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Índice de Preços ao Produtor varia -0,84% em outubro

28/11/2018 09h00 | Atualizado em 28/11/2018 11h17

Os preços da indústria geral variaram - 0,84% em outubro, número inferior ao de setembro (2,91%). Esse foi o primeiro resultado negativo desde julho de 2017 (-1,01%). Nessa mesma comparação, oito das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra 20 do mês anterior. Em outubro de 2017, o resultado havia sido 1,80%. O acumulado no ano chegou a 13,04% e nos 12 meses, a 15,12%. O material de apoio do Índice de Preços ao Produtor (IPP) está disponível nesta página.

Período Taxa
Out/18 -0,84%
Set/18 2,91%
Out/17 1,80%
Acumulado no ano 13,04%
Acumulado 12 meses 15,12%

Na passagem de setembro para outubro deste ano, os preços das indústrias extrativas e de transformação (indústria geral) variaram em -0,84%, número inferior ao observado na comparação entre agosto e setembro de 2018. Esse é o primeiro resultado negativo desde julho de 2017 (-1,01%).

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções
Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
AGO/18 SET/18 OUT/18 AGO/18 SET/18 OUT/18 AGO/18 SET/18 OUT/18
Indústria Geral 0,86 2,91 -0,84 10,78 14,00 13,04 16,54 18,17 15,12
B - Indústrias Extrativas 1,61 12,82 -2,24 25,54 41,64 38,47 58,61 56,90 40,19
C - Indústrias de Transformação 0,82 2,45 -0,76 10,18 12,87 12,01 15,12 16,70 14,09
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

As quatro maiores variações observadas na comparação entre outubro e setembro de 2018, ocorreram entre os produtos das seguintes atividades industriais: fumo (-6,62%), outros equipamentos de transporte (-5,84%), madeira (-4,44%) e impressão (-4,31%).

Em termos de influência, nesse mesmo tipo de comparação, sobressaíram alimentos
(-0,36 p.p.), metalurgia (-0,27 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,20 p.p.) e outros equipamentos de transporte (-0,14 p.p.).

No acumulado no ano (outubro de 2018 contra dezembro de 2017) atingiu 13,04%, contra 14,00% em setembro de 2018. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais, em outubro deste ano, sobressaíram: indústrias extrativas (38,47%), outros produtos químicos (29,55%),refino de petróleo e produtos de álcool (26,92%) e metalurgia (15,17%).

Neste indicador, os setores de maior influência foram: refino de petróleo e produtos de álcool (3,08 p.p.), outros produtos químicos (2,84 p.p.), indústrias extrativas (1,50 p.p.) e alimentos (1,31 p.p.).

No acumulado de 12 meses (outubro de 2018 contra outubro de 2017), a variação de preços ocorrida foi de 15,12%, contra 18,17% em setembro de 2018. A taxa observada em setembro de 2018 é a maior da série, seguida pelas de agosto de 2018 (16,54%), julho de 2018 (15,89%) e outubro de 2018. As quatro maiores variações de preços, outubro/2018 contra outubro/2017, ocorreram em indústrias extrativas (40,19%), refino de petróleo e produtos de álcool (35,50%), outros produtos químicos (33,24%) e metalurgia (19,18%).Neste indicador, os setores de maior influência foram: refino de petróleo e produtos de álcool (3,87 p.p.), outros produtos químicos (3,17 p.p.), indústrias extrativas (1,58 p.p.) e metalurgia (1,51 p.p.).

Entre as grandes categorias econômicas, a variação de -0,84% repercutiu da seguinte maneira: -2,46% em bens de capital; -0,84% em bens intermediários; e -0,41% em bens de consumo, sendo que 0,79% foi a variação em bens de consumo duráveis e -0,78% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Do resultado da indústria geral, -0,84%, a influência das Grandes Categorias Econômicas foi a seguinte: -0,20 p.p. de bens de capital, -0,50 p.p. de bens intermediários e -0,13 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, -0,19 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,06 p.p. nos bens de consumo duráveis.

