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PNAD Contínua: em 2023, taxa anual de desocupação foi de 7,8% enquanto de taxa de subutilização foi de 18,0%

31/01/2024 09h00 | Atualizado em 31/01/2024 10h33

A taxa anual de desocupação foi de 7,8%, recuando 1,8 ponto percentual (p.p.) frente à média de 2022 (9,6%). No confronto contra 2019 (11,8%), o recuo é de 4 p.p. Frente a 2012, quando a taxa média foi de 7,4%, o aumento foi de 0,4 p.p.

A população desocupada no ano totalizou 8,5 milhões de pessoas em 2023, com queda de 1,8 milhões (-17,6%) frente a 2022.

A população ocupada chegou a 100,7 milhões de pessoas em 2023, batendo o recorde da série histórica, iniciada em 2012, ficando 3,8% acima de 2022. Frente à média de 2012 (89,7 milhões de pessoas), houve aumento de 12,3%.

O nível da ocupação (percentual ocupados na população em idade de trabalhar) foi estimado em 57,6% em 2023, 1,6 p.p. a mais que em 2022 (56,0%). O maior nível da ocupação ocorreu em 2013 (58,3%).

A estimativa anual da taxa composta de subutilização foi estimada em 18,0%, redução de 2,9 p.p. em relação a 2022, quando a taxa era estimada em 20,9%. Esse indicador foi de 24,4% em 2019, 15,9% em 2014 e 18,7% em 2012.

A estimativa anual da população subutilizada (20,9 milhões de pessoas em 2023) recuou 13,0% frente a 2022. Apesar da redução, esse contingente está 26,7% acima do menor nível da série, atingido em 2014 (16,5 milhões de pessoas).

A estimativa anual do contingente de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas, estimado em 5,4 milhões de pessoas, recuou 11,8% frente ao ano anterior.

Em 2023, a estimativa anual da população desalentada diminuiu 12,4% ante 2022,
alcançando 3,7 milhões de pessoas. A maior estimativa para essa população ocorreu em 2021 (5,6 milhões) e a menor, em 2014 (1,6 milhão de desalentados).

O número de empregados com carteira de trabalho aumentou em 5,8% e chegou a 37,7 milhões de pessoas, a média mais alta da série iniciada em 2012.

Já a estimativa anual de empregados sem carteira assinada no setor privado mostrou aumento de 5,9% em 2023 e foi para 13,4 milhões de pessoas. Em relação a 2014, quando a estimativa havia sido de 10,8 milhões de pessoas, o aumento foi de 23,7%.

O número de trabalhadores por conta própria totalizou 25,6 milhões em 2023, alta de 0,9% no ano. Frente a 2012, início da série, quando esse contingente foi o menor da série (20,1 milhões), houve alta de 27,0%;

Em 2022, o número de trabalhadores domésticos cresceu 6,2%, alcançando
6,1 milhões de pessoas.

A taxa anual de informalidade passou de 39,4% em 2022 para 39,2% em 2023.

O valor anual do rendimento real habitual foi estimado em R$ 2.979, valor 7,2% maior (R$199) que o estimado para 2022. Frente a 2012, houve um aumento de 6,1%.

O valor anual da massa de rendimento real habitual chegou a R$ 295,6 bilhões, o maior da série, com alta de 11,7% (mais R$ 30,9 bilhões) em relação a 2022.
De 2012 a 2022, essa massa de rendimentos cresceu 21,5%.
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Taxa de desocupação – Brasil (%)

Estimativa anual da população ocupada por grupamento de atividades 2023

Entre as atividades, apenas Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve queda percentual da população ocupada, de 4,2% e passou a registrar 8,1 milhões de trabalhadores em 2023. Em relação a 2012, quando esse grupamento alcançava 10,2 milhões de pessoas, a queda foi de 20,3% (menos 2,1 milhões de pessoas).

Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foi a atividade com maior percentual de aumento da população ocupada (9,8%) entre 2022 e 2023, passando de 11,5 para 12,6 milhões de trabalhadores. No primeiro ano da série, essa atividade contava com 9,6 milhões de pessoas, o que indica um aumento de 31,5% (mais 3,0 milhão de pessoas).

O grupamento formado pelas atividades de Serviços domésticos também teve um crescimento importante em 2023, de 6,1%, e com isso, seu contingente ficou em 6,1 milhões de trabalhadores. O resultado faz o grupamento alcançar o mesmo patamar de 2012.

O Transporte, armazenagem e correio e Alojamento e alimentação registraram o mesmo percentual de crescimento (5,3%), com ambos os grupamentos chegando a 5,5 milhões de pessoas ocupadas em 2023. Entretanto, o primeiro está 29,4% acima do patamar de 2012 (4,2 milhões), enquanto o segundo está 48,7% (3,7 milhões);

A Indústria geral também teve aumento de 2022 para 2023, de 4,7%, chegando a 12,9 milhões de ocupados. Esse número está 1% abaixo do patamar de 2012 (13 milhões) e 4,3% abaixo de 2014, quando atingiu o maior contingente da série, de 13,5 milhões de pessoas.

Já o grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais teve aumento de 4,5% na passagem interanual, chegando a 17,9 milhões de ocupados, recorde da série histórica. 

Grupamento com maior contingente em absoluto, Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas cresceu 2,0%, chegando a 19,0 milhões, também o maior da série. Construção e outros serviços cresceram 2,5% e completam a lista.

A partir desta divulgação, os indicadores da Retrospectiva Anual de Mercado de Trabalho da PNAD Contínua serão calculados com o banco de dados anual por visita da pesquisa, refazendo inclusive a série histórica de tais indicadores. O banco anual de referência é o acumulado de primeiras visitas, exceto 2020-2022, que utilizou o acumulado de quintas visitas, devido à pandemia de Covid -19 e a resultante queda da taxa de resposta das primeiras visitas nesse período. Os valores dos indicadores estão disponíveis no SIDRA em PNAD Contínua Anual – Assunto Mercado de Trabalho.


Palavras-chave: PNAD Contínua: em 2023, taxa média anual de desocupação foi de 7, 8% enquanto de taxa de subutilização foi de 18, 0%