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IPCA de janeiro fica em 0,21%

07/02/2020 09h00 | Atualizado em 07/02/2020 16h40

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro variou 0,21%, enquanto, em dezembro, havia subido 1,15%. Foi o menor resultado para um mês de janeiro desde o início do Plano Real. O acumulado dos últimos doze meses foi a 4,19%, abaixo dos 4,31% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2019, a taxa havia ficado em 0,32%. Esta é a primeira divulgação do IPCA / INPC com a nova estrutura de ponderação, atualizada a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018.

Período TAXA
Janeiro de 2020 0,21%
Dezembro de 2019 1,15%
Janeiro de 2019 0,32%
Acumulado nos 12 meses 4,19%

O maior impacto no índice do mês, 0,08 ponto percentual (p.p.), veio do grupo Habitação, que também registrou a maior variação (0,55%) entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados. Outros cinco grupos também apresentaram alta, com destaque para Alimentação e bebidas (0,39% de variação e 0,07 p.p. de impacto) e Transportes (0,32% de variação e 0,06 p.p. de impacto). No lado das quedas, a contribuição negativa mais intensa (-0,04 p.p.) veio de Saúde e cuidados pessoais (-0,32%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,48% em Vestuário e a alta de 0,35% em Despesas pessoais.

IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Dezembro Janeiro Dezembro Janeiro
Índice Geral 1,15 0,21 1,15 0,21
Alimentação e Bebidas 3,38 0,39 0,83 0,07
Habitação -0,82 0,55 -0,13 0,08
Artigos de Residência -0,48 -0,07 -0,02 0,00
Vestuário 0,00 -0,48 0,00 -0,02
Transportes 1,54 0,32 0,28 0,06
Saúde e Cuidados Pessoais 0,42 -0,32 0,05 -0,04
Despesas Pessoais 0,92 0,35 0,10 0,04
Educação 0,20 0,16 0,01 0,01
Comunicação 0,66 0,12 0,03 0,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Após a queda de 0,82% no mês de dezembro, o grupo Habitação subiu 0,55%, puxado pelos preços de condomínio (1,39%) e aluguel residencial (0,61%). A energia elétrica, por sua vez, registrou leve alta (0,16%), com as áreas variando entre a queda de 4,77% em Rio Branco – onde houve redução de 4,67% nas tarifas, a partir do dia 13 de dezembro - até a alta de 3,41% em Goiânia. Em janeiro, foi mantida a bandeira tarifária amarela, que acrescenta na conta de luz R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.

Ainda em Habitação, o resultado do item taxa de água e esgoto (0,30%) decorre dos reajustes de 18,00% em Belém (8,88%, vigente desde 14 de dezembro), e de 6,43% em Campo Grande (5,23%, válido desde 3 de janeiro). Já a variação do item gás encanado (0,64%) é consequência do reajuste de 2,45% observado no Rio de Janeiro (2,14%), em vigor desde 1º de janeiro. No que diz respeito ao gás de botijão (0,87%), vale ressaltar que a Petrobras anunciou um reajuste de 5,00% no preço do botijão de 13 kg, nas refinarias, a partir do dia 27 de dezembro de 2019.

A desaceleração no grupo Alimentação e bebidas (de 3,38% em dezembro para 0,39% em janeiro) deveu-se, principalmente, ao comportamento dos preços das carnes. Após a alta de 18,06% em dezembro, as carnes recuaram 4,03% em janeiro, contribuindo com o impacto negativo mais intenso sobre o índice do mês (-0,11 p.p.). Com isso, o grupamento da alimentação no domicílio registrou alta de 0,20%, frente aos 4,69% do IPCA de dezembro. No lado das altas, o destaque ficou com o tomate (13,72%) - cujos preços já haviam subido 21,69% no mês anterior - e com a batata-inglesa (11,02%).

A alimentação fora do domicílio (0,82%) também desacelerou em relação ao mês anterior (1,04%). A refeição passou de 1,31% em dezembro para 1,05% em janeiro, e o lanche, de 0,94% para 0,42%, no mesmo período.

No grupo dos Transportes (0,32%), o maior impacto positivo (0,05 p.p.) veio da gasolina (0,89%), embora esta variação tenha sido inferior à de dezembro (3,36%). O etanol (2,59%) também desacelerou em relação ao mês anterior (5,50%), contribuindo para que o IPCA dos combustíveis tenha ficado em 1,08%, abaixo dos 3,57% registrados em dezembro. Já o impacto negativo mais intenso (-0,05 p.p.) veio das passagens aéreas (-6,75%), que haviam subido 15,62% em dezembro.

Ainda em Transportes, o resultado do item táxi (0,40%) é consequência do reajuste de 2,20% nas tarifas no Rio de Janeiro (1,86%), em vigor desde o dia 2 de janeiro. Os ônibus intermunicipais (1,18%), por sua vez, sofreram reajustes em duas regiões: em Belo Horizonte (7,89%), houve aumento de 8,89% no valor das passagens, com vigência a partir de 29 de dezembro; já em São Paulo (1,35%), os aumentos variaram entre 4,85% e 6,47% e foram aplicados a partir de 26 de janeiro.

