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Indústria cai em seis dos 15 locais pesquisados

09/10/2018 09h00 | Atualizado em 09/10/2018 15h07

Com a redução de 0,3% na produção industrial nacional, seis dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas de julho para agosto de 2018, na série com ajuste sazonal.

Os recuos mais acentuados foram observados no Amazonas (-5,3%), Pará (-1,1%), Espírito Santo (-0,9%), São Paulo (-0,9%), Santa Catarina (-0,7%) e Rio de Janeiro (-0,3%). Por outro lado, Mato Grosso (3,0%), Bahia (2,7%) e Pernambuco (2,6%) apresentaram os avanços mais acentuados no mês. Ceará (1,5%), Região Nordeste (1,5%), Rio Grande do Sul (0,8%), Paraná (0,7%), Minas Gerais (0,5%) e Goiás (0,2%) completaram o conjunto de locais com resultados positivos. A publicação completa da Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-PF Reg.) pode ser acessada à direita desta página.

Indicadores Conjunturais da Indústria - Resultados Regionais - Agosto de 2018
Locais  Variação (%)
Agosto 2018/
Julho 2018*
Agosto 2018/
Agosto 2017
Acumulado
Janeiro-Agosto
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Amazonas -5,3 -6,7 10,9 10,1
Pará -1,1 11,0 9,2 10,1
Região Nordeste 1,5 3,6 0,7 0,5
Ceará 1,5 -0,5 -0,1 1,4
Pernambuco 2,6 11,7 5,6 4,0
Bahia 2,7 1,2 0,6 0,8
Minas Gerais 0,5 0,5 -1,3 -0,8
Espírito Santo -0,9 -1,8 -3,4 -3,1
Rio de Janeiro -0,3 4,5 4,5 5,9
São Paulo -0,9 0,7 3,7 4,9
Paraná 0,7 6,5 2,5 3,0
Santa Catarina -0,7 5,0 4,6 5,1
Rio Grande do Sul 0,8 12,3 3,7 2,0
Mato Grosso 3,0 1,4 0,7 3,8
Goiás 0,2 -4,1 -3,6 0,9
Brasil -0,3 2,0 2,5 3,1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
* Série com Ajuste Sazonal

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou expansão de 3,8% no trimestre encerrado em agosto de 2018 frente ao mês anterior, avanço mais intenso desde o início da série histórica, e mantendo a trajetória ascendente iniciada em maio de 2018. Em termos regionais, 14 locais apontaram taxas positivas, com destaque para os avanços mais intensos observados no Mato Grosso (8,2%), Paraná (7,8%), Rio Grande do Sul (6,6%), Pernambuco (5,5%), Bahia (5,4%), Santa Catarina (5,4%), Região Nordeste (4,8%), São Paulo (3,5%) e Goiás (3,4%). Por outro lado, Amazonas (-1,8%) registrou o único recuo em agosto de 2018.

Na comparação com agosto de 2017, a indústria mostrou crescimento de 2,0% em agosto de 2018, com 11 dos 15 locais pesquisados apontando taxas positivas. Vale citar que agosto de 2018 teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior, 23 dias.

Nesse mês, Rio Grande do Sul (12,3%), Pernambuco (11,7%) e Pará (11,0%) apresentaram as expansões mais acentuadas. No Rio Grande do Sul, o resultado foi impulsionado, principalmente, pelos avanços observados nos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (reboques e semirreboques, automóveis e carrocerias para ônibus), celulose, papel e produtos de papel (celulose), produtos de metal (construções pré-fabricadas de metal e artefatos de alumínio para uso doméstico), máquinas e equipamentos (máquinas para extração ou preparação de óleo ou gordura animal ou vegetal, tratores agrícolas e aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, biodiesel e naftas para petroquímica).

Já em Pernambuco, a expansão deveu-se, principalmente, por avanços nos setores de produtos alimentícios (açúcar VHP e cristal, sorvetes e picolés, carnes e miudezas de aves congeladas e margarina). E no Pará, o resultado foi impulsionado principalmente pelo avanço do setor de de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados).

Paraná (6,5%), Santa Catarina (5,0%), Rio de Janeiro (4,5%) e Região Nordeste (3,6%) também registraram taxas positivas mais elevadas do que a média nacional (2,0%), enquanto Mato Grosso (1,4%), Bahia (1,2%), São Paulo (0,7%) e Minas Gerais (0,5%) completaram o conjunto de locais com avanço na produção nesse mês.

