Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

IPCA foi de -0,21% em novembro

07/12/2018 09h00 | Atualizado em 10/12/2018 11h49

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA de novembro apresentou variação de -0,21%, enquanto em outubro a taxa foi de 0,45%. Este resultado foi o menor desde junho de 2017, quando o IPCA ficou em -0,23%. Para um mês de novembro, foi a menor taxa desde a implantação do Plano Real, em 1994. O acumulado no ano ficou em 3,59%, acima dos 2,50% registrados em igual período de 2017. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 4,05%, abaixo dos 4,56% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2017, a taxa atingiu 0,28%. O material de apoio do IPCA está à direita desta página.

Período TAXA
Novembro de 2018 -0,21%
Outubro de 2018 0,45%
Novembro de 2017 0,28%
Acumulado no ano 3,59%
Acumulado nos 12 meses 4,05%

Cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram deflação de outubro para novembro, com destaque para Transportes (-0,74%), grupo responsável pelo maior impacto negativo no IPCA de novembro, com -0,14 ponto percentual (p.p.), e Habitação (-0,71% e -0,11p.p.). No lado das altas, a maior contribuição (0,10 p.p.) ficou com o grupo Alimentação e bebidas, cuja variação foi de 0,39%.

Grupo   Variação (%)    Impacto (p.p.)   
Outubro Novembro Outubro Novembro
Índice Geral 0,45 -0,21 0,45 -0,21
Alimentação e Bebidas 0,59 0,39 0,15 0,10
Habitação 0,14 -0,71 0,02 -0,11
Artigos de Residência 0,76 0,48 0,03 0,02
Vestuário 0,33 -0,43 0,02 -0,03
Transportes 0,92 -0,74 0,17 -0,14
Saúde e Cuidados Pessoais 0,27 -0,71 0,03 -0,09
Despesas Pessoais 0,25 0,36 0,03 0,04
Educação 0,04 0,04 0,00 0,00
Comunicação 0,02 -0,07 0,00 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços 

O grupo dos Transportes, que em outubro apresentou a maior variação e o maior impacto entre os grupos de produtos e serviços pesquisados (0,92% e 0,17 p.p.), em novembro inverteu o sentido e mostrou-se com a menor variação (-0,74%) e o menor impacto entre os grupos (-0,14 p.p.), principalmente por conta dos combustíveis (-2,42%). A gasolina ficou, em média, 3,07% mais barata em novembro. Já as quedas do óleo diesel e do etanol foram menos intensas, -0,58% e -0,52%, respectivamente, ante as altas de 2,45% e 4,07% registradas em outubro. O gás veicular seguiu a trajetória de alta, passando de 0,06% para 5,45% em novembro.

Regionalmente, todas a áreas pesquisadas apresentaram queda de preços na gasolina, ficando entre os -5,35% registrados em Brasília e o -1,06% da região metropolitana do Rio de Janeiro. Ainda nos Transportes, o item passagem aérea também desacelerou, com alta de 2,92% frente aos 7,49% de outubro.

No grupo Habitação (-0,71%), o destaque ficou com o item energia elétrica (-4,04%), maior contribuição negativa no IPCA de novembro (-0,16 p.p.). As áreas apresentaram variação entre os -6,83% da região metropolitana de Fortaleza e os 4,31% de Goiânia. A alta nesta última deveu-se ao reajuste de 15,56% nas tarifas, em vigor desde 22 de outubro. A queda nas demais foi motivada pela mudança na bandeira tarifária. Em novembro, passou a vigorar a bandeira amarela, com a cobrança adicional de R$0,01 para cada kwh consumido. Em outubro, a cobrança adicional era de R$0,05 por kwh consumido.

Cabe destacar os seguintes reajustes nas tarifas de energia elétrica: 7,35% em uma das concessionárias de Porto Alegre (-4,79%), a partir de 22 de novembro; 15,23% em uma das concessionárias em São Paulo (-5,32%), a partir de 23 de outubro e 6,18% em Brasília (-0,63%), desde 22 de outubro.

Ainda no grupo Habitação, a variação de 2,08% no item gás encanado foi em razão do reajuste de 4,61% na tarifa no Rio de Janeiro (3,91%), em vigor desde 1º de novembro. O gás de botijão registou alta de 0,52%. A Petrobras autorizou reajuste de 8,53%, nas refinarias, em 6 de novembro, para o gás de botijão de 13kg.

No grupo Saúde e cuidados pessoais, a variação de -0,71% ocorreu, principalmente, por conta dos itens de higiene pessoal, em média, 4,65% mais baratos. No Vestuário (-0,43%), foram registradas variações negativas nas roupas masculinas (de 0,68% em outubro para -0,63% em novembro), roupas femininas (de 0,52% em outubro para -1,28% em novembro) e roupas infantis (de 0,31% em outubro para -0,43% em novembro). Na Comunicação (-0,07%), o destaque são os aparelhos telefônicos com queda de 1,44%.

