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IPCA foi de 0,42% em janeiro

08/02/2024 09h00 | Atualizado em 08/02/2024 09h07

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,42% e ficou 0,14 ponto percentual abaixo da taxa de dezembro (0,56%). Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,51%, abaixo dos 4,62% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2023, a variação havia sido de 0,53%.  

Período  TAXA
Janeiro de 2024 0,42%
Dezembro de 2023 0,56%
Janeiro de 2023 0,53%
Acumulado do ano 0,42%
Acumulado nos últimos 12 meses 4,51%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em janeiro. A maior variação (1,38%) e o maior impacto (0,29 p.p.) vieram do grupo Alimentação e bebidas, que acelerou em relação ao resultado de dezembro (1,11%). Na sequência, destaca-se a alta de Saúde e cuidados pessoais (0,83% e 0,11 p.p.).

Por sua vez, o grupo Transportes registrou queda no índice de janeiro (-0,65% e -0,14 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,08% de Comunicação e o 0,82% de Despesas pessoais.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Dezembro Janeiro Dezembro Janeiro
Índice Geral 0,56 0,42 0,56 0,42
Alimentação e bebidas 1,11 1,38 0,23 0,29
Habitação 0,34 0,25 0,05 0,04
Artigos de residência 0,76 0,22 0,03 0,01
Vestuário 0,70 0,14 0,03 0,01
Transportes 0,48 -0,65 0,10 -0,14
Saúde e cuidados pessoais 0,35 0,83 0,05 0,11
Despesas pessoais 0,48 0,82 0,05 0,08
Educação 0,24 0,33 0,02 0,02
Comunicação 0,04 -0,08 0,00 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços    

O grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 1,38% em janeiro, após subir 1,11% em dezembro. A alimentação no domicílio subiu 1,81%, influenciada pelas altas da cenoura (43,85%), da batata-inglesa (29,45%), do feijão-carioca (9,70%), do arroz (6,39%) e das frutas (5,07%).

A alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,53%). Tanto o lanche (0,32%) como a refeição (0,17%) tiveram altas menos intensas que as registradas em dezembro (0,74% e 0,48%, respectivamente).

Em Saúde e cuidados pessoais (0,83%), os itens de higiene pessoal subiram 0,94%, influenciados pelas altas do produto para pele (2,64%) e do perfume (1,46%). O plano de saúde (0,76%) e os produtos farmacêuticos (0,70%) também registraram alta em janeiro.

No grupo Habitação (0,25%), o resultado da energia elétrica residencial (-0,64%) foi influenciado pela incorporação de alterações nas alíquotas de ICMS em Recife (1,79%), Fortaleza (-0,27%) e Salvador (-9,11%), a partir de 1º de janeiro, bem como pela apropriação do reajuste de 13,00% nas tarifas em Rio Branco (5,00%), a partir de 13 de dezembro.

Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,83%) foi influenciada por reajustes tarifários aplicados nas seguintes áreas de abrangência da pesquisa: de 31,75% em São Luís (25,61%), a partir de 5 de janeiro; reajuste médio de 4,21% em Belo Horizonte (5,55%), a partir de 1º de janeiro, e de 4,18% em Campo Grande (3,65%), a partir de 3 de janeiro. Em gás encanado (0,22%), os seguintes reajustes tarifários foram incorporados: de 3,30% em São Paulo (2,27%), a partir de 10 de dezembro; redução média de 0,45% no Rio de Janeiro (-0,46%) a partir de 1° de janeiro; e redução de 6,82% em Curitiba (-6,38%), também a partir de 1º de janeiro.

No grupo Transportes (-0,65% e -0,14 p.p.), houve queda na passagem aérea, subitem com maior impacto individual no índice do mês (-15,22% e -0,15 p.p.). Em relação aos combustíveis (-0,39%), houve recuo nos preços do etanol (-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%), enquanto o gás veicular (5,86%) registrou alta. O subitem táxi apresentou alta de 1,25% devido aos reajustes, a partir de 1º de janeiro, de 4,21% no Rio de Janeiro (3,95%) e de 4,61% em Salvador (4,31%).

