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Produção industrial avança 1,2% em novembro

08/01/2021 09h00 | Atualizado em 08/01/2021 11h46

Em novembro de 2020, a produção industrial cresceu 1,2% frente a outubro, na série com ajuste sazonal. Após sete meses de alta, o setor acumulou crescimento de 40,7%, eliminando a perda de 27,1% registrada entre março e abril, que havia levado a produção ao nível mais baixo da série. Mesmo com o desempenho positivo nos últimos meses, a indústria ainda se encontra 13,9% abaixo do seu nível recorde, alcançado em maio de 2011.

Em relação a novembro de 2019, na série sem ajuste sazonal, a indústria avançou 2,8%. Com isso, o setor acumula perda de 5,5% no ano e queda de 5,2% em 12 meses.

Novembro 2020 / Outubro 2020 1,2%
Novembro 2020 / Novembro 2019 2,8%
Acumulado no ano -5,5%
Acumulado em 12 meses -5,2%
Média Móvel Trimestral 1,7%

A atividade industrial nacional teve sete meses seguidos de crescimento, acumulando uma alta de 40,7% até novembro. Assim, eliminou a perda de 27,1% registrada em março e abril, momento de agravamento do isolamento social por conta da pandemia da Covid-19. Com esses resultados, o setor industrial se encontra 2,6% acima do patamar de fevereiro.

O avanço de 1,2% da atividade industrial na passagem de outubro para novembro de 2020 alcançou todas as quatro grandes categorias econômicas e 17 dos 26 ramos pesquisados.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Novembro de 2020
Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Novembro 2020 Outubro 2020* Novembro 2020 Novembro 2019 Acumulado Janeiro-Novembro Acumulado nos últimos 12 meses
Bens de Capital 7,4 12,8 -13,1 -12,6
Bens Intermediários 0,1 3,6 -1,8 -1,9
Bens de Consumo 2,1 -0,1 -9,9 -9,1
Duráveis 6,2 2,7 -22,0 -20,5
Semiduráveis e não Duráveis 1,5 -0,9 -6,5 -5,9
Indústria Geral 1,2 2,8 -5,5 -5,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria   *Série com ajuste sazonal

Produção do setor de veículos automotores cresce pelo sétimo mês seguido  

Entre as atividades, a influência positiva mais relevante foi a de Veículos automotores, reboques e carrocerias (11,1%). Esse setor acumulou alta de 1.203,2% em sete meses consecutivos de crescimento na produção, superando em 0,7% o patamar de fevereiro. 

Outras contribuições positivas relevantes para a indústria vieram de Outros produtos químicos (5,9%), Confecção de artigos do vestuário e acessórios (11,3%), Máquinas e equipamentos (4,1%), Impressão e reprodução de gravações (42,9%), Couro, artigos para viagem e calçados (7,9%), Bebidas (3,1%), Produtos de metal (3,0%), Outros equipamentos de transporte (12,8%) e Metalurgia (1,6%).

Por outro lado, entre as nove atividades que tiveram queda, os principais impactos negativos no mês vieram de Produtos alimentícios (-3,1%), que acumula redução de 5,9% em dois meses de queda, eliminando, dessa forma, a alta de 4,0% registrada entre julho e setembro; as Indústrias extrativas (-2,4%), com o terceiro mês seguido de queda na produção, período em que somou perda de 10,4%; e Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,8%), que interrompeu dois meses de resultados positivos, quando acumulou expansão de 10,8%. 

Entre as grandes categorias econômicas, em relação a novembro de 2020, os Bens de capital (7,4%) e os Bens de consumo duráveis (6,2%) tiveram as maiores taxas positivas, com ambas marcando o sétimo mês seguido de expansão e acumulando, nesse período, avanços de 129,7% e 550,7%, respectivamente. Os Bens de capital e os Bens de Consumo duráveis estão 12,2% e 2,7% acima do patamar de fevereiro.  

Os setores produtores de Bens de consumo semi e não-duráveis (1,5%) e de Bens intermediários (0,1%) também cresceram em novembro, revertendo os resultados negativos observados no mês anterior: -0,1% e -0,4%, respectivamente. 

Média móvel avança 1,7% no trimestre encerrado em novembro 

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria avançou 1,7% no trimestre encerrado em novembro de 2020 frente ao nível do mês anterior, após também avançar em outubro (2,4%), setembro (4,8%), agosto (7,0%) e julho (9,0%). 

