Influenciada pelo aumento nas contas de energia elétrica, a inflação de maio foi a 0,31%, mais que o dobro da taxa de 0,14% de abril.

Sem o desconto aplicado em abril, que compensou a cobrança indevida do Encargo de Energia de Reserva (EER), as contas de energia elétrica de maio subiram 8,98%, sendo responsáveis por 0,29 ponto percentual do índice do mês.

Eulina Nunes, coordenadora de índice de preços do IBGE, ressalta, no entanto, “que não se trata de uma aceleração na taxa de crescimento dos preços, mas uma reversão do desconto aplicado no mês anterior”.

Por outro lado, os grupos Alimentação e Bebidas e Transportes caíram em maio, ajudando a conter a taxa.  “Esses grupos respondem por cerca da metade do índice”, destaca Eulina. 

No grupo Alimentação, a queda de 0,35% foi puxada pelos alimentos consumidos em casa. “O aumento da oferta dos produtos agrícolas vem influenciando os preços”, explica Eulina.

Já no caso dos Transportes, que caíram 0,42%, o maior impacto veio de passagens aéreas, que ficaram 11,81% mais baratas em maio. 

Em maio de 2016, a inflação ficou em 0,78%. De lá para cá, setembro foi o mês que registrou a menor variação, 0,08%. Entre abril e maio de 2017, o índice subiu 0,17 ponto percentual, passando de 0,14% para 0,31%.