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Em setembro, vendas no varejo caem 1,3%

13/11/2018 09h00 | Atualizado em 13/11/2018 17h13

Em setembro de 2018, o comércio varejista nacional caiu 1,3% frente a agosto, na série com ajuste sazonal, após avanço de 2,0% em agosto. Com isso, a evolução do índice de média móvel trimestral para o varejo mostrou redução de ritmo ao sair de 0,5% no trimestre encerrado em agosto para 0,1% no trimestre encerrado em setembro.

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Setembro / Agosto* -1,3 -0,2 -1,5 -0,4
Média móvel trimestral* 0,1 0,6 0,8 1,1
Setembro 2018 / Setembro 2017 0,1 4,1 2,2 5,6
Acumulado 2018 2,3 4,3 5,2 6,8
Acumulado 12 meses 2,8 4,0 5,8 6,5
*Série ajustada sazonalmente

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com setembro de 2017, o comércio varejista cresceu assinalou estabilidade (0,1%) em setembro de 2018. Ainda assim, os índices foram positivos tanto para o fechamento do terceiro trimestre de 2018 (1,0%), como para o acumulado dos nove meses do ano (2,3%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 3,3% em agosto para 2,8% em setembro, sinaliza perda de ritmo de vendas.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, o volume de vendas recuou 1,5% em relação a agosto, descontando parte do avanço de 4,2% do mês anterior e contribuindo para que a média móvel do trimestre encerrado em setembro (0,8%) sinalizasse redução no ritmo das vendas, em relação à média móvel no trimestre encerrado em agosto (2,2%)

Em relação a setembro de 2017, o comércio varejista ampliado mostrou avanço de 2,2%, décima sétima taxa positiva consecutiva. Assim, o varejo ampliado acumulou avanço de 5,2% no indicador acumulado no ano e de 4,0% no terceiro trimestre de 2018. O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 6,4% até agosto para 5,8% até setembro, também apontou queda no ritmo de vendas. A publicação completa está à direita.

Seis das oito atividades pesquisadas apresentaram queda

O recuo de 1,3% no volume de vendas do comércio varejista, na passagem de agosto para setembro de 2018, na série com ajuste sazonal, foi acompanhado por uma predominância de resultados negativos em seis das oito atividades pesquisadas: por ordem de magnitude de taxa, Combustíveis e lubrificantes (-2,0%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico e Livros, jornais, revistas e papelaria (ambos com -1,0%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,4%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,2%) influenciaram o resultado geral do varejo. Por outro lado, apresentando avanço nas vendas frente a agosto de 2018, figuram duas atividades: Móveis e eletrodomésticos (2,0%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,6%).

 Considerando o comércio varejista ampliado, o volume de vendas em setembro caiu 1,5% frente a agosto de 2018, na série com ajuste sazonal, compensando, em parte, o aumento de 4,2% do mês anterior. Para essa mesma comparação, Veículos, motos, partes e peças mostrou estabilidade (-0,1%), enquanto Material de construção registrou queda de 1,7%, ambos, respectivamente, após avanços de 5,5% e 3,4% registrados no mês anterior.

Tabela 1 - BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:  Setembro 2018
ATIVIDADES MÊS/
MÊS ANTERIOR (1)
MÊS/
IGUAL MÊS DO ANO
ANTERIOR
ACUMULADO
Taxa de
Variação (%)
Taxa de
Variação (%)
Taxa de
Variação (%)
JUL AGO SET JUL AGO SET NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) -0,4 2,0 -1,3 -1,0 4,0 0,1 2,3 2,8
1 - Combustíveis e lubrificantes 1,3 3,7 -2,0 -8,7 -1,9 -5,0 -5,8 -5,2
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 1,8 0,7 -1,2 1,3 5,5 0,4 4,4 4,4
       2.1 - Super e hipermercados 1,3 0,9 -1,2 1,4 6,2 0,7 4,6 4,9
3 - Tecidos, vest. e calçados 0,4 4,0 0,6 -8,4 2,9 1,2 -3,0 0,0
4 - Móveis e eletrodomésticos -3,8 2,1 2,0 -6,9 -3,1 -2,2 -1,0 2,3
       4.1 - Móveis - - - -6,7 -3,8 -2,4 -3,5 -0,4
       4.2 - Eletrodomésticos - - - -7,3 -3,0 -2,0 0,9 3,8
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 0,1 0,8 -0,4 5,5 7,3 1,9 5,4 5,8
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -1,4 -4,0 -1,0 -10,4 -14,5 -16,5 -10,1 -8,9
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -2,4 1,7 -0,2 -4,1 4,5 0,8 -0,2 -2,4
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -1,7 2,4 -1,0 4,6 9,5 3,9 7,3 6,0
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) -0,2 4,2 -1,5 2,9 6,8 2,2 5,2 5,8
9 - Veículos e motos, partes e peças -1,5 5,5 -0,1 16,6 15,8 11,0 15,7 14,2
10- Material de construção -2,9 3,4 -1,7 2,1 5,9 -1,6 3,9 6,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. 
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Em setembro de 2018, frente a igual mês do ano anterior, o comércio varejista ficou estável (0,1%), com predominância de taxas positivas atingindo cinco das oito atividades. Vale citar que setembro de 2018 (19 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês de 2017 (20 dias). Entre as atividades em alta, destacaram-se Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,9%), seguido por Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,9%). Ainda com avanço em relação a setembro de 2017, figuram: Tecidos, vestuário e calçados (1,2%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,8%). Já as quedas ocorreram em: Combustíveis e lubrificantes (-5,0%), setor que exerceu o principal impacto negativo, seguido de Móveis e eletrodomésticos
(-2,2%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-16,5%).