Na perspectiva do acumulado no ano (mês atual contra dezembro do ano anterior), as variações de preços da indústria acumularam, até outubro, variação de 13,04%, sendo 8,29% a variação de bens de capital (com influência de 0,71 p.p.), 18,66% de bens intermediários (10,63 p.p.) e 4,95% de bens de consumo (1,71 p.p.). No último caso, este resultado foi influenciado em 0,45 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 1,25 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Na taxa anual (outubro de 2018 contra outubro de 2017), a variação de preços da indústria alcançou, em outubro, 15,12%, com as seguintes variações: bens de capital, 10,66% (0,91 p.p.); bens intermediários, 21,68% (12,26 p.p.); e bens de consumo, 5,58% (1,95 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,50 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 1,45 p.p.

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e
de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas
Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
AGO/18 SET/18 OUT/18 AGO/18 SET/18 OUT/18 AGO/18 SET/18 OUT/18
Indústria Geral 0,86 2,91 -0,84 10,78 14,00 13,04 16,54 18,17 15,12
Bens de Capital (BK) 1,26 2,01 -2,46 8,83 11,02 8,29 12,10 14,69 10,66
Bens Intermediários (BI) 1,12 3,76 -0,84 15,33 19,67 18,66 24,24 26,04 21,68
Bens de consumo(BC) 0,29 1,56 -0,41 3,75 5,38 4,95 5,62 6,56 5,58
Bens de consumo duráveis (BCD) 0,91 0,80 0,79 3,84 4,68 5,51 4,89 5,27 6,00
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) 0,10 1,80 -0,78 3,73 5,59 4,77 5,85 6,96 5,45
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

Tiveram destaque nos resultados os seguintes setores:

Indústrias extrativas: em outubro, os preços do setor recuaram (-2,24%) em relação ao mês anterior. O acumulado no ano ficou em 38,47%. Já o indicador que compara o mês atual ao mesmo mês do ano anterior ficou em 40,19%. Na influência sobre as variações observadas para a indústria geral, os acumulados no ano e em 12 meses do setor contribuíram com 1,50 p.p. em 13,04% e 1,58 p.p em 15,12%, respectivamente.

Alimentos: em outubro, os preços do setor variaram em -1,99%, a quarta maior variação negativa da série, sendo que a terceira, a mais próxima no tempo, havia sido a de julho de 2017 (-2,08%). No ano, a taxa de outubro é a quarta negativa. O setor acumula uma variação positiva ao longo dos 10 meses de 2018, 6,87%, menor que a de setembro (9,04%) e na direção oposta da que se percebeu em outubro de 2017, quando o acumulado em outubro era de -7,43%. No confronto com outubro de 2017, os preços se mostraram 7,04% maiores (em setembro eram 10,18%).

Na comparação mês contra mês anterior, apenas o produto “carnes de bovinos congeladas” se destaca tanto em termos de variação quanto de influência. “Resíduos da extração de soja”, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” e “sucos concentrados de laranja” foram os outros produtos de maior influência (responderam por -1,57 p.p., em -1,99%). Sobre o preço dos quatro produtos pesa a apreciação do Real (da ordem de 8,0%), em outubro. Porém, no caso de carnes bovinas, em outubro foi observada uma maior oferta de bois para os frigoríficos, que, no mercado interno, ainda se depararam com uma demanda arrefecida.

O setor, além de ser o de maior contribuição entre todas as atividades levantadas, foi a maior influência em módulo (-0,36 p.p. em -0,84%) na variação do mês e a quarta (1,31 p.p. em 13,04%) no acumulado no ano.

Refino de petróleo e produtos de álcool: a variação dos produtos do setor, em outubro, foi de 1,57%, menor do que a observada em setembro (7,43%), porém maior do que a de agosto (0,14%). Com o aumento de outubro, o acumulado no ano atingiu os 26,92%, o que é não só maior do que outros outubros passados, mas também a maior taxa já vista nesse tipo de comparação. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a taxa recuou de 37,70% (setembro) para 35,50% (outubro). Nessa comparação, desde maio de 2018, as variações estão acima dos 30% (37,16%, na média).

