Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Desenvolvimento Sustentável inspirou equipe vencedora do Desafio Hackathon IBGE

Editoria: IBGE

22/06/2017 16h44 | Atualizado em 29/06/2017 14h16

Utilizar os dados do IBGE para conscientizar as pessoas em relação aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas, foi o que inspirou os quatro integrantes da equipe UNA, que venceu o Dadonamão: desafio hackathon IBGE, durante a Campus Party, realizada de 14 a 18 de junho, no Distrito Federal. Treze equipes com quatro integrantes cada participaram do desafio de criar uma solução tecnológica a partir do tema Informações estatísticas e geocientíficas ao alcance de todos. A segunda colocação foi da equipe “Geocartas” e a terceira “Abre aqui!”

A ferramenta desenvolvida pelos primeiros colocados no hackaton IBGE propõe que as pessoas se identifiquem e se conscientizem em relação às suas características de trabalho, rendimento, gênero, tendo como pano de fundo os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que buscam a melhoria das condições de vida globais até 2030. “O IBGE deu uma camada de dados muito grande e buscamos mostrar pessoas que são como você, da sua idade, que moram onde você mora, explicou Matheus Carneiro Godinho, da equipe UNA. Outra integrante da equipe, Ludmila Bela Cruz, contou que o Desafio hackathon trouxe a ela uma visão melhor sobre a população brasileira. “Eu mesma nunca tinha parado para pensar qual era o meu lugar no meio de tantos números”, acrescentou a estudante de Engenharia de Softwares, da Universidade de Brasília. Os outros dois integrantes da equipe UNA foram Maria Luciene Felix e Marcelo Cristiano.

O segundo colocado - projeto GeoCartas - nasceu de um propósito lúdico e baseado em games, visando uma maior identificação de crianças e jovens com os dados do IBGE. E o terceiro, Abre Aqui, objetiva ajudar empresários na identificação de demandas e vantagens competitivas, com o auxílio de dados geográficos, territoriais.

O coordenador do hackathon IBGE, pela organização da Campus Party, Eduardo Lopes considerou o desafio hacker um sucesso, porque chegou a mobilizar inicialmente 150 interessados. Ele explicou que os participantes da “maratona hacker” tiveram que criar aplicativos Web ou mobile utilizando bases de dados do IBGE, segundo quatro categorias: criação de jogos; manipulação ou visualização de dados; redes sociais e manipulação e visualização de dados. Das treze equipes iniciais, foram selecionadas seis, a partir das quais foram escolhidas as três vencedoras. Eduardo Lopes destacou que a motivação principal da geração que participa de eventos como o Campus Party não é a premiação, mas “utilizar seus conhecimentos no sentido de tornar a sociedade um lugar melhor de se viver.”

O gerente de Serviços On Line do IBGE, Ian Nunes, ressaltou que o principal ganho da instituição em participar do evento é abrir o canal de comunicação com as pessoas que fazem desenvolvimento de softwares e que lidam com software aberto. “É uma geração que se apropria das informações para gerar valor para a sociedade, a partir do conceito de compartilhamento de informação, de produção de conteúdo compartilhado, de aplicativos e softwares, utilizando a força produtiva e a criatividade das pessoas, pra colocar esses dados mais próximos da realidade”, explicou Ian. Como o evento Campus Party é realizado em vários estados, Ian Nunes acredita que seria positivo para o IBGE participar das edições regionais e se aproximar dos desenvolvedores locais.

A premiação da equipe vencedora será viagem e hospedagem para visitar o Data Science Lab, da Warwick Businees School, da Universidade de Warwick, na Inglaterra, onde vai participar de um desafio hackathon com dados do Reino Unido. Os segundos colocados receberão ingresso com direito a camping para Campus Party BR 11, em janeiro de 2018, e os terceiros colocados, ingressos para o mesmo evento. Além do desafio promovido pelo IBGE, como é tradição nas realizações da Campus Party, outras instituições também aproveitaram o evento para premiar iniciativas com o uso dos seus dados. Nesta edição de Brasília, também ocorreram as Hackathons EduLivre, BRB (Banco de Brasília), Caixa Seguradora e Inova Brasília.

A Campus Party é a maior experiência tecnológica do mundo, que une jovens geeks (fãs de tecnologia e jogos eletrônicos) em um festival de inovação, criatividade, ciências, empreendedorismo e universo digital. Essa edição do evento na capital do país reuniu mais de 64 mil visitantes, 5 mil “campuseiros”, mais de 250 horas de conteúdo e 20 GB de velocidade de internet. Palestrantes internacionais e workshops, 40GB de Internet de Alta Velocidade, batalha de robôs e simuladores, 1° Campeonato Brasileiro de Drones, Startup&Makers e Networking, Camping.

Equipes vencedoras:

1ª colocação UNA - O UNA foi desenvolvido para utilizar os dados do IBGE e refletir o posicionamento do Brasil em melhorias nas áreas: saúde e bem estar, educação e igualdade de gênero. Tal propósito é fundamentado e integrado aos 17 objetivos globais, definidos pela ONU, a serem alcançados até 2030.

2ª colocação GEOCARTAS - O projeto GeoCartas nasceu de um propósito lúdico e gamificado visando uma maior identificação de crianças e jovens com os dados do IBGE. A interação entre usuários de diferentes estados brasileiros e uma atmosfera já conhecida em tradicionais hábitos de troca de cartas e álbuns de figurinhas, propõe o aumento do conhecimento acerca dos municípios nacionais.

3ª colocação ABRE AQUI - Ajudar empresários na identificação de demandas e vantagens competitivas com o auxílio de dados geográficos, territoriais e pautados em necessidades populacionais: É assim que o projeto Abre Aqui visa auxiliar a otimização e o registro das necessidades dos consumidores de determinada região.

 

Texto: Adriana Gonçalves Saraiva
Fotos: Maria Luisa Fonseca Pimenta