Com avanço de 2,2%, frente a setembro de 2017, o comércio varejista ampliado registrou a décima sétima taxa positiva. O resultado de setembro de 2018 refletiu, principalmente, a contribuição do desempenho de Veículos, motos, partes e peças (11,0%), enquanto Material de construção apresentou variação negativa (-1,6%).

Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., com expansão de 3,9% no volume de vendas em relação a setembro de 2017, mostrou perda de ritmo em relação ao resultado de agosto (9,5%). Ainda assim, o setor exerceu a maior contribuição ao resultado geral do varejo. O indicador acumulado nos últimos doze meses registrou taxa de 6,0%, com perda de 0,5p.p. em relação ao resultado de agosto.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com avanço de 0,4% frente a setembro de 2017, registrou a décima oitava taxa positiva consecutiva nessa comparação, mas com perda de ritmo em relação ao resultado de agosto (5,5%). O segmento exerceu o segundo maior impacto positivo na formação da taxa global do varejo. O desempenho da atividade vem sendo sustentado pela estabilidade da massa de rendimento real habitualmente recebida. A análise pelo indicador acumulado nos últimos doze, ao registrar avanço de 4,4%, mostrou redução na intensidade de crescimento, na série iniciada em março de 2017 (-3.0%).

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com aumento de 1,9% nas vendas frente a setembro de 2017, exerceu também a segunda maior contribuição na taxa global do varejo, registrando a décima sétima variação positiva consecutiva, na comparação com igual mês do ano anterior. Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 6,3% até agosto para 5,8% em setembro, o setor mostrou redução da intensidade de crescimento.

Tabela 2 - BRASIL - INDICADORES DA RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: Setembro 2018
ATIVIDADES MÊS/
MÊS ANTERIOR (1)
MÊS/
IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR
ACUMULADO
Taxa de
Variação (%)
Taxa de
Variação (%)
Taxa de
Variação (%)
JUL AGO SET JUL AGO SET NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) 0,4 1,6 -0,2 2,9 7,5 4,1 4,3 4,0
1 - Combustíveis e lubrificantes 0,9 0,2 1,3 13,9 11,9 11,1 10,6 8,8
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 1,2 2,0 -1,0 2,7 8,2 3,6 3,7 2,9
       2.1 - Super e hipermercados 1,1 2,6 -1,3 2,7 8,8 3,9 3,8 3,3
3 - Tecidos, vest. e calçados 0,6 4,3 0,2 -7,1 4,2 2,3 -1,2 2,2
4 - Móveis e eletrodomésticos -4,1 2,6 2,0 -7,5 -3,3 -2,4 -2,3 0,5
       4.1 - Móveis - - - -5,3 -2,5 -1,3 -3,2 -0,1
       4.2 - Eletrodomésticos - - - -8,6 -3,7 -2,9 -1,2 0,9
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 0,4 1,1 0,8 7,4 9,4 4,3 8,2 9,0
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -0,6 -3,1 0,1 -7,9 -12,3 -12,7 -7,2 -5,6
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -1,5 2,0 -1,7 -6,7 1,9 -3,1 -4,8 -7,7
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -1,0 2,9 -0,9 5,7 10,9 5,3 8,1 7,1
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) -0,5 4,2 -0,4 5,8 9,6 5,6 6,8 6,5
9 - Veículos e motos, partes e peças 1,0 5,8 -0,2 17,2 16,8 12,6 16,4 14,8
10- Material de construção -2,4 4,1 -1,5 5,9 10,0 2,5 6,6 8,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. 
(1) Séries com ajuste sazonal.

Tecidos, vestuário e calçados, com variação de 1,2% em relação a setembro de 2017, registrou a segunda taxa positiva consecutiva nessa comparação. Com isso, o indicador acumulando nos últimos doze meses, ao passar de 0,7% em agosto para 0,0% em setembro, mantém a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2018 (7,7%).

Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação avançou 0,8% em relação a setembro de 2017. O indicador acumulado nos últimos doze meses (-2,4%) reduz ritmo de queda nas vendas em relação a agosto (-2,7%).

Combustíveis e lubrificantes, com recuo de 5,0% no volume de vendas em relação a setembro de 2017, exerceu maior contribuição negativa para o resultado total do varejo. A elevação dos preços de combustíveis, acima da variação média de preços, é fator relevante que vem influenciando negativamente o desempenho do setor. O acumulado nos últimos doze meses, permanece negativo (-5,2%) desde março de 2015 (-0,3%).