No lado das altas, com 0,10 p.p. de impacto no índice do mês, o grupo Alimentação e bebidas apresentou desaceleração no nível de preços de outubro (0,59%) para novembro (0,39%) sob influência dos alimentos para consumo no domicílio (de 0,91% em outubro para 0,34% em novembro). Alguns itens ficaram mais caros de um mês para o outro, a exemplo da cebola (24,45%), do tomate (22,25%), da batata-inglesa (14,69%) e das hortaliças (4,43%). Por outro lado, o leite longa vida manteve a trajetória de queda dos últimos meses, variando -7,52% com contribuição de -0,08 p.p. no índice do mês. Na alimentação fora (0,49%), os destaques são a refeição (de 0,01% em outubro para 0,58% em novembro) e o lanche (de -0,25% em outubro para 0,29% em novembro).

Quanto aos índices regionais, conforme a tabela a seguir, todas a áreas pesquisadas mostram queda de preços de um mês para o outro, à exceção da região metropolitana de Belém (0,00%) e de Goiânia (0,12%), caracterizando-se como a maior variação entre as regiões, em virtude da alta de 23,58% no tomate e de 4,31% na energia elétrica em decorrência do reajuste de 15,56% nas tarifas em vigor desde 22 de outubro. O menor índice (-0,43%) foi registrado em Brasília motivado pelas quedas de 5,35% e 5,13%, respectivamente, na gasolina e na higiene pessoal.

Região  Peso Regional (%)  Variação (%)  Variação Acumulada (%) 
Outubro Novembro Ano 12 meses
Goiânia 3,59 0,55 0,12 3,17 3,67
Belém 4,23 0,54 0,00 2,51 2,33
Rio de Janeiro 12,06 0,21 -0,02 3,88 4,45
Fortaleza 2,91 0,63 -0,07 2,83 3,39
Belo Horizonte 10,86 0,41 -0,09 3,99 4,33
Rio Branco 0,42 0,51 -0,11 2,79 2,79
São Luís 1,87 0,37 -0,11 2,39 2,39
Recife 4,20 0,21 -0,11 2,65 3,09
Curitiba 7,79 0,58 -0,26 3,56 4,15
Vitória 1,78 0,70 -0,30 4,19 4,60
São Paulo 30,67 0,41 -0,30 3,64 4,28
Campo Grande 1,51 0,71 -0,31 2,91 3,06
Aracaju 0,79 0,52 -0,31 1,95 1,95
Salvador 6,12 0,46 -0,31 3,45 3,56
Porto Alegre 8,40 0,72 -0,42 4,35 4,63
Brasília 2,80 0,41 -0,43 2,73 3,34
Brasil 100,00 0,45 -0,21 3,59 4,05
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 27 de outubro a 28 de novembro de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de setembro a 26 de outubro de 2018 (base).

INPC varia - 0,25% em novembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de -0,25% em novembro, bem abaixo do 0,40% registrado em outubro. Este resultado é o menor desde junho de 2017 quando o INPC ficou em -0,30% e, para um mês de novembro, é o menor patamar desde a implantação do Plano Real em 1994. O acumulado no ano ficou em 3,29%, acima do 1,80% registrado em igual período do ano passado. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 3,56%, abaixo dos 4,00% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2017, a taxa atingiu 0,18%.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,45% em novembro enquanto, no mês anterior, registraram 0,61%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de -0,55% enquanto, em outubro, havia registrado 0,31%.

Quanto aos índices regionais, conforme a tabela a seguir, todas a áreas pesquisadas mostram queda de preços de um mês para o outro, à exceção da região metropolitana de Fortaleza (0,06%) e de Goiânia (0,34%), caracterizando-se como a maior variação entre as regiões, em virtude da alta de 23,58% no tomate e de 4,34% na energia elétrica em decorrência do reajuste de 15,56% nas tarifas em vigor desde 22 de outubro. O menor índice (-0,58%) foi registrado em Brasília motivado pelas quedas de 5,35% e 5,80%, respectivamente, na gasolina e na higiene pessoal.

Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Outubro Novembro Ano 12 meses
Goiânia 4,15 0,54 0,34 2,98 3,47
Fortaleza 5,42 0,53 0,06 2,54 3,04
Belém 6,44 0,50 -0,03 2,14 1,84
São Luís 3,11 0,37 -0,08 2,02 2,02
Recife 5,88 0,16 -0,08 2,01 2,48
Belo Horizonte 10,60 0,33 -0,10 3,60 3,73
Rio Branco 0,59 0,50 -0,16 3,15 3,15
Salvador 8,75 0,44 -0,21 3,05 3,10
Rio de Janeiro 9,51 0,15 -0,26 4,04 4,36
Curitiba 7,29 0,60 -0,34 3,66 4,10
Aracaju 1,29 0,60 -0,36 1,48 1,48
Vitória 1,83 0,71 -0,41 4,24 4,42
São Paulo 24,24 0,31 -0,43 3,53 3,97
Campo Grande 1,64 0,61 -0,43 2,47 2,49
Porto Alegre 7,38 0,69 -0,54 4,36 4,45
Brasília 1,88 0,38 -0,58 2,19 2,36
Brasil 100,00 0,40 -0,25 3,29 3,56
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 27 de outubro a 28 de novembro de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de setembro a 26 de outubro de 2018 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.