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Indústria cai em sete dos 15 locais pesquisados

09/11/2018 09h00 | Atualizado em 09/11/2018 14h35

Com a redução de 1,8% na indústria nacional, sete dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas de agosto para setembro de 2018, na série com ajuste sazonal.
Os recuos mais intensos foram no Amazonas (-5,2%), São Paulo (-3,9%), Bahia (-3,3%) e Paraná (-3,1%). Por outro lado, Ceará (3,7%) e Pará (3,5%) apresentaram os maiores avanços no mês. Pernambuco (1,7%), Goiás (1,4%), Rio Grande do Sul (1,3%), Rio de Janeiro (1,0%), Espírito Santo (0,9%) e Mato Grosso (0,9%) completaram o conjunto de locais com resultados positivos. O material de apoio da Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-PF Reg.) pode ser acessado à direita desta página.

Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais - Setembro de 2018
Locais  Variação (%)
Setembro 2018/
Agosto 2018*
Setembro 2018/
Setembro 2017
Acumulado
Janeiro-Setembro
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Amazonas -5,2 -14,8 7,8 8,1
Pará 3,5 14,1 9,8 10,2
Região Nordeste -1,9 1,4 0,8 0,7
Ceará 3,7 3,7 0,3 1,4
Pernambuco 1,7 15,9 7,1 5,8
Bahia -3,3 -2,6 0,2 0,0
Minas Gerais -1,8 -2,2 -1,6 -1,0
Espírito Santo 0,9 3,6 -2,7 -2,5
Rio de Janeiro 1,0 -3,9 3,5 4,6
São Paulo -3,9 -6,6 2,4 3,8
Paraná -3,1 0,0 2,2 2,2
Santa Catarina -1,8 -0,3 4,1 4,9
Rio Grande do Sul 1,3 12,4 4,7 3,5
Mato Grosso 0,9 4,7 1,2 3,8
Goiás 1,4 -4,2 -3,6 -0,2
 Brasil -1,8 -2,0 1,9 2,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
* Série com Ajuste Sazonal

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral para o total da indústria recuou 0,9% no trimestre encerrado em setembro de 2018 frente ao mês anterior, interrompendo a trajetória ascendente iniciada em maio de 2018. Em termos regionais, seis locais tiveram taxas negativas, com destaque para os recuos mais intensos observados no Amazonas (-3,2%), São Paulo (-2,3%), Paraná (-1,3%) e Minas Gerais (-0,9%). Por outro lado, Espírito Santo (2,0%), Rio Grande do Sul (2,0%), Ceará (1,8%), Pará (1,8%), Pernambuco (1,6%) e Mato Grosso (1,2%) registraram os principais avanços em setembro de 2018.

Na comparação com setembro de 2017, a indústria mostrou retração de 2,0% em setembro de 2018, com sete dos 15 locais pesquisados apontando taxas negativas. Vale citar que setembro de 2018 (19 dias) teve um dia útil a menos do que setembro de 2017 (20).

Nesse mês, Amazonas (-14,8%) apresentou recuo de dois dígitos e o mais acentuado, pressionado, em grande parte, pelas quedas observadas nos setores de bebidas (preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (naftas para petroquímica, óleo diesel, óleos combustíveis e gasolina automotiva), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores) e de impressão e reprodução de gravações (CDs e DVDs).

São Paulo (-6,6%), Goiás (-4,2%), Rio de Janeiro (-3,9%), Bahia (-2,6%) e Minas Gerais
(-2,2%) também registraram taxas negativas mais elevadas do que a média nacional (-2,0%), enquanto Santa Catarina (-0,3%) completou o conjunto de locais com queda na produção nesse mês.

Por outro lado, Pernambuco (15,9%), Pará (14,1%) e Rio Grande do Sul (12,4%) apontaram os maiores avanços em setembro de 2018. Em Pernambuco, a alta foi impulsionada principalmente pelo avanço nas atividades de produtos alimentícios (açúcar cristal, refinado de cana-de-açúcar e VHP e carnes e miudezas de aves congeladas). No Pará, o crescimento ocorreu, sobretudo, pelo avanço nas indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados). Mato Grosso (4,7%), Ceará (3,7%), Espírito Santo (3,6%) e Região Nordeste (1,4%) apresentaram resultados positivos no mês, enquanto Paraná (0,0%) manteve estabilidade.

No terceiro trimestre de 2018, o setor industrial, ao avançar 1,2%, manteve o comportamento positivo presente desde o primeiro trimestre de 2017 (1,5%), mas mostrou perda de ritmo frente aos resultados do primeiro (2,8%) e segundo trimestres desse ano (1,7%), todas as comparações contra igual período de 2017. A desaceleração do crescimento da produção industrial na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2018 também foi observada em quatro dos quinze locais pesquisados: Amazonas (de 6,9% para -5,5%), São Paulo (de 4,0% para -1,0%), Rio de Janeiro (de 4,5% para 3,5%) e Minas Gerais (de -0,8% para -1,1%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (de 0,4% para 12,4%), Espírito Santo
(de -5,0% para 3,0%), Pernambuco (de 6,2% para 13,7%), Pará (de 6,5% para 12,9%), Mato Grosso (de -1,3% para 3,5%), Ceará (de -2,8% para 1,0%) e Região Nordeste (de -0,2% para 2,8%) apontaram os maiores ganhos entre os dois períodos.

No acumulado do período janeiro-setembro de 2018, frente a igual período de 2017, houve altas em 12 dos 15 locais pesquisados. Os destaques foram: Pará (9,8%), no Amazonas (7,8%) e em Pernambuco (7,1%). Rio Grande do Sul (4,7%), Santa Catarina (4,1%), Rio de Janeiro (3,5%), São Paulo (2,4%) e Paraná (2,2%) também registraram crescimento acima da média da indústria (1,9%), enquanto Mato Grosso (1,2%), Região Nordeste (0,8%), Ceará (0,3%) e Bahia (0,2%) completaram o conjunto de locais com resultados positivos.

Por outro lado, Goiás (-3,6%), Espírito Santo (-2,7%) e Minas Gerais (-1,6%) apontaram os recuos no acumulado no ano, pressionados, principalmente, pelo comportamento negativo de produtos alimentícios (açúcar cristal e VHP) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico), no primeiro local; de produtos de minerais não-metálicos (granito talhado ou serrado - inclusive chapas - e cimentos “Portland”) e celulose, papel e produtos de papel (celulose), no segundo; e de produtos alimentícios (açúcar cristal e VHP) e indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), no último.

Já no acumulado nos últimos doze meses, a indústria nacional, ao passar de 3,1% em agosto para 2,7% em setembro de 2018, voltou a mostrar perda de dinamismo, após interromper em maio último (3,0%) a trajetória ascendente iniciada em junho de 2016 (-9,7%). Em termos regionais, onze dos quinze locais pesquisados registraram taxas positivas em setembro de 2018, mas sete apontaram menor dinamismo frente aos índices de agosto último. Amazonas (de 10,2% para 8,1%), Rio de Janeiro (de 5,9% para 4,6%), São Paulo (de 4,9% para 3,8%), Goiás (de 1,0% para -0,2%), Bahia (de 0,8% para 0,0%) e Paraná (de 2,9% para 2,2%) registraram as principais perdas de ritmo entre agosto e setembro de 2018. Já enquanto Pernambuco (de 4,1% para 5,8%), Rio Grande do Sul (de 2,1% para 3,5%) e Espírito Santo (de -3,1% para -2,5%) apresentaram os principais ganhos.