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Abate de frangos cai 4,0% em relação ao 2° trimestre de 2017 e 6,9% na comparação com o trimestre imediatamente anterior

12/09/2018 09h00 | Atualizado em 12/09/2018 09h00

No 2º trimestre de 2018, o abate de frangos teve queda de 4,0% em relação ao 2° trimestre de 2017 e redução de 6,9% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. A pesquisa registrou o pior resultado para meses de maio desde o 2° trimestre de 2009, o que pode ser explicado pela greve dos caminhoneiros. Enquanto isso, no abate de bovinos houve aumento de 4,0% na comparação com o igual período de 2017. Mas, na comparação com o trimestre imediatamente anterior houve queda de 0,2%, anotando 7,72 milhões de cabeças abatidas. Já o abate de suínos aumentou 1,9% na comparação com o mesmo período de 2017 e subiu 1,0% frente ao trimestre imediatamente anterior. Este é o melhor resultado (10,82 milhões de cabeças) para segundos trimestres desde o início da pesquisa, em 1997.

A aquisição de leite cru foi de 5,47 bilhões de litros, uma queda de 3,2% em relação ao 2º trimestre de 2017. Na comparação com o 1° trimestre de 2018, a queda foi de 8,9%. A aquisição de couro no 2° trimestre de 2018 (8,23 milhões de peças inteiras de couro cru de bovinos) apresentou estabilidade frente ao resultado do 2° trimestre de 2017 e caiu 4,1% em relação ao adquirido no trimestre imediatamente anterior. Por fim, a produção de ovos de galinha foi 6,6% superior ao apurado no 2º trimestre de 2017 e aumentou 2,0% frente ao trimestre imediatamente anterior, alcançando novo recorde da série histórica. A publicação completa das Pesquisas Trimestrais da Pecuária pode ser acessada à direita desta página.

Abate de bovinos sobe 4% em relação ao segundo trimestre de 2017

No 2º trimestre de 2018, foram abatidas 7,72 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 0,2% menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 4,0% maior que a do 2° trimestre de 2017, período afetado pela operação “carne fraca”, da Polícia Federal.

O abate de 296,51 mil cabeças de bovinos a mais no 2º trimestre de 2018 em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionada por aumentos em 15 das 27 Unidades da Federação (UFs). Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Mato Grosso (+95,20 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+54,25 mil cabeças), Rondônia (+48,74 mil cabeças), Paraná (+40,10 mil cabeças), São Paulo (+39,13 mil cabeças), Minas Gerais (+31,61 mil cabeças), Goiás (+21,10 mil cabeças), Santa Catarina (+11,47 mil cabeças), Maranhão (+6,50 mil cabeças) e Acre (+1,33 mil cabeças). Em contrapartida, as maiores reduções ocorreram em: Pará (-28,34 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-17,10 mil cabeças), Tocantins (-5,21 mil cabeças) e Bahia (-2,26 mil cabeças).

Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 15,1% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (10,5%) e Goiás (10,4%).

Abate de Animais, Aquisição de Leite, Aquisição de Couro Cru e Produção de Ovos de Galinha - Brasil - 2º Trimestre de 2018       
 Abate de Animais, Aquisição de Leite, Aquisição de Couro Cru e Produção de Ovos de Galinha 2017 2018 2018 Variação (%)
2º Trimestre 1º Trimestre 2º Trimestre 3 / 1 3 / 2 
1 2 3
Número de animais abatidos (mil cabeças)
BOVINOS 7 423 7 734 7 720 4,0 -0,2
  Bois 3 928 3 769 3 968 1,0 5,3
  Vacas 2 450 2 776 2 556 4,3 -7,9
  Novilhos 329 351 335 2,1 -4,5
  Novilhas  716 838 861 20,2 2,7
SUÍNOS  10 617 10 716 10 821 1,9 1,0
FRANGOS 1 433 965 1 478 761 1 376 619 -4,0 -6,9
      