Os ônibus urbanos (0,78%) também tiveram seus preços reajustados nas seguintes regiões: Brasília (5,00%) - reajuste de 10,00%, a partir de 13 de janeiro; Vitória (4,08%) - reajuste médio de 5,43%, a partir de 5 de janeiro; São Paulo (2,09%) - reajuste de 2,32%, a partir de 1º de janeiro; Campo Grande (2,03%) - reajuste de 3,80%, a partir de 28 de dezembro.

Em Campo Grande, uma liminar revogou o reajuste no dia 9 de janeiro, porém ele voltou a vigorar a partir de 22 de janeiro.

As passagens de metrô (1,74%) também foram reajustadas em 2,32% em São Paulo (2,09%) e em 10,00% em Brasília (5,00%). Em São Paulo, o mesmo percentual de reajuste (2,32%) foi aplicado aos bilhetes de trem (2,09%), influenciando diretamente no resultado do subitem (1,31%).

No grupo Saúde e cuidados pessoais (-0,32%), houve deflação em janeiro, principalmente por conta dos itens de higiene pessoal (-2,07%). Os produtos para pele, que haviam subido 5,14% em dezembro, recuaram 6,51% em janeiro, contribuindo com -0,03 p.p. no índice do mês. Além disso, os preços dos perfumes (-4,66%) também caíram, contribuindo com -0,05 p.p. No lado das altas, os destaques foram o plano de saúde (0,60%) e os produtos farmacêuticos (0,33%), com impactos de 0,02 p.p. e 0,01 p.p. respectivamente.

O menor resultado regional do IPCA foi no município de Rio Branco (-0,21%), devido à queda na energia elétrica (-4,77%). A região metropolitana de Belém e o município de Aracaju apresentaram a maior variação (0,39%). No primeiro caso, devido às altas do açaí (13,44%) e da refeição (3,24%). No segundo, os maiores impactos (0,08 p.p. e 0,07 p.p., respectivamente) vieram da gasolina (1,55%) e do tomate (20,16%).

Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Dezembro Janeiro 12 meses
Belém 3,94 1,78 0,39 5,61
Aracaju 1,03 1,09 0,39 4,21
Salvador 5,99 1,26 0,34 3,90
São Paulo 32,28 0,93 0,33 4,55
Recife 3,92 0,96 0,30 3,74
Vitória 1,86 0,85 0,29 3,31
Fortaleza 3,23 1,28 0,28 5,14
Belo Horizonte 9,69 1,05 0,20 3,68
Porto Alegre 8,61 1,15 0,17 4,18
Campo Grande 1,57 1,32 0,13 4,57
Goiânia 4,17 1,40 0,10 4,65
Curitiba 8,09 1,35 0,05 4,02
Rio de Janeiro 9,43 1,19 0,05 3,60
Brasília 4,06 1,62 -0,12 3,57
São Luís 1,62 1,47 -0,19 3,99
Rio Branco 0,51 0,60 -0,21 3,70
Brasil 100,00 1,15 0,21 4,19

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de dezembro de 2019 a 28 de janeiro de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de novembro a 27 de dezembro de 2019 (base).

INPC de janeiro fica em 0,19%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de janeiro variou 0,19%, enquanto, em dezembro, havia subido 1,22%. Este resultado é o menor para um mês de janeiro desde o início do Plano Real. A variação acumulada nos últimos doze meses ficou em 4,30%, abaixo dos 4,48% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2019, a taxa foi de 0,36%.

Os produtos alimentícios subiram 0,45% em janeiro enquanto, em dezembro, registraram 3,66%. O agrupamento dos não alimentícios, por sua vez, apresentou variação de 0,12%, enquanto, em dezembro, havia registrado 0,17%.

A região metropolitana de Belém (0,55%) apresentou o maior índice, principalmente por conta das altas dos itens refeição (3,24%) e açaí (13,44%). Já o menor resultado ficou com o município de São Luís (-0,28%), influenciado pelas quedas nos preços das carnes
(-3,29%) e dos perfumes (-5,75%).

Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Dezembro Janeiro 12 meses
Belém 6,95 1,90 0,55 5,96
Aracaju 1,29 1,07 0,31 3,96
Salvador 7,92 1,23 0,31 3,93
Fortaleza 5,16 1,29 0,30 5,00
Belo Horizonte 10,35 1,08 0,27 3,86
Recife 5,60 0,97 0,25 3,45
Vitória 1,91 0,67 0,25 3,57
São Paulo 24,60 1,02 0,25 4,58
Porto Alegre 7,15 1,14 0,25 4,29
Campo Grande 1,73 1,38 0,16 4,61
Goiânia 4,43 1,62 0,06 5,05
Curitiba 7,37 1,49 -0,01 4,32
Brasília 1,97 1,36 -0,04 3,37
Rio Branco 0,72 0,61 -0,16 3,71
Rio de Janeiro 9,38 1,15 -0,17 3,57
São Luís 3,47 1,82 -0,28 3,99
Brasil 100,00 1,22 0,19 4,30

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de dezembro de 2019 a 28 de janeiro de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de novembro a 27 de dezembro de 2019 (base).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.