Por outro lado, Amazonas (-6,7%) e Goiás (-4,1%) apresentaram os recuos mais intensos de agosto de 2018. No Amazonas, o recuo foi pressionado, em grande parte, pelo comportamento negativo das atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, naftas para petroquímica, gasolina automotiva, óleos combustíveis e gás liquefeito de petróleo) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores e computadores pessoais portáteis - laptops, notebooks, tablets e semelhantes).

Em Goiás, o decréscimo foi provocado, principalmente, pelo comportamento negativos nos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico) e indústrias extrativas (minérios de cobre e fosfatos de cálcio naturais). Espírito Santo (-1,8%) e Ceará (-0,5%) também apresentaram resultados negativos no mês.

Ao avançar 0,8% no segundo quadrimestre de 2018, o setor industrial permaneceu com o comportamento positivo, mas com perda de ritmo frente ao resultado observado no primeiro quadrimestre do ano (4,5%) - ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Essa redução na intensidade do crescimento tem relação com o recuo observado em maio de 2018, por conta das paralisações ocorridas em diversas plantas industriais, efeito, especialmente, do movimento de greve dos caminhoneiros nos dez últimos dias daquele mês.

Na mesma comparação, oito dos 15 locais pesquisados também assinalaram perda de dinamismo, com destaque para Amazonas (de 21,3% para 1,5%), São Paulo (de 7,8% para 0,6%), Ceará (de 3,5% para -3,3%), Goiás (de 0,5% para -5,9%), Mato Grosso (de 4,1% para -2,0%) e Santa Catarina (de 7,3% para 2,2%). Por outro lado, Pernambuco (de 3,5% para 7,9%), Pará (de 6,9% para 11,1%) e Espírito Santo (de -5,0% para -1,9%) apontaram os maiores ganhos entre os dois períodos.

No acumulado do período janeiro-agosto de 2018, frente a igual período de 2017, houve altas em 11 dos 15 locais pesquisados, com destaque para o avanço de dois dígitos no Amazonas (10,9%). Pará (9,2%), Pernambuco (5,6%), Santa Catarina (4,6%), Rio de Janeiro (4,5%), São Paulo (3,7%) e Rio Grande do Sul (3,7%) também registraram crescimento acima da média da indústria (2,5%), Pará (9,2%), Pernambuco (5,6%), Santa Catarina (4,6%), Rio de Janeiro (4,5%), São Paulo (3,7%) e Rio Grande do Sul (3,7%) também registraram crescimento acima da média da indústria (2,5%)

Nesses locais, o maior dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à expansão na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para o setor de transportes, para construção e de uso misto); de bens intermediários (minérios de ferro, celulose, óleo diesel, naftas para petroquímica, querosenes de aviação, siderurgia, derivados da extração da soja, preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais, pneus, peças e acessórios para indústria automobilística, autopeças, embalagens e produtos de borracha e de material plástico); de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos da “linha marrom”); e de bens de consumo semi e não-duráveis (cervejas, chope, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, álcool etílico, medicamentos e produtos de perfumaria, sabões, limpeza e de higiene pessoal).

Por outro lado, os recuos mais elevados no índice acumulado no ano foram observados em Goiás (-3,6%) e no Espírito Santo (-3,4%), pressionados, principalmente, pelo comportamento negativo vindo das atividades de produtos alimentícios (açúcar cristal e VHP), no primeiro local; e de produtos de minerais não-metálicos (granito talhado ou serrado - inclusive chapas - e cimentos “Portland”) e celulose, papel e produtos de papel (celulose), no segundo. Minas Gerais (-1,3%) e Ceará (-0,1%) também mostraram taxas negativas no indicador acumulado do período janeiro-agosto de 2018.

Já o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 3,3% em julho para 3,1% em agosto de 2018, volta a mostrar ligeira perda de ritmo, após interromper em maio último (3,0%) a trajetória ascendente iniciada em junho de 2016 (-9,7%). Em termos regionais, 13 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas positivas em agosto de 2018, mas oito apontaram menor dinamismo frente aos índices de julho de 2018. Mato Grosso (de 5,0% para 3,8%), Amazonas (de 11,2% para 10,1%), Espírito Santo (de -2,3% para -3,1%), Goiás (de 1,6% para 0,9%) e São Paulo (de 5,4% para 4,9%) registraram as principais perdas de ritmo entre julho e agosto de 2018, enquanto Rio Grande do Sul (de 0,8% para 2,0%), Pernambuco (de 3,1% para 4,0%) e Rio de Janeiro (de 5,4% para 5,9%) apresentaram os principais ganhos.