Peso das carcaças (toneladas)
BOVINOS 1 832 185 1 882 698 1 896 632 3,5 0,7
  Bois 1 107 986 1 062 944 1 120 769 1,2 5,4
  Vacas 501 074 569 065 525 101 4,8 -7,7
  Novilhos 80 623 85 887 80 967 0,4 -5,7
  Novilhas  142 502 164 802 169 795 19,2 3,0
SUÍNOS  951 013 957 912 978 100 2,8 2,1
FRANGOS 3 385 562 3 507 023 3 379 592 -0,2 -3,6
      
Leite (mil litros)
Adquirido  5 647 942  6 005 729  5 468 519 -3,2 -8,9
Industrializado  5 639 464  5 999 603  5 452 434 -3,3 -9,1
      
Couro (mil unidades)
Adquirido (cru)   8 227   8 576   8 227 0,0 -4,1
Curtido   8 191   8 520   8 162 -0,4 -4,2
      
Ovos (mil dúzias)
Produção    820 398   857 368   874 397 6,6 2,0
      
FONTE: IBGE - Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Agropecuária - Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, Pesquisa Trimestral do Leite, Pesquisa Trimestral do Couro e Pesquisa da Produção de Ovos de Galinha. 
Nota: Os dados relativos ao ano de 2018 são preliminares.    

Abate de suínos sobe 1,9% na comparação anual e tem junho recorde

No 2º trimestre de 2018, foram abatidas 10,82 milhões de cabeças de suínos, representando aumentos de 1,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 1,9% na comparação com o mesmo período de 2017. Este é o melhor resultado para segundos trimestres desde que a Pesquisa se iniciou em 1997. Isso foi possível graças ao volume de carne abatida em junho – recorde para este mês – recuperando a atividade de maio que teve seu pior desempenho desde 2013. Neste mês houve forte influência da greve dos caminhoneiros sob o ritmo de produção de abate.

O abate de 204,07 mil cabeças de suínos a mais no 2º trimestre de 2018, em relação a igual período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos no abate em 14 das 25 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Entre os Estados com participação acima de 1%, ocorreram aumentos em: Mato Grosso do Sul (+101,13 mil cabeças), Santa Catarina (+42,66 mil cabeças), Mato Grosso (+42,18 mil cabeças), São Paulo (+35,58 mil cabeças), Minas Gerais (+18,01 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+17,04 mil cabeças) e Goiás (+4,38 mil cabeças). Em contrapartida, ocorreu redução no Paraná (-40,75 mil cabeças).

Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 26,4% da participação nacional, seguido por Paraná (20,7%) e Rio Grande do Sul (18,3%).

Abate de frangos cai 4,0% na comparação anual e tem pior maio desde 2009

No 2º trimestre de 2018, foram abatidas 1,38 bilhão de cabeças de frangos. Esse resultado significou queda de 6,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior e redução de 4,0% na comparação com o mesmo período de 2017. A pesquisa registrou o pior resultado para meses de maio desde o 2° trimestre de 2009, o que pode ser explicado pela greve dos caminhoneiros que impediu uma normal circulação de produtos e insumos pelo país, prejudicando toda cadeia produtiva até a destinação do produto final.

O abate de 57,35 milhões de cabeças de frangos a menos no 2º trimestre de 2018, em relação a igual período do ano anterior, foi determinado por reduções no abate em 14 das 24 Unidades da Federação que participaram da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram quedas em: Santa Catarina (-27,54 milhões de cabeças), Paraná (-23,74 milhões de cabeças), Goiás (-4,39 milhões de cabeças), Mato Grosso (-3,18 milhões de cabeças), Minas Gerais (-1,96 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (-1,96 milhões de cabeças) e Distrito Federal (-658,26 mil cabeças). Em contrapartida, ocorreram aumentos em: Rio Grande do Sul (+4,39 milhões de cabeças), Bahia (+3,43 milhões de cabeças), Pará (+3,27 milhões de cabeças), Pernambuco (+927,86 mil cabeças) e São Paulo (+21,56 mil cabeças).

