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Produção industrial varia -0,1% em janeiro

08/03/2017 11h45 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Período
Produção industrial
Janeiro 2017 / Dezembro 2016
-0,1%
Janeiro 2017 / Janeiro 2016
1,4%
Acumulado em 2017
1,4%
Acumulado em 12 meses
-5,4%
Média móvel trimestral
0,9%

Em janeiro de 2017, na série livre de influências sazonais, a produção industrial nacional mostrou variação negativa de 0,1% frente ao mês imediatamente anterior, após acumular expansão de 2,9% nos dois últimos meses de 2016. No confronto com igual mês do ano anterior (sem ajuste sazonal), o total da indústria apontou crescimento de 1,4% em janeiro de 2017, interrompendo 34 meses consecutivos de resultados negativos nesse tipo de comparação.

Com o recuo de 5,4% em janeiro de 2017, a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, permaneceu com a redução no ritmo de queda iniciada em junho de 2016 (-9,7%). A publicação completa da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) pode ser acessada aqui.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Janeiro de 2017
Grandes Categorias
Econômicas
Variação (%)
Janeiro 2017/
Dezembro 2016*
Janeiro 2017/
Janeiro 2016
Acumulado
Janeiro-Janeiro
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Bens de Capital
-4,1
3,3
3,3
-7,9
Bens Intermediários
0,7
0,8
0,8
-5,5
Bens de Consumo
0,3
2,3
2,3
-4,8
   Duráveis
-7,3
3,2
3,2
-12,3
   Semiduráveis e não Duráveis
3,1
2,1
2,1
-3,0
Indústria Geral
-0,1
1,4
1,4
-5,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal

12 dos 24 ramos pesquisados apontaram taxas negativas

Na passagem de dezembro de 2016 para janeiro de 2017, 12 dos 24 ramos pesquisados apontaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 10,7% assinalado por veículos automotores, reboques e carrocerias, que interrompeu dois meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 18,7%. Outras contribuições negativas relevantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,5%), de máquinas e equipamentos (-4,9%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,0%) e de produtos de borracha e de material plástico (-3,8%). Vale ressaltar que essas atividades mostraram taxas positivas em dezembro de 2016: 17,7%, 1,6%, 10,8% e 8,0%, respectivamente.

Por outro lado, entre os doze ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância para a média global foram registrados por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (21,6%), com o primeiro eliminando parte da queda de 5,6% acumulada nos dois últimos meses de 2016; e o segundo recuperando a perda de 19,4% verificada entre setembro e dezembro do ano passado. Outros destaques positivos sobre o total nacional vieram de produtos alimentícios (1,2%), de bebidas (5,5%), de indústrias extrativas (1,1%), de metalurgia (1,8%), de produtos de minerais não-metálicos (2,6%), de celulose, papel e produtos de papel (2,3%) e de outros equipamentos de transporte (6,4%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis (-7,3%) e bens de capital (-4,1%) mostraram as taxas negativas mais acentuadas em janeiro de 2017, com o primeiro eliminando parte do ganho de 12,0% acumulado nos dois últimos meses do ano passado; e o segundo intensificando o recuo de 3,8% registrado em dezembro de 2016.

Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (3,1%) e de bens intermediários (0,7%) assinalaram os resultados positivos nesse mês, com o primeiro avançando 7,4% em dois meses seguidos de crescimento na produção; e o segundo acumulando expansão de 3,2% nos últimos três meses.

Média Móvel trimestral sobe 0,9%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou acréscimo de 0,9% no trimestre encerrado em janeiro de 2017 frente ao nível do mês anterior, acentuando o resultado positivo verificado em dezembro do ano passado (0,5%), quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em julho de 2016.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo semi e não-duráveis (2,1%) mostrou o avanço mais elevado nesse mês e intensificou a expansão de 0,7% registrada no mês anterior, quando interrompeu oito meses seguidos de recuo na produção. Os setores produtores de bens de consumo duráveis (1,2%) e de bens intermediários (1,0%) também assinalaram taxas positivas em janeiro de 2017, com o primeiro prosseguindo com a trajetória ascendente iniciada em outubro de 2016; e o segundo apontando o resultado positivo mais elevado desde agosto de 2012 (1,3%). Por outro lado, o segmento de bens de capital (-1,6%) mostrou a única queda nesse mês e permaneceu com o comportamento negativo presente desde setembro de 2016.

Produção industrial sobe 1,4% em relação a janeiro de 2016

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou crescimento de 1,4% em janeiro de 2017, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 47 dos 79 grupos e 52,8% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que janeiro de 2017 teve 22 dias úteis, dois a mais que janeiro de 2016 (20).

Entre as atividades, indústrias extrativas (12,5%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionada, em grande parte, pelos itens minérios de ferro, óleos brutos de petróleo e gás natural. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (5,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (18,0%), de celulose, papel e produtos de papel (6,9%), de produtos alimentícios (1,6%), de metalurgia (4,2%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (13,3%), de produtos têxteis (10,8%), de outros produtos químicos (2,2%) e de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (5,0%).

Por outro lado, entre as dez atividades que apontaram redução na produção, a principal influência no total da indústria foi registrada por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-11,1%), pressionada, em grande parte, pelo item óleo diesel. Vale destacar também os resultados negativos vindos de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,6%), de máquinas e equipamentos (-4,9%), de produtos de metal (-6,2%) e de outros equipamentos de transporte (-9,4%).

Bens de capital (3,3%) e bens de consumo duráveis (3,2%) assinalaram os avanços mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (2,1%) e de bens intermediários (0,8%) também mostraram taxas positivas no índice mensal desse mês, com o primeiro registrando expansão acima da magnitude observada na média nacional (1,4%); e o segundo apontando o crescimento mais moderado entre as grandes categorias econômicas.