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IPCA foi de 0,89% em novembro

08/12/2020 09h00 | Atualizado em 08/12/2020 09h15

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro foi de 0,89%, 0,03 pontos percentuais acima da taxa de outubro (0,86%). Essa é a maior variação para um mês de novembro desde 2015, quando o IPCA foi de 1,01%.

Período Taxa
Novembro de 2020 0,89%
Outubro de 2020 0,86%
Novembro de 2019 0,51%
Acumulado no Ano 3,13%
Acumulado nos 12 meses 4,31%

No ano, o indicador acumula alta de 3,13% e, em 12 meses, de 4,31%, acima dos 3,92% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Em novembro de 2019, a variação havia sido de 0,51%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro. A maior variação (2,54%) e o maior impacto (0,53 p.p.) vieram, mais uma vez, do grupo Alimentação e bebidas, que acelerou frente a outubro (1,93%). A segunda maior contribuição (0,26 p.p.) veio dos Transportes (1,33%). Juntos, os dois grupos representaram cerca de 89% do IPCA de novembro. Os Artigos de residência (0,86%), por sua vez, desaceleraram em relação ao mês anterior (1,53%), assim como Vestuário (0,07% em novembro, frente à alta de 1,11% em outubro). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,13% em Saúde e cuidados pessoais e a alta de 0,44% em Habitação.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Outubro Novembro Outubro Novembro
Índice Geral 0,86 0,89 0,86 0,89
Alimentação e bebidas 1,93 2,54 0,39 0,53
Habitação 0,36 0,44 0,05 0,07
Artigos de residência 1,53 0,86 0,06 0,03
Vestuário 1,11 0,07 0,05 0,00
Transportes 1,19 1,33 0,24 0,26
Saúde e cuidados pessoais 0,28 -0,13 0,04 -0,02
Despesas pessoais 0,19 0,01 0,02 0,00
Educação -0,04 -0,02 0,00 0,00
Comunicação 0,21 0,29 0,01 0,02
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

A aceleração verificada no grupo Alimentação e bebidas (2,54%) ocorreu principalmente devido às altas mais intensas em alguns itens do subgrupo alimentos para consumo no domicílio (3,33%), a exemplo das carnes (6,54%) e da batata-inglesa (29,65%). As variações desses dois componentes em outubro haviam sido de 4,25% e 17,01%, respectivamente. Além disso, os preços de outros alimentos importantes na cesta das famílias, como o tomate (18,45%), o arroz (6,28%) e o óleo de soja (9,24%) seguem em alta. No lado das quedas, o destaque foi o leite longa vida, com queda de 3,47%.

A alimentação fora do domicílio também acelerou na passagem de outubro (0,36%) para novembro (0,57%), influenciada especialmente pela refeição (0,70%). Destacam-se ainda as altas de cerveja (1,33%) e refrigerante e água mineral (1,05%), que haviam registrado quedas no mês anterior (de 0,36% e 1,21%, respectivamente).

Nos Transportes (1,33%), a maior contribuição no índice do mês (0,08 p.p.) veio da gasolina (1,64%), cujos preços subiram pelo sexto mês consecutivo. Entre os combustíveis (2,44%), destaca-se ainda a alta de 9,23% do etanol, com impacto de 0,06 p.p. no resultado de novembro. Cabe mencionar também as variações positivas dos automóveis novos (1,05%) e usados (1,25%), que aceleraram ante o mês anterior (quando registraram 0,61% e 0,35%, respectivamente).

Ainda em Transportes, ressalta-se que a queda de 0,15% verificada em ônibus urbano é consequência da redução de 3,19% nas tarifas praticadas em Porto Alegre (-1,92%), vigente desde 9 de novembro.

Os preços dos Artigos de residência subiram 0,86% em novembro, variação menor que a de outubro (1,53%). A desaceleração se deu principalmente em função do resultado dos artigos de tv, som e informática (-1,02%), cujos preços haviam subido 1,07% no mês anterior. Além disso, a alta dos eletrodomésticos e equipamentos (0,72%) foi menos intensa que a de outubro (2,38%). Já os itens de mobiliário (1,48%) apresentaram variação similar à anterior (1,55%), contribuindo com cerca de 0,02 p.p. no índice do mês.

O grupo Vestuário (0,07%) também desacelerou em novembro, influenciado principalmente pelas quedas nos preços das roupas masculinas (-0,33%) e dos calçados e acessórios (-0,19%). No lado das altas, os destaques foram as joias e bijuterias (0,96%), cujos preços subiram em todos os meses de 2020 e acumulam alta de 14,75% no ano.

A queda em Saúde e cuidados pessoais (-0,13%) decorre especialmente do recuo nos preços dos perfumes (-1,90%) e dos artigos de maquiagem (-7,44%). Por outro lado, os produtos para pele subiram 3,25%, contribuindo com 0,01 p.p. no resultado de novembro.

