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Em outubro, vendas do varejo recuam 0,8%

13/12/2016 10h26 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Outubro/Setembro*
-0,8
-0,5
-0,3
-0,5
Média móvel trimestral*
-0,8
-0,2
-0,8
-0,4
Outubro 2016 / Outubro 2015
-8,2
1,9
-10,0
-2,7
Acumulado 2016
-6,7
4,8
-9,3
-0,8
Acumulado 12 meses
-6,8
4,3
-9,8
-1,4
* ajuste sazonal

Em outubro de 2016, o volume de vendas no comércio varejista do país recuou 0,8% frente a setembro, na série com ajuste sazonal. A receita nominal de vendas recuou 0,5% frente a setembro, na mesma comparação, acumulando alta de 4,8% no ano e de 4,3% nos últimos 12 meses. Na série sem ajuste sazonal, o varejo recuou 8,2%, mostrando sua 19º taxa negativa consecutiva e acumulando -6,7% no ano e de -6,8% nos últimos 12 meses, o recuo mais intenso deste indicador desde 2001. Já o varejo ampliado recuou 0,3% na série com ajuste sazonal e caiu 10,0% em relação a outubro de 2015.

Em outubro, o volume de vendas no varejo recuou 0,8% frente a setembro, na série com ajuste sazonal, quarto resultado negativo consecutivo nessa comparação, acumulando perda de 3,2% nesses quatro meses. Já a receita nominal de vendas recuou 0,5% frente a setembro. Com esse resultado, a média móvel trimestral do volume de vendas permanece em queda, repetindo a variação de -0,8% em outubro, enquanto o mesmo indicador para receita nominal recuou 0,2%, após ficar praticamente estável em setembro (0,1%).

Nas demais comparações, nas séries sem ajuste sazonal, o volume de vendas do varejo recuou 8,2% no confronto com outubro de 2015, décima nona taxa negativa consecutiva nessa comparação e a mais intensa desde maio de 2016 (-9,0%). Assim, o acumulado no ano recuou 6,7%, enquanto o acumulado nos últimos doze meses (-6,8%) teve a queda mais intensa desde o início da série histórica, em 2001. Já a média móvel da receita nominal de vendas cresceu 1,9% sobre outubro de 2015, acumulando 4,8% no ano.

O comércio varejista ampliado, que além do varejo inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, recuou 0,3% de setembro para outubro, na série ajustada sazonalmente, após ficar estável em setembro. Já a receita nominal recuou 0,5%, após avançar 0,4% em setembro.

Em relação a outubro de 2015, o volume de vendas do varejo ampliado recuou 10,0% e a receita nominal de vendas caiu 2,7%. As taxas acumuladas foram de -9,3% no ano e -9,8% nos últimos 12 meses para o volume de vendas, e de -0,8% e -1,4% para a receita nominal, respectivamente.

Entre os setores, o recuo de 0,8% para o volume de vendas no varejo, de setembro para outubro, está relacionado às quedas em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%); Combustíveis e lubrificantes (-1,7%) e, em menor medida, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,1%). Já as taxas positivas, por ordem de magnitude, figuram: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (7,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,8%),Tecidos, vestuário e calçados (0,5%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,4%). O volume de vendas deMóveis e eletrodomésticos (0,0%) ficou estável, após acumular perda de 9,5% entre fevereiro e setembro.

No comercio varejista ampliado, houve recuo de 0,3%% entre setembro e outubro. Esse resultado foi influenciado pela queda de Veículos e motos, partes e peças (-0,3%), na comparação frente ao mês imediatamente anterior, ainda que Material de construção
(-4,0%) tenha ampliado o recuo em relação ao resultado de setembro (-3,1%) (Tabela 1).

Em relação a outubro de 2015 (na série sem ajuste sazonal), as variações do varejo ampliado foram de -10,0% para o volume de vendas e de -2,7% para a receita nominal. O volume de vendas dessa série acumula recuos de -9,3% no ano e -9,8% nos últimos 12 meses. Nos setores de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, o volume de vendas recuou em -13,5% e -13,8%, respectivamente. As taxas acumuladas em 2016 foram de -14,5% para Veículos, motos, partes e peças e -12,2% para Material de construção.



TABELA 1
BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Outubro 2016
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
AGO
SET
OUT
AGO
SET
OUT
NO ANO
12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)
-0,8
-1,0
-0,8
-5,5
-5,7
-8,2
-6,7
-6,8
1 - Combustíveis e lubrificantes
-1,8
-0,3
-1,7
-9,6
-8,7
-10,4
-9,8
-10,0
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
0,6
-1,4
-0,6
-2,2
-2,4
-6,5
-3,3
-3,5
2.1 - Super e hipermercados
0,7
-1,7
-0,6
-1,7
-2,4
-6,4
-3,2
-3,5
3 - Tecidos, vest. e calçados
-0,2
-0,7
0,5
-10,5
-10,3
-12,1
-11,4
-11,5
4 - Móveis e eletrodomésticos
-2,3
-2,0
0,0
-9,3
-13,4
-13,3
-13,6
-14,3
4.1 - Móveis
-
-
-
-14,5
-12,9
-14,7
-13,0
-14,7
4.2 - Eletrodomésticos
-
-
-
-6,9
-13,6
-12,7
-13,8
-14,2
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
-2,6
1,3
-0,1
-3,7
-3,1
-6,1
-1,5
-0,8
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-2,3
-1,8
0,4
-15,1
-18,0
-17,3
-17,0
-16,8
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-4,6
0,4
7,1
-9,0
-12,0
-6,7
-14,1
-13,5
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-1,1
-0,2
0,8
-10,8
-9,0
-7,6
-11,3
-10,3
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3)
-2,0
0,0
-0,3
-7,7
-8,5
-10,0
-9,3
-9,8
9 - Veículos e motos, partes e peças
-4,7
2,9
-0,3
-13,0
-14,3
-13,5
-14,5
-16,1
10- Material de Construção
1,2
-3,1
-4,0
-6,9
-10,7
-13,8
-12,2
-12,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Na série sem ajuste sazonal, todas as atividades estão em queda