Entre as grandes categorias econômicas, Bens de capital (7,8%) e Bens de consumo duráveis (5,8%) tiveram os avanços mais intensos no mês, permanecendo com o comportamento positivo desde julho de 2020 e acumulando, nesse período, ganhos de 68,3% e 180,1%, respectivamente.  

Os setores de Bens de consumo semi e não-duráveis (1,7%) e de Bens intermediários (0,3%) também mostraram taxas positivas em novembro. Bens de consumo semi e não-duráveis prosseguiram com a trajetória ascendente iniciada em maio de 2020. Já Bens intermediários avançaram pelo quinto mês consecutivo, acumulando, nesse período, crescimento de 19,5%. 

Indústria avançou 2,8% em relação a novembro de 2019 

Na comparação com igual mês de 2019, o setor industrial avançou 2,8% em novembro de 2020, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 57 dos 79 grupos e 63,0% dos 805 produtos pesquisados. Novembro de 2020 teve o mesmo número de dias úteis que o igual mês do ano anterior (20 dias). 

Entre as atividades, as principais influências no total da indústria foram registradas por Máquinas e equipamentos (15,9%), Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,9%), Outros produtos químicos (8,4%), Bebidas (11,2%) e Produtos de metal (13,6%).

Outros impactos positivos importantes foram assinalados pelos ramos de Minerais não-metálicos (10,7%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (13,6%), Metalurgia (5,4%), Produtos de borracha e de material plástico (6,5%), Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (8,7%), Produtos de madeira (14,8%), Produtos têxteis (10,7%), Couro, artigos para viagem e calçados (7,9%) e Celulose, papel e produtos de papel (3,5%).

Por outro lado, ainda na comparação com novembro de 2019, entre as dez atividades que apontaram redução na produção, o ramo de Indústrias extrativas (-7,5%) exerceu a influência negativa mais intensa na média da indústria, pressionado, em grande medida, pelos itens óleos brutos de petróleo e minérios de ferro pelotizados ou sinterizados.

Destaca-se também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,7%), Impressão e reprodução de gravações (-26,3%), Outros equipamentos de transporte (-18,3%), Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-10,8%) e Veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,0%).

Entre as grandes categorias econômicas, Bens de capital (12,8%) assinalou, em novembro de 2020, o avanço mais acentuado. Os segmentos de Bens intermediários (3,6%) e de Bens de consumo duráveis (2,7%) também mostraram expansão, enquanto o setor de Bens de consumo semi e não-duráveis (-0,9%) registrou a única taxa negativa nesse mês. 

Todas as quatro grandes categorias acumulam recuo no ano 

No índice acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou redução de 5,5%, com resultados negativos em todas as quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 26 ramos, 59 dos 79 grupos e 63,1% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as atividades, Veículos automotores, reboques e carrocerias (-31,5%) exerceu a influência negativa mais intensa sobre a indústria, pressionada, em grande medida, pelos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e autopeças. 

Outras contribuições negativas vieram dos ramos de Confecção de artigos do vestuário e acessórios (-26,2%), Metalurgia (-9,8%), Indústrias extrativas (-3,2%), Couro, artigos para viagem e calçados (-21,5%), Máquinas e equipamentos (-7,1%), Outros equipamentos de transporte (-30,2%), Impressão e reprodução de gravações (-36,5%), Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-16,6%), Produtos diversos (-17,6%), Produtos de borracha e de material plástico (-4,2%), Produtos têxteis (-9,3%) e Produtos de minerais não-metálicos (-3,9%).  

Já entre as seis atividades em alta, as principais influências vieram de Produtos alimentícios (4,7%) e Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,8%). 

Entre as grandes categorias econômicas, destacam-se as quedas em Bens de consumo duráveis (-22,0%), pressionada pela redução na fabricação de automóveis (-37,4%), e Bens de capital (-13,1%), por conta de bens de capital para equipamentos de transporte (-26,2%) e para fins industriais (-8,1%).

Os setores de Bens de consumo semi e não-duráveis (-6,5%) e de Bens intermediários (-1,8%) também acumularam taxas negativas no ano, com o primeiro apontando queda mais acentuada do que a média nacional (-5,5%); e o segundo registrando a perda menos intensa entre as grandes categorias econômicas.