Em Habitação (0,44%), os maiores impactos no índice do mês vieram do aluguel residencial (0,44%) e do gás de botijão (1,37%), ambos com 0,02 p.p. Quanto ao gás encanado (1,57%), a alta observada no mês se deve ao reajuste de 6,25% nas tarifas no Rio de Janeiro (5,45%), que passou a valer no dia 24/11, retroativo a 1º de novembro, após decisão judicial. Já o item taxa de água e esgoto variou 0,32% em função dos reajustes de 5,88% em uma das concessionárias de Porto Alegre (0,19%), em vigor desde 1º de outubro, e de 3,32% em Belo Horizonte (2,90%), vigente desde 1º de novembro.

Ainda em Habitação, o resultado da energia elétrica foi de 0,01%, com variações que foram desde a queda de 1,72% em Belém até a alta de 3,69% em Goiânia, onde houve reajuste de 2,57% nas tarifas, válido desde 22 de outubro. Também houve redução de 0,63% em Brasília (-0,09%) e reajuste em uma das concessionárias de Porto Alegre (0,74%) e de São Paulo (-0,59%) de 6,58% e de 3,87%, respectivamente. Apesar disso, em São Paulo, houve redução na alíquota de PIS/COFINS em uma das concessionárias pesquisadas, o que fez com que o resultado da área tenha ficado negativo.

Todas as áreas pesquisadas apresentaram alta em novembro. O maior resultado ficou com o município de Goiânia (1,41%), em função das altas das carnes (9,11%) e da energia elétrica (3,69%). Já o menor índice foi registrado em Brasília (0,35%), influenciado pela queda nos preços da gasolina (-0,68%) e do aluguel residencial (-0,63%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação
Acumulada (%)
Outubro Novembro Ano 12 meses
Goiânia 4,17 0,85 1,41 3,07 4,51
Salvador 5,99 0,45 1,17 3,36 4,66
Rio Branco 0,51 1,37 1,10 4,68 5,31
São Paulo 32,28 0,89 1,04 3,27 4,24
São Luís 1,62 1,10 1,01 3,46 4,98
Vitória 1,86 0,91 0,97 3,68 4,56
Belo Horizonte 9,69 1,08 0,95 3,41 4,49
Curitiba 8,09 1,02 0,87 2,53 3,91
Campo Grande 1,57 0,91 0,87 5,26 6,65
Fortaleza 3,23 0,83 0,80 4,23 5,56
Porto Alegre 8,61 0,63 0,80 2,34 3,51
Rio de Janeiro 9,43 0,59 0,69 2,43 3,66
Belém 3,94 1,18 0,48 3,07 4,90
Aracaju 1,03 0,87 0,42 3,20 4,33
Recife 3,92 0,82 0,36 4,00 5,00
Brasília 4,06 1,02 0,35 2,26 3,92
Brasil 100,00 0,86 0,89 3,13 4,31

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 28 de outubro e 27 de novembro de 2020 (referência) com os preços entre 29 de setembro e 27 de outubro de 2020 (base). Cabe lembrar que, em virtude da pandemia de COVID-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços nos locais de compra. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como pesquisas realizadas em sites de internet, por telefone ou por e-mail.

INPC varia 0,95% em novembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC do mês de novembro teve alta de 0,95% enquanto, em outubro, havia registrado 0,89%. Esse é o maior resultado para um mês de novembro desde 2015, quando o índice foi de 1,11%. No ano, o INPC acumula alta de 3,93% e, nos últimos doze meses, de 5,20%, acima dos 4,77% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2019, a taxa foi de 0,54%.

Os produtos alimentícios subiram 2,65% em novembro enquanto, no mês anterior, haviam registrado 2,11%. Já os não alimentícios apresentaram alta de 0,42%, após registrarem 0,52% em outubro. Regionalmente, todas as áreas apresentaram variação positiva no mês, conforme mostra a tabela a seguir. O município de Goiânia (1,40%) apresentou o maior resultado, principalmente em função das altas observadas nas carnes (9,43%) e na energia elétrica (3,78%). O menor índice, por sua vez, ficou com a região metropolitana de Belém (0,36%), por conta do recuo nos preços da energia elétrica (-1,72%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Outubro Novembro Ano 12 meses
Goiânia 4,43 0,81 1,40 3,61 5,29
São Paulo 24,60 0,95 1,21 4,30 5,36
Vitória 1,91 0,94 1,18 5,05 5,75
Salvador 7,92 0,46 1,16 3,99 5,27
Rio Branco 0,72 1,47 1,10 5,47 6,11
São Luís 3,47 1,12 1,02 3,42 5,30
Belo Horizonte 10,35 1,09 0,99 4,11 5,24
Curitiba 7,37 1,09 0,97 3,18 4,72
Campo Grande 1,73 1,05 0,95 6,24 7,71
Fortaleza 5,16 0,86 0,92 4,79 6,14
Porto Alegre 7,15 0,68 0,81 3,22 4,40
Rio de Janeiro 9,38 0,69 0,79 3,16 4,34
Brasília 1,97 1,04 0,51 2,98 4,38
Aracaju 1,29 0,75 0,44 3,45 4,57
Recife 5,60 0,85 0,41 4,82 5,84
Belém 6,95 0,94 0,36 3,06 5,02
Brasil 100,00 0,89 0,95 3,93 5,20

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de outubro a 27 de novembro de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2020 (base).