Ainda em Transportes, a variação do ônibus urbano (-0,92%) foi influenciada pelo reajuste médio de 16,67% em Belo Horizonte (15,89%), a partir de 29 de dezembro; em Vitória (2,27%), reajuste de 4,53%, a partir de 14 de janeiro; e em São Paulo (-13,66%), pela aplicação de gratuidade nas tarifas aos domingos e em algumas datas comemorativas, a partir de 17 de dezembro. Ainda em São Paulo, houve reajuste de 13,64% nas tarifas de trem (12,73%) e metrô (12,73%) a partir de 1º de janeiro. Por conta das informações mencionadas, a integração transporte público caiu 6,34% nessa área.

Quando analisados as áreas investigadas pela pesquisa, somente Brasília (-0,36%) teve variação negativa em janeiro, influenciado pela queda nos preços da passagem aérea (-21,31%). Já a maior variação foi registrada em Belo Horizonte (1,10%), por conta da alta do ônibus urbano (15,89%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Dezembro Janeiro 12 meses
Belo Horizonte 9,69 0,80 1,10 5,34
São Luís 1,62 0,43 1,06 2,79
Goiânia 4,17 0,44 0,87 4,48
Belém 3,94 0,73 0,75 5,18
Aracaju 1,03 -0,29 0,73 4,05
Fortaleza 3,23 0,83 0,68 4,69
Rio Branco 0,51 0,90 0,63 4,58
Recife 3,92 0,21 0,63 3,79
Campo Grande 1,57 0,43 0,48 4,64
Rio de Janeiro 9,43 0,65 0,44 4,30
Curitiba 8,09 0,26 0,39 4,63
Vitória 1,86 0,58 0,37 4,53
São Paulo 32,28 0,54 0,25 4,51
Salvador 5,99 0,84 0,13 3,49
Porto Alegre 8,61 0,43 0,13 4,53
Brasília 4,06 0,78 -0,36 4,78
Brasil 100,00 0,56 0,42 4,51
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços    

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de dezembro de 2023 a 29 de janeiro de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 1º de dezembro a 29 de dezembro de 2023 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC tem alta de 0,57% em janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC teve alta de 0,57% em janeiro, 0,02 p.p. acima do resultado observado em dezembro (0,55%). O INPC acumula alta de 3,82% nos últimos 12 meses, acima dos 3,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2023, a taxa foi de 0,46%.

Os produtos alimentícios passaram de 1,20% de variação em dezembro para 1,51% em janeiro. A variação dos não alimentícios foi menor: 0,27% em janeiro frente à alta de 0,35% no mês anterior.

Nos índices regionais, somente Brasília (-0,08%) teve variação negativa em janeiro, influenciado pela queda nos preços da passagem aérea (-21,31%). A maior variação ocorreu em Belo Horizonte (1,54%), puxada pelas altas da batata-inglesa (41,62%) e do ônibus urbano (15,89%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Dezembro Janeiro 12 meses
Belo Horizonte 10,35 0,85 1,54 5,20
São Luís 3,47 0,45 1,03 2,70
Goiânia 4,43 0,61 0,88 4,15
Rio Branco 0,72 0,75 0,85 4,90
Aracaju 1,29 -0,22 0,84 3,66
Belém 6,95 0,61 0,76 5,34
Recife 5,60 0,26 0,65 3,14
Fortaleza 5,16 0,83 0,63 4,77
Vitória 1,91 0,40 0,57 3,40
Campo Grande 1,73 0,36 0,56 4,12
Curitiba 7,37 0,25 0,44 4,32
Rio de Janeiro 9,38 0,71 0,43 3,53
São Paulo 24,60 0,47 0,31 3,18
Porto Alegre 7,15 0,44 0,30 3,78
Salvador 7,92 0,80 0,17 2,95
Brasília 1,97 0,61 -0,08 3,49
Brasil 100,00 0,55 0,57 3,82
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços    

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de dezembro de 2023 a 29 de janeiro de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 1º de dezembro a 29 de dezembro de 2023 (base).  O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.