Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Em outubro, produção industrial cai 1,1%

02/12/2016 09h30 | Atualizado em 19/08/2019 14h57

 

Outubro 2016 / Setembro 2016
-1,1%
Outubro 2016 / Outubro 2015
-7,3%
Acumulado 2016
-7,7%
Acumulado 12 meses
-8,4%
Média Móvel Trimestral
-1,5%

Em outubro de 2016, a produção industrial do país caiu 1,1% frente a setembro, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral recuou 1,5%. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com outubro de 2015, a indústria recuou 7,3%, trigésima segunda taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e a mais intensa desde maio de 2016 (-7,4%). No índice acumulado para os dez meses do ano, o setor industrial assinalou redução de 7,7%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, com o recuo de 8,4% em outubro de 2016, reduziu o ritmo de queda frente ao registrado em junho (-9,7%), julho (-9,5%), agosto (-9,3%) e setembro (-8,8%). A publicação completa da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) pode ser acessadaaqui.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Outubro de 2016


Grandes Categorias
Econômicas
Variação (%)
Outubro 2016/ Setembro 2016*
Outubro 2016/
Setembro 2015
Acumulado Janeiro-Outubro
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital
-2,2
-9,8
-14,4
-17,4
Bens Intermediários
-1,9
-7,0
-7,4
-8,0
Bens de Consumo
-0,4
-7,3
-6,5
-7,1
   Duráveis
-1,2
-6,8
-17,5
-19,2
   Semiduráveis e não Duráveis
-0,8
-7,5
-3,6
-3,8
Indústria Geral
-1,1
-7,3
-7,7
-8,4

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.
*Série com ajuste sazonal

De setembro para outubro, 20 dos 24 ramos industriais recuaram

O recuo de 1,1% da atividade industrial na passagem de setembro para outubro de 2016 teve predomínio de resultados negativos, alcançando todas as quatro grandes categorias econômicas e 20 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências negativas foram registradas por produtos alimentícios (-3,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,5%), com o primeiro eliminando parte do avanço de 6,3% verificado no mês anterior; e o segundo voltando a recuar após crescer 4,7% em setembro, quando interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção, que acumularam perda de 11,8%. Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram de produtos de borracha e de material plástico (-4,9%), de metalurgia (-2,8%), de bebidas (-3,5%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-2,0%), de máquinas e equipamentos (-2,3%), de indústrias extrativas (-0,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,2%), de produtos de metal (-2,0%) e de celulose, papel e produtos de papel (-1,6%). Por outro lado, entre os quatro ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%), segundo resultado positivo consecutivo, acumulando nesse período expansão de 3,1% e eliminando o recuo de 2,2% observado em agosto.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital (-2,2%) e bens intermediários (-1,9%) mostraram as reduções mais acentuadas em outubro de 2016, com o primeiro apontando quatro meses consecutivos de queda na produção e acumulando nesse período recuo de 9,5%; e o segundo eliminando o avanço de 0,9% observado no mês anterior. Os segmentos de bens de consumo duráveis (-1,2%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,8%) também registraram taxas negativas nesse mês, com o primeiro devolvendo parte da expansão de 1,7% verificada em setembro; e o segundo marcando o quarto mês seguido de recuo na produção e acumulando perda de 5,4% nesse período.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou queda de 1,5% no trimestre encerrado em outubro de 2016 frente ao nível do mês anterior, acelerando o ritmo de perda frente ao observado em setembro (-1,1%) e agosto (-0,7%), quando interrompeu três meses de resultados positivos consecutivos: maio (0,7%), junho (0,7%) e julho (0,7%). Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, o segmento de bens de capital (-2,5%) mostrou o recuo mais intenso nesse mês e manteve o comportamento negativo iniciado em agosto último. Os setores produtores de bens de consumo duráveis (-2,0%), de bens intermediários (-1,6%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,0%) também registraram taxas negativas em outubro de 2016, com o primeiro acentuando as quedas verificadas em agosto (-0,4%) e setembro (-0,5%); o segundo acumulando recuo de 2,4% nos três últimos meses; e o terceiro prosseguindo com a trajetória descendente iniciada em março de 2016.

Indústria recuou 7,3% em relação a outubro de 2015

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 7,3% em outubro de 2016, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 22 dos 26 ramos, 57 dos 79 grupos e 63,5% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que outubro de 2016 (20 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21).

As atividades, indústrias extrativas (-8,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-9,0%) e produtos alimentícios (-5,7%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria, pressionadas, em grande parte, pelos itens minérios de ferro, na primeira; álcool etílico, óleo diesel e óleos combustíveis, na segunda; e sucos concentrados de laranja, açúcar cristal e refinado de cana, bombons e chocolates em barras, rações e carnes de bovinos congeladas, na terceira. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de máquinas e equipamentos (-13,6%), de produtos de minerais não-metálicos (-14,0%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,8%), de outros equipamentos de transporte(-25,8%), de produtos de borracha e de material plástico (-10,3%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,8%), de produtos de metal (-9,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,9%), de bebidas (-7,3%), de produtos do fumo (-51,1%), de metalurgia (-3,0%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-6,2%). Por outro lado, ainda na comparação com outubro de 2015, entre as quatro atividades que apontaram expansão na produção, as principais influências foram registradas por celulose, papel e produtos de papel (4,6%) e impressão e reprodução de gravações (17,1%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (-9,8%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-7,5%) assinalaram, em outubro de 2016, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens intermediários (-7,0%) e de bens de consumo duráveis (-6,8%) também mostraram resultados negativos nesse mês, com ambos recuando com intensidade menor do que a média nacional (-7,3%).

Indústria acumula redução de 7,7% no ano

No índice acumulado para o período janeiro-outubro de 2016, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 7,7%, com perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 65 dos 79 grupos e 72,2% dos 805 produtos pesquisados apontaram redução na produção. Entre as atividades, indústrias extrativas (-12,1%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-15,8%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,3%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria, pressionadas, em grande parte, pelos itens minérios de ferro, na primeira; automóveis, caminhões e autopeças, na segunda; e óleos combustíveis, óleo diesel e naftas para petroquímica, na terceira. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de máquinas e equipamentos (-13,9%), de produtos de minerais não-metálicos (-11,7%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-19,5%), de metalurgia (-7,5%), de outros equipamentos de transporte (-21,8%), de produtos de metal (-10,7%), de produtos de borracha e de material plástico (-8,2%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,1%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,7%), de produtos do fumo (-25,5%) e de móveis (-12,6%). Por outro lado, entre as três atividades que ampliaram a produção nos dez meses de 2016, a principal influência foi observada em produtos alimentícios (1,1%). Por outro lado, entre as três atividades que ampliaram a produção nos dez meses de 2016, a principal influência foi observada em produtos alimentícios (1,1%).

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os dez meses de 2016 mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-17,5%) e bens de capital (-14,4%), pressionadas, especialmente, pela redução na fabricação de automóveis (-16,8%) e de eletrodomésticos (-17,8%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (-15,3%) e para fins industriais (-11,7%), na segunda. Os segmentos de bens intermediários (-7,4%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-3,6%) também assinalaram taxas negativas no índice acumulado do ano, com o primeiro registrando recuo ligeiramente abaixo da magnitude observada na média nacional (-7,7%), e o segundo apontando a queda mais moderada entre as grandes categorias econômicas.