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Censo 2022

Oficina Técnica do IBGE em Paraty abre programação da nona divulgação do Censo Demográfico 2022

Editoria: IBGE | Breno Siqueira

03/05/2024 15h50 | Atualizado em 13/05/2024 12h18

Fernando Damasco apresentou dados da população quilombola e indígena já divulgados pelo IBGE, além dos recortes por cor ou raça do Censo Agropecuário, realizado em 2017 - Foto: Acervo IBGE

O IBGE realizou na tarde desta quinta-feira, 2, a Oficina Um território de informações: Potencialidades dos Dados Censitários para os Povos e Comunidades Tradicionais, no Auditório Rosária Gibrail, localizado Colégio Estadual Engenheiro Mário Moura Brasil do Amaral, no centro da cidade de Paraty (RJ). O evento, que teve o apoio do CEMBRA, do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina, da Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz, do Fórum de Comunidades Tradicionais, do SUS e do Ministério da Igualdade Racial, abriu a programação da Nona Divulgação do Censo Demográfico 2022 na cidade que fica a 370 km da capital fluminense.

Cerca de 50 participantes, entre gestores públicos municipais, estaduais e de órgãos do governo, foram recepcionados pela equipe do Instituto, composta pela Diretora de Geociências (DGC), Ivone Lopes Batista, a Diretora de Pesquisas, Elizabeth Hypólito, o Superintendente do IBGE Rio de Janeiro, Francisco Lopes, o Coordenador do Censo, Gustavo Junger, o Gerente de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas do IBGE, Fernando Damasco, a Coordenadora Técnica do Censo Demográfico da Diretoria de Pesquisas, Marta Antunes, e a Gerente de Integração da Produção de Geoinformação, Aline Coelho.

Cerca de 50 participantes, entre gestores públicos municipais, estaduais e de órgãos do governo, foram recepcionados pela equipe do Instituto - Foto: Acervo IBGE

A diretora de Geociências do IBGE, Ivone Lopes Baptista ressaltou que “essas oficinas são importantes para apresentarmos as plataformas e formas de acesso aos dados do IBGE. Esta oficina, em particular por conta do diálogo com lideranças dos povos indígenas e quilombolas, mostra o quanto avançamos no tema e a diversidade dos nossos dados”.  

A Diretora de Geociências do IBGE, Ivone Lopes Batista, e a Diretora de Pesquisas, Elizabeth Hipólito, ressaltaram a importância desta oficina em particular no encontro com lideranças indígenas e quilombolas - Foto: Acervo IBGE

Elizabeth Hypólito, diretora de Pesquisas do IBGE explicou que “esse tipo de movimento é importante pois não basta produzirmos resultados, precisamos também mostrar à sociedade como ter acesso a estes dados, para formulação de políticas públicas. Esta é nossa missão institucional, faz parte do nosso código de boas práticas e acessibilidade”.

No mesmo sentido, Gustavo Junger, coordenador do Censo declarou que “a estratégia de pensar em oficinas para as divulgações do Censo são apropriadas para entregar à sociedade estes dados e para comunicá-la as formas de acesso e potencialidades de uso destes dados. Este encontro também é essencial para aproximar o corpo técnico do IBGE com o público de usuários destes dados. É algo único para o Censo este encontro com alunos numa escola”.

Gustavo Junger, coordenador do Censo, destacou a estratégia das oficinas para aproximar a equipe do IBGE com a sociedade - Foto: Acervo IBGE

Superintendente do IBGE no Rio de Janeiro, José Francisco Lopes, ressaltou o papel da divulgação dos dados para as Superintendências. “Esta oficina é um desdobramento da divulgação e os dados apresentados são de alta nível, além da qualidade das plataformas geográficas que dão embasamento ao nosso trabalho. Para a Superintendência é importante ver o resultado do nosso trabalho em campo demonstrado em números”, disse Lopes.

Superintendente do IBGE no Rio de Janeiro, José Francisco Lopes, ressaltou o papel da divulgação dos dados para as Superintendências - Foto: Acervo IBGE

Eloá Moraes, Coordenadora-geral de políticas para Comunidades Tradicionais do Ministério da Igualdade Racial destacou o papel dos resultados aos gestores públicos, como é o caso dos ministérios. “É importante que a apresentação dos dados censitários quilombolas e indígenas fosse em Paraty, e que a partir dos dados possamos formar políticas públicas por meio destas evidências e não baseado em achismos”.

Eloá Moraes, Coordenadora-geral de políticas para Comunidades Tradicionais do Ministério da Igualdade Racial destacou o papel dos resultados aos gestores públicos, como é o caso dos ministérios - Foto: Acervo IBGE

Metodologia e dados do último Censo Agropecuário 2017

A Coordenadora Técnica do Censo Demográfico da Diretoria de Pesquisas, Marta Antunes, abriu a apresentação explicando o que é o Censo Demográfico e Censo Agropecuário. Na sequência, explicou também o histórico de pesquisas do Censo com as populações indígena e quilombola. “O Censo é importante para estes grupos por cobrir todo o território nacional. Os indígenas são 0,88% e os quilombolas 0,6%. Em 1991, o IBGE começou a investigar a população indígena. Em 2010 e 2022, o IBGE trouxe o retrato dos indígenas com mais aderência à realidade, é preciso construir metodologias para atender as demandas de produtos gráficos e estatísticas oficiais sobre Povos e Comunidades Tradicionais”, explicou Marta.

Em ordem, Aline Coelho, Fernando Damasco e Marta Antunes apresentaram as ferramentas para acessar ao Censo Demográfico 2022 e ao Censo Agropecuário 2017 - Foto: Acervo IBGE

Fernando Damasco, Coordenador de Estruturas Territoriais, apresentou alguns dados relacionados ao recorte cor e raça do último Censo Agropecuário, realizado em 2017. “Tentamos uma aproximação da avaliação dos produtos mais vinculados a esses grupos. Este recorte revelou que esta produção é a que usa menos agrotóxicos e mais variada, envolvendo pessoas da família dentro deste recorte dos produtores. O Censo traz dados sobre o sexo do produtor, idade do produtor, tamanho dos estabelecimentos agropecuários, recorte por cor ou raça, uso de agrotóxicos”, explicou Damasco.

A Gerente de Integração da Produção de Geoinformação, Aline Coelho, apresentou a PGI - Plataforma Geográfica Interativa. Por meio da PGI, a sociedade pode visualizar os resultados do Censo Demográfico 2022, na forma de mapas interativos, sobrepondo camadas de diferentes temas, explicou Aline. Ela ainda ilustrou outras funções da plataforma. Vários outros produtos do IBGE podem ser acessados através da PGI e todos esses mapas são geosserviços. Também posso carregar dados de outras instituições que publicam geosserviços, como é o caso do IBAMA, e sobrepô-los aos mapas do IBGE, completou a gerente.