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Em setembro, vendas do varejo caem 1,0%

10/11/2016 12h05 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Setembro/Agosto*
-1,0
-0,3
-0,1
0,3
Média móvel trimestral*
-0,8
0,2
-1,0
-0,2
Setembro 2016 / Setembro 2015
-5,9
5,7
-8,6
-0,3
Acumulado 2016
-6,5
5,1
-9,2
-0,6
Acumulado 12 meses
-6,6
4,4
-10,0
-1,6
* ajuste sazonal

Em setembro de 2016, o comércio varejista recuou 1,0%, em volume de vendas, frente ao mês imediatamente anterior, terceiro resultado negativo consecutivo nessa comparação, acumulando perda de 2,4% de julho a setembro. A receita nominal, também na série livre de influências sazonais, recuou 0,3%, após oito taxas positivas seguidas, período que acumulou ganho de 4,6%.

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o volume total das vendas no varejo registrou queda de 5,9% em setembro de 2016, 18ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Assim, os índices para o volume do comércio varejista também foram negativos para o acumulado dos nove primeiros meses do ano (-6,5%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com o recuo de 6,6% em setembro de 2016, reduziu o ritmo de queda frente ao registrado em julho (-6,8%) e em agosto (-6,7%). Para esses mesmos indicadores, a receita nominal de vendas prosseguiu registrando variações positivas: 5,7% contra setembro de 2015; 5,1% no acumulado do ano; e 4,4% em 12 meses, respectivamente.

O comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, ficou praticamente estável (-0,1%) em relação a agosto, na série com ajuste sazonal, após sequência de seis quedas, acumulando perda de 6,5% entre março e agosto. A receita nominal ficou em 0,3%. Em relação a igual mês do ano anterior, o varejo ampliado registrou queda de 8,6% para o volume de vendas e de -0,3% para receita nominal. No que tange às taxas acumuladas, os resultados foram: -9,2% no acumulado do ano e de -10,0% nos últimos 12 meses, para o volume de vendas, e de -0,6% e -1,6% para a receita nominal, respectivamente.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Seis das oito atividades pesquisadas apresentam variação negativa

Frente a agosto, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas no comercio varejista mostrou queda de 1,0%, com predomínio de resultados negativos, alcançando seis das oito atividades pesquisadas. A queda nas vendas dos segmentos de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,4%) e de móveis e eletrodomésticos (-2,1%) foram as principais influências negativas no resultado global do varejo. Os demais recuos, por ordem de magnitude, foram observados em livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%); tecidos, vestuário e calçados (-0,7%); combustíveis e lubrificantes (-0,5%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,3%). Por outro lado, o setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos avançou 1,0% em relação a agosto, enquanto a atividade de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação ficou estável (0,0%) nessa comparação. Considerando o comércio varejista ampliado, o volume de vendas ficou praticamente estável (-0,1%) em relação a agosto, na série ajustada sazonalmente, influenciado pelo avanço de 2,9% em veículos, motos, partes e peças registrando, compensando em parte a queda acumulada de 7,4% entre julho e agosto. Por outro lado, material de construção, com recuo de 3,1% no volume de vendas, pressionou negativamente o resultado do varejo ampliado.



