje pelo IBGE, ficou em 0,19%, acumulando a taxa de 1,62%, no ano, menor acumulado no ano para um mês de agosto desde a implantação do Plano Real (1994). No acumulado dos últimos 12 meses, o índice desacelerou para 2,46%, resultado inferior aos 2,71% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

O IPCA mostrou que a queda dos alimentos foi puxada pela redução do preço do feijão carioca (-14,86%), tomate (-13,85%), açúcar cristal (-5,90%), leite longa vida (-4,26%), frutas (-2,57%) e carnes (-1,75%). Entre maio e agosto, a redução no preço dos alimentos foi de -2,37%.

O maior impacto no sentido da alta da inflação, veio do grupo Transportes (1,53%), em que os combustíveis (6,67%) foram o maior impacto no índice do mês. O litro do etanol ficou, em média, 5,71% mais caro. Já a gasolina subiu 7,19%, em razão do aumento na alíquota do PIS/COFINS, em vigor desde julho, e da política de reajustes de preços dos combustíveis. Dentro do período de coleta do IPCA de agosto, foram anunciados 19 reajustes de preços da gasolina.

O gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, destacou que em agosto, o aumento nos transportes (0,27 p.p) foi compensado pela queda no grupo Alimentos (-0,27pp), mas de forma geral os alimentos tem contribuído para reduzir o ritmo da inflação em 2017. “Temos tido inflação, os preços estão subindo mas em ritmo menor do que no ano passado, concluiu.”

Texto: Adriana Saraiva
Imagem: Pixabay
Gráfico: Helga Szpiz