Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Falta de chuvas atrasa plantio e reduz prognóstico para milho em 2018

12/12/2017 09h00 | Atualizado em 24/01/2018 09h08

Uma redução de 1,1 milhão de toneladas na expectativa para a segunda safra de milho foi a principal responsável pela queda de 700 mil toneladas no segundo prognóstico para 2018 do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de novembro, divulgado hoje pelo IBGE. 

Com a diminuição, o prognóstico para a safra de 2018 foi para 219,5 milhões de toneladas, volume 9,2% menor que o estimado para 2017. A queda deve-se, sobretudo, ao impacto da falta de chuvas em setembro e outubro, quando normalmente é plantada a soja, que precede a segunda safra do milho no campo. 

“A queda na segunda safra do milho tem a ver com a soja que está no campo, porque ele só é plantado depois da colheita da soja. Como esse plantio da soja atrasou, também vai atrasar o milho. A janela de segurança de plantio será melhor, possivelmente entrando em épocas que não chove, o que pode diminuir a produção”, explica o pesquisador do IBGE Carlos Antônio Barradas.

A segunda safra de milho de 2018, portanto, teve sua estimativa reduzida de 59 milhões para 57,9 milhões de outubro para novembro. Existe a possibilidade, entretanto, desse número ser revisto para cima nos próximos meses, uma vez que os produtores estão aproveitando a melhora nas condições climáticas para recuperar o ritmo de trabalho.

“O plantio começou atrasado porque faltou chuva, então já no primeiro prognóstico isso estava bem caracterizado. De lá para cá, começou a chover, mas ainda ficou um resíduo dessa condição climática, porque alguns estados só atualizaram suas informações agora, o que foi incorporado pela pesquisa”, complementa.

Enquanto isso, houve um pequeno aumento na expectativa para a safra de 2017, que subiu 0,1% em relação à estimativa de outubro e ficou em 241,9 milhões de toneladas. O volume é o recorde da série histórica iniciada em 1975.

Texto: Rodrigo Paradella
Infográfico: J.C. Rodrigues
Imagem: Wikimedia Commons