Paraná continua liderando amplamente o abate de frangos, com 30,8% da participação nacional, seguido por Rio Grande Sul (15,3%) e Santa Catarina (13,4%).

Aquisição de leite cai 3,2% frente a 2017 afetada por greve dos caminhoneiros

No 2º trimestre de 2018, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 5,47 bilhões de litros, representando uma queda de 3,2% em relação à quantidade adquirida no 2º trimestre de 2017. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, esse volume foi 8,9% menor. O 2º trimestre é tipicamente caracterizado por ser o período com menor aquisição de leite ao longo dos anos. Além da redução da produção pelo período de entressafra em diversas bacias leiteiras, a paralisação dos caminhoneiros dificultou o acesso da matéria-prima aos laticínios.

A aquisição de 179,42 milhões de litros de leite a menos em nível nacional, no comparativo do 2º trimestre de 2018 com o mesmo período do ano anterior foi influenciada por queda em 12 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite, compreendendo todas as regiões do país. As maiores reduções ocorreram em São Paulo (-86,14 milhões de litros), Goiás (-49,23 milhões de litros), Rio de Janeiro (-21,49 milhões de litros) e Rio Grande do Sul (-18,28 milhões de litros). Minas Gerais e Bahia apresentaram os aumentos mais expressivos entre os 2os trimestres: 19,61 milhões de litros e 17,93 milhões de litros, respectivamente.

Minas Gerais seguiu liderando amplamente a aquisição de leite, com 25,6% da aquisição nacional, seguido pelo Rio Grande do Sul (13,5%) e pelo Paraná (12,3%).

Produção de ovos sobe 2,0% frente ao 1° trimestre batendo recorde histórico

Foram produzidas 874,40 milhões de dúzias de ovos de galinha no 2º trimestre de 2018. Essa quantidade mostra um aumento de 2,0% com relação à produção do trimestre imediatamente anterior e foi 6,6% superior ao apurado no 2º trimestre de 2017. A produção do 2º trimestre de 2018 foi a maior já registrada nesse período, e também bateu o recorde de produção da série histórica.

A produção de 54,00 milhões de dúzias de ovos a mais, em nível nacional, no comparativo dos 2os trimestres 2018/2017, foi impulsionada por aumentos em 21 das 26 UFs com granjas enquadradas no universo da pesquisa. Os aumentos mais intensos ocorreram em Espírito Santo (+12,58 milhões de dúzias), São Paulo (+9,60 milhões de dúzias), Pernambuco (+5,51 milhões de dúzias), Ceará (+5,43 milhões de dúzias) e Mato Grosso (+5,41 milhões de dúzias).

O Estado de São Paulo se manteve como maior produtor de ovos dentre as Unidades da Federação, com 29,1% da produção nacional, seguido agora pelo Espírito Santo (9,5%), Minas Gerais (9,3%) e Paraná (8,7%).

Aquisição de couro se mantém estável na comparação anual

No 2º trimestre de 2018, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 8,23 milhões de peças inteiras de couro cru de bovinos. Esse total representa redução de 4,1% em relação ao adquirido no trimestre imediatamente anterior e estabilidade frente ao 2° trimestre de 2017.

O comparativo entre os 2os trimestres de 2017 e 2018 indicam uma variação positiva de 727 peças no total adquirido pelos estabelecimentos abrangidos pela Pesquisa. Os destaques positivos em números absolutos ficaram com Rio Grande do Sul (+163,18 mil peças), Mato Grosso do Sul (+70,75 mil peças), Pará (+49,55 mil peças), Goiás (+49,21 mil peças) e Rondônia (44,92 mil peças). As maiores reduções absolutas ocorreram em São Paulo (-86,26 mil peças) e Minas Gerais (-26,48 mil peças).

Mato Grosso continua liderando a recepção de peles bovinas pelos curtumes, com 15,9% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (13,1%) e São Paulo (12,1%).