TABELA 1
BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Setembro 2016
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
JUL
AGO
SET
JUL
AGO
SET
NO ANO
12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)
-0,7
-0,8
-1,0
-5,6
-5,5
-5,9
-6,5
-6,6
1 - Combustíveis e lubrificantes
-0,5
-1,7
-0,5
-10,0
-9,6
-9,0
-9,7
-10,1
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
-0,8
0,6
-1,4
-1,0
-2,2
-2,6
-2,9
-3,0
2.1 - Super e hipermercados
-0,1
0,5
-1,5
-0,7
-1,7
-2,5
-2,8
-3,0
3 - Tecidos, vest. e calçados
-6,0
-0,2
-0,7
-14,1
-10,5
-10,3
-11,3
-11,4
4 - Móveis e eletrodomésticos
-0,6
-2,5
-2,1
-10,7
-9,3
-13,4
-13,6
-14,6
4.1 - Móveis
-
-
-
-12,8
-14,5
-13,6
-12,8
-15,4
4.2 - Eletrodomésticos
-
-
-
-9,8
-6,9
-13,3
-13,9
-14,2
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
-0,1
-2,6
1,0
-3,3
-3,7
-3,7
-1,1
-0,4
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-0,5
-2,3
-2,0
-17,0
-15,1
-18,0
-16,9
-16,2
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
5,0
-4,9
0,0
-13,5
-9,0
-11,9
-14,7
-15,0
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-0,9
-1,3
-0,3
-11,5
-10,8
-9,0
-11,7
-10,4
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3)
-1,0
-2,0
-0,1
-10,7
-7,7
-8,6
-9,2
-10,0
9 - Veículos e motos, partes e peças
-1,4
-4,7
2,9
-21,3
-13,0
-14,4
-14,6
-17,0
10- Material de Construção
-2,7
1,8
-3,1
-12,6
-6,9
-10,8
-12,0
-12,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Na comparação com setembro de 2015, em termos de volume de vendas, todas as oito atividades do varejo registraram variações negativas. Por ordem de contribuição, os dois principais destaques foram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,6%) e móveis e eletrodomésticos (-13,4%), seguidos por combustíveis e lubrificantes e outros artigos de uso pessoal e doméstico, ambos com recuo de 9,0%; tecidos, vestuário e calçados (-10,3%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-3,7%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-11,9%); e, por fim, livros, jornais, revistas e papelaria (-18,0%).

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com recuo de 2,6% frente a setembro de 2015, exerceu o maior impacto negativo na formação da taxa. O desempenho desta atividade vem sendo pressionado pela contínua queda na massa de rendimento real habitualmente recebida, além da elevação dos preços dos alimentos em domicílio acima do índice geral. As taxas acumuladas, no volume de vendas, foram de -2,9% para os nove primeiros meses do ano e -3,0% para os últimos 12 meses.

O segmento de móveis e eletrodomésticos, com queda de 13,4% no volume de vendas em relação a setembro do ano passado, foi também responsável pelo principal impacto na formação da taxa do comércio varejista. Em termos acumulados, os recuos foram de -13,6% para os nove primeiros meses do ano e de -14,6% nos últimos 12 meses. O comportamento negativo deste setor vem sendo decorrente de fatores, tais como, restrições ao crédito, principalmente em função do aumento da taxa de juros no crédito às pessoas físicas, além do impacto negativo da redução da renda real das famílias.

Combustíveis e lubrificantes, com - 9,0% no volume de vendas frente a setembro de 2015, exerceu a segunda maior contribuição negativa no resultado. Em termos acumulados, as taxas da atividade foram de -9,7% para os nove primeiros meses do ano e de -10,1% acumulado em 12 meses. A elevação dos preços de combustíveis acima da variação média de preços é um dos fatores que vêm refletindo no desempenho negativo deste setor.

A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos, etc., com recuo de 9,0% no volume de vendas em relação a setembro de 2015, também exerceu o segundo maior impacto negativo na taxa. No que se refere aos indicadores acumulados, as variações ficaram em -11,7% no ano e de -10,4% nos últimos 12 meses.

O setor de tecidos, vestuário e calçados, com variação de -10,3% em relação a setembro do ano passado, foi a terceira maior contribuição na composição da taxa geral do varejo. Os resultados para os indicadores acumulados foram: -11,3% no ano e -11,4% nos últimos 12 meses. Mesmo com os preços de vestuário situando-se abaixo da média geral de preços, o desempenho da atividade continua abaixo da média do varejo.

A atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com taxa de -3,7%, foi o quarta maior contribuição negativa. Nos acumulados em 2016 e nos últimos 12 meses, as variações foram de -1,1% e -0,4%, respectivamente.

O segmento de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação recuou 11,9% sobre igual mês de 2015, quinta maior contribuição no resultado. As taxas acumuladas ficaram em -14,7% no ano e 15,0% em 12 meses. O desempenho do setor está refletindo valorização do dólar, pois alguns componentes eletrônicos são importados.

A atividade de livros, jornais, revistas e papelaria caiu 18,0% no volume de vendas sobre setembro de 2015, com taxas acumuladas de -16,9% nos nove meses do ano e de 16,2% nos últimos 12 meses. A trajetória declinante desta atividade vem sendo influenciada pela perda gradual de espaço do formato impresso frente ao formato eletrônico.