Em relação a outubro de 2015 (série sem ajuste), o volume de vendas do varejo recuou 8,2% em outubro de 2016, com perfil generalizado de queda entre as atividades investigadas. Vale citar que outubro de 2016 (20 dias úteis) teve um dia útil a menos do que outubro de 2015 (21 dias úteis). Entre as atividades,Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-6,5%) exerceu a influência negativa mais intensa sobre a taxa do varejo, seguido por Móveis e eletrodomésticos (-13,3%) e Combustíveis e lubrificantes (-10,4%). Em outubro, o desempenho desses três setores, juntos, respondeu por cerca de 70,0% da taxa global do varejo. Os resultados das demais atividades foram: Tecidos, vestuário e calçados (-12,1%);Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-7,6%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-6,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria, (-17,3%); e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-6,7%).

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo exerceu a maior influência sobre a taxa do varejo, com recuo de 6,5% frente a outubro de 2015, vigésima primeira taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde junho de 2003
(-8,6%). Esse desempenho reflete a redução contínua da massa real recebida entre os trimestres encerrados em outubro de 2015 e em outubro de 2016. A essencialidade dos produtos comercializados nesse setor é o principal fator que explica o seu desempenho acima da média. Os acumulados foram de -3,3% no ano e -3,5% nos últimos 12 meses.

O recuo de 13,3% no volume de vendas de Móveis e eletrodomésticos exerceu o segundo impacto negativo mais intenso sobre a taxa global do varejo. Nos acumulados, as variações do setor foram de -13,6% no ano e de -14,3% nos últimos 12 meses. Com uma dinâmica de vendas associada à disponibilidade de crédito, os resultados do setor ficaram abaixo da média geral e foram influenciados principalmente pela alta dos juros entre outubro de 2016 e outubro de 2015.

Combustíveis e lubrificantes, com recuo de 10,4% no volume de vendas em relação a outubro de 2015, deu a terceira contribuição negativa mais intensa ao resultado do varejo. Os acumulados foram de -9,8% no ano e de -10,0% nos últimos 12 meses.

O setor de Tecidos, vestuário e calçados, cujo volume de vendas recuou 12,1%, exerceu a quarta influência mais intensa sobre a taxa do varejo. Os acumulados foram de -11,4% no ano e de -11,5% para os últimos 12 meses.

O volume de vendas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., recuou 7,6% em relação a outubro de 2015, décimo quarto resultado negativo nessa comparação, exercendo a quinta maior influência na taxa do varejo. Nos acumulados, as variações foram: -11,3% no ano e -10,3% nos últimos 12 meses. O desempenho negativo desta atividade reflete a redução do poder de compra das famílias entre outubro de 2015 e outubro de 2016.

O volume de vendas de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria recuou 6,1% sobre outubro de 2015. Os acumulados do ano e dos últimos 12 meses registraram os recuos menos intensos entre todas as atividades pesquisadas: -1,5% e -0,8%, respectivamente.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, papelaria influenciou negativamente o resultado total do varejo, apresentando variação no volume de vendas de -17,3% sobre outubro de 2015, e taxas acumuladas de -17,0% no ano e de -16,8% nos últimos 12 meses. A trajetória declinante desta atividade vem sendo influenciada, em especial no que tange a jornais e revistas, por certa substituição dos produtos impressos pelos de meio eletrônico.

O volume de vendas do setor de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação recuou 6,7% em outubro. Ainda assim, as taxas acumuladas foram positivas: 14,1% no ano e 13,5% nos últimos 12 meses. Os resultados negativos em outubro refletem não só a redução de renda real e elevação dos juros, como também, especialmente para informática e comunicação, a valorização da taxa de câmbio.

Na série com ajuste sazonal, as vendas do varejo recuaram em 15 das 27 UFs

 

De setembro para outubro de 2016, na série com ajuste sazonal, as vendas no varejo foram negativas para 15 das 27 Unidades da Federação, com as maiores taxas de variação sendo observadas em Roraima (-1,9%), Piauí e Amapá (ambos com -1,7%). Por outro lado, Acre (2,3%) e Rondônia (1,7%) foram os estados com avanços, no volume de vendas, mais acentuados para essa comparação.

Frente a outubro de 2015 (série sem ajuste sazonal), o volume de vendas do comércio varejista recuou em 25 dos 27 estados e os recuos mais intensos foram no Pará (-18,7%) e no Amapá (-16,9%). As influências mais intensas sobre a taxa do varejo vieram de São Paulo (-6,4%) e Rio de Janeiro (-10,6%).

No comércio varejista ampliado, exceto Roraima (7,8%), as demais Unidades da Federação apresentaram variações negativas na comparação com outubro de 2015. Em termos de volume de vendas, destacaram-se: Pará (-16,5%); Tocantins (-14,7%) e Mato Grosso (-14,4%). Vale observar que o estado com maior impacto negativo foi São Paulo (-10,7%), seguido por Rio de Janeiro, com taxa de -11,0%.