As tradicionais festas juninas estão extrapolando as datas dos santos católicos e invadem o mês de julho – e até agosto! – com quadrilhas, brincadeiras e, é claro, deliciosas comidas típicas, cuja estrela é o milho. Canjica, cuscuz, mungunzá, pamonha, milho verde, pipoca, bolo de milho ou de fubá são apenas alguns exemplos das iguarias preparadas com o versátil grão.

Este ano, as festas serão animadas, porque a previsão de safra para 2017 é de uma produção recorde: das 238,6 milhões de toneladas de grãos, esperam-se 97 milhões de toneladas de milho, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Junto com a soja, ele é o responsável pelo aumento de 29,2% da produção de grãos em relação a 2016, que não foi um bom ano para o milho devido à estiagem.

O milho é um alimento presente na cesta básica da maioria dos brasileiros, além de ser usado na alimentação de criações de animais. É rico em potássio, fósforo, magnésio, vitaminas e fibras, segundo a nutricionista Luiza Medina. Mas ela lembra que o milho é também muito rico em carboidratos, então uma opção saudável seria balancear o consumo com a ingestão de folhas ou frutas da época, como caqui e tangerina.

As principais unidades da federação produtoras de milho em grão em 2015 foram: Mato Grosso (com participação nacional de 25%), Paraná (18,5%), Mato Grosso do Sul (11,4%), Goiás (11,2%), Minas Gerais (8%) e Rio Grande do Sul (6,5%), segundo a Pesquisa Agrícola Municipal. A cidade líder na produção do cereal é Sorriso, no Mato Grosso, com 3,1% da produção nacional.