O comércio varejista ampliado registrou queda de 8,6% em relação a setembro de 2015 para o volume de vendas e de -0,3% para a receita nominal. As taxas acumuladas foram de -9,2% no ano e de -10,0% nos últimos 12 meses, para o volume de vendas, e de -0,6% e -1,6%, respectivamente, para receita nominal. Esse desempenho reflete o comportamento de veículos, motos, partes e peças, com recuo de 14,4% para o volume de vendas sobre setembro de 2015. Em termos acumulados, as variações deste setor foram: -14,6% nos nove primeiros meses e -17,0% nos últimos 12 meses. Quanto ao segmento de material de construção, a variação para o volume de vendas foi de -10,8% em relação a setembro de 2015. Em termos acumulados, as taxas ficaram em -12,0% nos nove primeiros meses e -12,6% nos últimos 12 meses. O menor ritmo da atividade econômica vem influenciando o desempenho destes setores, além da renda das famílias em queda.

 

Vendas no varejo reduzem ritmo de queda no 3º tri (-1,7%)

Em bases trimestrais, o volume de vendas do comércio varejista, na série com ajuste sazonal, mostrou acentuação no ritmo de queda na passagem do segundo (-0,5%) para o terceiro trimestre de 2016 (-1,7%), ambos os resultados em relação ao trimestre imediatamente anterior. Para essa mesma comparação, cinco das oito atividades investigadas também mostraram maior ritmo na queda das vendas, com destaque para tecidos, vestuário e calçados (de 0,8% para - 5,5%). Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo também sai do campo positivo no segundo trimestre (0,5%) para um recuo de -0,7% no terceiro. Considerando o comércio varejista ampliado, o volume de vendas mostrou recuo de 2,4% no segundo trimestre e de 2,7% no terceiro trimestre de 2016. Para essa mesma comparação, veículos e motos, partes e peças (de -7,2% para -4,4%) e material de construção (de -3,0% para -1,8%) fazem movimento inverso, reduzindo o ritmo de queda entre os dois períodos.

A comparação com igual trimestre do ano anterior mostrou a sétima taxa negativa consecutiva para o comércio varejista nacional, porém com redução gradual na queda das vendas ao longo de 2016: -7,0% primeiro trimestre, -6,9% no segundo e -5,7% no terceiro trimestre do ano. Das oito atividades pesquisadas, seis mostram menor ritmo de queda nas venda na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2016, com destaque para livros, jornais, revistas e papelaria (de -20,6% para -16,6%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (de-15,7% para -11,4%); e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (de -4,0% para -1,9%).

No comércio varejista ampliado, o volume de vendas no terceiro trimestre de 2016, comparado com o mesmo período do ano anterior, caiu 9,0%, sinalizando ligeira melhora no ritmo de queda em relação aos dois trimestres anteriores: -9,2% no segundo e -9,4% no primeiro trimestre de 2016. A atividade de veículos, motos, partes e peças, com variação de -16,3% no terceiro trimestre de 2016, fez movimento contrário, mostrando gradual aceleração no ritmo de queda em relação aos trimestres anteriores: -13,5% no primeiro e -14,0% no segundo trimestre do ano. Já o segmento de material de construção apresentou taxa de -10,1% no terceiro trimestre, contra -11,1% no segundo trimestre.

Volume de vendas recua em 19 das 27 unidades da federação

Na passagem de agosto para setembro de 2016, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista registrou recuo em 19 das 27 unidades da federação, com Mato Grosso (-5,6%) e Tocantins (-3,6%) registrando as taxas mais elevadas em termos de magnitude. Por outro lado, entre os estados com variação positiva frente a agosto, destacaram-se: Amapá (1,7%) e Piauí (1,3%). Bahia (0,1%), Goiás (0,1%) e Distrito Federal (0,0%) mantiveram as vendas estáveis frente a agosto.

Em comparação com setembro de 2015, os resultados foram negativos para todos os estados, exceto Roraima (9,1%). As maiores quedas, em termos de magnitude, foram observadas no Amapá (-15,9%); Pará (-15,7%) e Rondônia (-15,2%). Quanto à participação na composição da taxa, destacaram-se São Paulo (-5,5%) e Rio de Janeiro (-7,2%).

Quanto ao comércio varejista ampliado, com exceção de Roraima (4,6%), as demais 26 unidades da federação apresentaram variações negativas na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque, em termos de volume de vendas, para Pará (-17,9%); Tocantins (-16,5%); e Acre (-16,1%). O estado com maior impacto negativo sobre a média nacional foi São Paulo (-8,5%).