Móveis e eletrodomésticos, com queda de 2,2% no volume de vendas em relação a setembro de 2017, exerceu o segundo maior impacto negativo na formação da taxa total do comércio varejista de setembro de 2018, após recuo de 3,1% registrado no mês de agosto.  O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 3,6% até agosto para 2,3% em setembro, mantém a perda de ritmo observada desde abril (9,6%).

Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou recuo no volume de vendas de -16,5% frente a setembro de 2017.  O comportamento desta atividade vem sendo influenciado pela contínua substituição dos produtos impressos pelo meio eletrônico e pelo fechamento de lojas físicas.  Com isso, o indicador anualizado, acumulado nos últimos doze meses, ao passar de
 -8,3% para -8,9%, permanece no campo negativo desde março de 2014 (-0,2%) e acentuando a trajetória descendente desde abril de 2018 (-5,2%).

Veículos, motos, partes e peças ao registrar 11,0% em relação a setembro de 2017, assinalou a décima sétima taxa seguida positiva, exercendo a maior contribuição no resultado de setembro para o varejo ampliado. O indicador acumulado nos últimos doze meses (14,2 %) até setembro, mostrou estabilidade em relação ao acumulado até agosto, mantendo trajetória de recuperação iniciada em julho de 2016 (-17,8%).

Material de Construção, com recuo de 1,6% em relação a setembro de 2017, voltou a mostrar queda após resultado positivo em junho (5,6%), julho (2,1%) e agosto (5,9%) nessa comparação. O indicador acumulado nos últimos doze meses passou de 7,8% em agosto para 6,3% em setembro e manteve trajetória de queda iniciado em abril de 2018.

Comércio registra menor taxa dos últimos seis trimestres

No terceiro trimestre de 2018, o volume de vendas do comércio varejista variou 1,0%, mantendo comportamento positivo desde o segundo trimestre de 2017 (2,4%). Mas essa é a menor taxa dos últimos seis trimestres, contra igual trimestre do ano anterior. A redução na intensidade das vendas, do segundo (1,6%) para o terceiro (1,0%) trimestre de 2018 deu-se em quatro das oito atividades, com destaque para: Livros, jornais, revistas e papelaria (de -9,6% para -13,7%), Móveis e eletrodomésticos (de -0,6% para -4,1%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (de 4,0% para 2,4%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (de 6,3% para 4,9%).

Já as altas em relação ao trimestre anterior foram: Tecidos, vestuário e calçados (de -5,3% para -1,7%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (de -1,9% para 0,4%) Combustíveis e lubrificantes (de -6,9% para -5,2%), e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 5,2% para 6,0%). No varejo ampliado, houve queda entre o segundo e o terceiro trimestres (de 4,7% para 4,0%), com perdas em Veículos, motos, partes e peças (de 15,1% para 14,5%) e Material de Construção (de 6,1% para 2,2%).

Vendas do comércio caem em 16 das 27 Unidades da Federação

Na série com ajuste sazonal, as vendas do comércio varejista cairam 1,3%, com resultados negativos para 16 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Paraíba (-6,4%), Minas Gerais (-3,1%) e Goiás (-2,0%). Por outro lado, houve altas em 11 das 27 Unidades da Federação, com destaque, em termos de magnitude de taxa, foi para Rondônia (8,4%), seguido por Tocantins (2,9%) e Acre (2,1%). Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação entre agosto e setembro foi de -1,5%, com 8 das 27 Unidades da Federação mostrando queda nas vendas nessa mesma comparação, com destaque para Paraíba (-4,9%), Rio de Janeiro (-3,3%) e São Paulo (-1,1%). Os estados em alta, na série com ajuste sazonal, foram: Rondônia (6,1%), Acre (4,4%) e Pernambuco (3,5%), enquanto Distrito Federal, Bahia e Mato Grosso mostraram estabilidade (0,0%) nessa comparação.

Frente a setembro de 2017, a variação das vendas do comércio varejista nacional foi de 0,1%, com 11 das 27 Unidades da Federação mostrando avanço nas vendas, com destaque, em termos de magnitude, Rondônia (8,1%), Acre (6,6%) e Santa Catarina (6,2%). Por outro lado, Piaui (-5,9%), Mato Grosso (-5,1%) e Distrito Federal (-5,0%) registraram queda. Quanto à participação na composição da taxa do varejo, destacaram-se: Santa Catarina (6,2%), seguido por São Paulo (0,9%) e Rio Grande do Sul (2,6%).

No comércio varejista ampliado subiu 2,2% em relação a setembro de 2017, com 17 das 27 Unidades da Federação em alta. Os destaques foram Rondônia (15,6%) e Espírito Santo (13,0%). O Amapá (-6,9%) teve a queda mais acentuada. Quanto à participação na composição da taxa do varejo ampliado, destacaram-se São Paulo (4,5%), Santa Catarina (6,4%), seguido por Rio Grande do Sul (3,8 %).