São os mesmos produtos listados como destaque em termos de variação e em termos de influência, e a única variação negativa de preços foi observada em “gasolina automotiva”, o segundo produto em peso (em torno de 15,0%) do setor (o primeiro, com mais de 50,0%, é "óleo diesel e outros óleos combustíveis").

O destaque dado ao setor se deveu a ter sido a terceira maior variação de preços (26,92%), no acumulado no ano; a segunda (35,50%), na taxa anual; a terceira influência (0,20 p.p. em -0,84%), no M/M-1; e a segunda tanto no acumulado no ano (3,08 p.p. em 13,04%) quanto no M/M-12 (3,87 p.p. em 15,12%).

Outros produtos químicos: a indústria química, em outubro, apresentou uma variação média de preços, em relação a setembro, de 0,63%, menor variação desde dezembro de 2017 (0,10%), completando quatorze meses seguidos de elevação de preços. Com isso, houve uma variação positiva de 29,55% no acumulado no ano (a maior ocorrida em um mês de outubro, desde o início da série em 2010) e 33,24% nos 12 últimos meses, variação superior à de outubro de 2017, quando o acumulado no ano havia sido de 5,17% e o acumulado em 12 meses, de 5,97%.

Os resultados estão ligados aos preços internacionais, aos custos da matéria-prima importada, aos preços dos derivados de petróleo, especialmente da nafta, à relação do Dólar em frente ao Real, que alcançou, no mês, -8,4%; 14,2%, no acumulado no ano; e 17,8%, em 12 meses. Em outubro, dos 32 produtos analisados no setor, 18 tiveram aumentos de preços, contra 29 do mês de setembro; o que explica a passagem de 4,25%, em setembro, para 0,63% em outubro.

Em relação aos quatro produtos de maior influência, três apresentaram valores positivos, sendo eles: “etileno (eteno) não saturado”, “borracha de estireno-butadieno” e “propeno (propileno) não saturado”, apenas “polipropileno (PP)” teve um resultado negativo. No acumulado no ano e no acumulado nos últimos 12 meses, todos os produtos tiveram resultados positivos e foram coincidentes: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “etileno (eteno) não-saturado”, “herbicidas para uso na agricultura” e “polipropileno (PP)”.

Metalurgia: de setembro para outubro, houve uma queda de -3,19%, primeira variação negativa desde janeiro de 2018 (-0,06%), e a mais intensa queda desde junho de 2015 (-3,56%).

Mesmo com este resultado a atividade acumulou no ano uma variação de 15,17% e, nos últimos 12 meses, de 19,18%. Entre dezembro de 2013 (base da série) e outubro de 2018, os preços do setor tiveram uma variação acumulada de 50,25%.

Entre os quatro produtos que tiveram as maiores variações de preços, considerando mês contra mês anterior, acumulado no ano e acumulado nos últimos 12 meses, apenas o produto “bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras” apresentou todos os resultados positivos. Para os produtos “ligas de alumínio em formas brutas”, “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre” e “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono” as variações no mês foram negativas, muito em função da depreciação do Dólar frente ao Real (8,4%). Estes produtos são os que mais influenciaram os resultados negativos desta atividade em outubro contra setembro. Os quatro produtos em destaque, tiveram influência de -3,21 p.p. na variação total, ou seja, 0,02 p.p. foi a influência dos demais 18 produtos.

Outros equipamentos de transporte: os preços variaram negativamente (-5,84%) em relação a setembro. A variação negativa dos preços nesta atividade não ocorria desde janeiro de 2018. O acumulado no ano chegou a 12,54%. Na comparação dos últimos 12 meses (outubro de 2018 contra outubro de 2017), a atividade apresentou variação de 15,37%.

Na influência, o indicador mês contra mês anterior representou -0,14 p.p sobre a variação mensal da indústria geral (-0,84%). Os acumulados no ano e em 12 meses contribuíram com 0,29 p.p. em 13,04% e 0,35 p.p. em 15,12% das variações gerais, respectivamente.