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Vendas no varejo variam -0,3% em junho

10/08/2018 09h00 | Atualizado em 10/08/2018 12h03

Em junho de 2018, o volume de vendas do comércio varejista nacional variou -0,3% frente a maio, na série com ajuste sazonal, segundo resultado negativo consecutivo, acumulando perda de 1,5% nesse período. Com isso, a média móvel trimestral ficou próxima à estabilidade, mas manteve sinal negativo (-0,1%).

Período Varejo (%) Varejo Ampliado (%)
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Junho / Maio* -0,3 0,6 2,5 3,4
Média móvel trimestral* -0,1 0,5 -0,4 0,3
Junho 2018 / Junho 2017 1,5 5,4 3,7 6,7
Acumulado 2018 2,9 4,1 5,8 6,6
Acumulado 12 meses 3,6 3,4 6,7 6,1
*Série ajustada sazonalmente    

Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista cresceu 1,5% em relação a junho de 2017. Foi a 15ª taxa positiva seguida, embora menor que a de maio (2,7%). O volume de vendas do varejo teve índices positivos tanto no fechamento do segundo trimestre de 2018 (1,6%) como para o acumulado no ano (2,9%), frente aos mesmos períodos de 2017. O acumulado em 12 meses passou de 3,7% em maio para 3,6% em junho, sinalizando estabilidade.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, o volume de vendas avançou 2,5% em relação a maio de 2018, compensando, em grande parte, a perda registrada no mês anterior (-5,1%).

A média móvel trimestral ficou em -0,4% no trimestre encerrado em junho, sinalizando redução no ritmo de queda, quando comparada ao trimestre encerrado em maio (-0,6%). Frente a junho de 2017, houve avanço de 3,7%, 14ª taxa positiva consecutiva. Assim, o acumulado do ano foi de 5,8% de janeiro a junho. O acumulado nos últimos doze meses também apontou estabilidade, ao passar de 6,8% até maio para 6,7% em junho.

O material de apoio da PMC está à direita desta página.

Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram crescimento 

Apesar da variação negativa de 0,3% no volume de vendas do comércio varejista na passagem de maio para junho de 2018, houve crescimento em cinco das oito atividades pesquisadas. A pressão negativa se deu por conta dos setores de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,5%), que interrompeu dois meses de taxas positivas, e de Combustíveis e lubrificantes (-1,9%), que registrou o segundo recuo seguido, influenciando o resultado geral do varejo. Os setores que registraram avanço frente a maio de 2018 foram: Móveis e eletrodomésticos (4,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,6%), Tecidos, vestuário e calçados (1,7%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%). O setor de Livros, jornais, revistas e papelaria (0,0%) registrou estabilidade nas vendas.

Em relação a junho de 2017, o volume do comércio varejista avançou 1,5%, com crescimento em quatro das oito atividades. Por ordem de contribuição na formação da taxa global do varejo, os destaques foram em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,1%), setor de maior peso na estrutura do varejo, seguido por Outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,0%) e Móveis e eletrodomésticos (0,7%). Por outro lado, o principal impacto negativo veio de Combustíveis e lubrificantes (-11,6%), seguido por Tecidos, vestuário e calçados (-3,4%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-11,5%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,4%).

BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:
 Junho 2018
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
ABR MAI JUN ABR MAI JUN NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) 1,1 -1,2 -0,3 0,6 2,7 1,5 2,9 3,6
1 - Combustíveis e lubrificantes 3,7 -6,2 -1,9 -1,0 -7,8 -11,6 -6,0 -4,5
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 0,8 0,9 -3,5 0,1 8,0 4,1 5,4 4,4
       2.1 - Super e hipermercados 1,4 0,8 -3,4 -0,3 8,4 4,4 5,6 4,8
3 - Tecidos, vest. e calçados -0,5 -2,9 1,7 -8,2 -3,7 -3,4 -3,5 3,2
4 - Móveis e eletrodomésticos 0,9 -3,9 4,6 5,5 -6,8 0,7 0,6 6,8
       4.1 - Móveis - - - 0,0 -13,3 -0,2 -3,2 2,8
       4.2 - Eletrodomésticos - - - 8,8 -3,1 1,0 3,5 8,8
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 1,9 -2,4 0,9 10,2 4,5 4,0 5,6 5,7
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria 1,3 -5,8 0,0 -3,7 -13,6 -11,5 -8,8 -6,8
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação 4,2 -3,7 4,1 3,7 -7,4 -1,4 -0,5 -2,2
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 0,3 0,2 2,6 -0,1 6,9 8,7 7,9 6,2
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 1,6 -5,1 2,5 8,5 2,2 3,7 5,8 6,7
9 - Veículos e motos, partes e peças 1,7 -16,0 16,0 36,3 2,1 10,3 16,4 13,2
10- Material de construção 2,1 -9,0 11,6 15,6 -1,9 5,2 4,8 9,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.       
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.  
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10                 

No comércio varejista ampliado, o volume de vendas em junho mostrou expansão de 2,5% em relação a maio de 2018 (série com ajuste sazonal), resultado fortemente influenciado pelas vendas de Veículos, motos, partes e peças (16,0%, compensando o recuo de 16,0% registrado em maio) e Material de construção (11,6%, revertendo a queda de -9,0% de maio). Em comparação com junho de 2017, o comércio varejista ampliado registrou a décima quarta taxa positiva, com avanço de 3,7%, com destaque para o setor de Veículos, motos, partes e peças (10,3%), seguido por Material de construção (5,2%).

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve avanço de 4,1% frente a junho de 2017. É a décima quinta taxa positiva consecutiva nessa comparação, mas com perda de ritmo em relação a maio (8,0%). Ainda assim, o segmento exerceu o maior impacto positivo na formação da taxa global do varejo, sustentado pela estabilidade da massa de rendimento real habitualmente recebida (2,3% em abril-junho de 2018) e pela redução do preço da alimentação no domicílio (o IPCA de junho registrou inflação de 0,11% acumulada em 12 meses para o setor, enquanto o índice geral registrou 4,39% na mesma comparação). A desaceleração observada em junho reflete ainda impactos pontuais da greve dos caminhoneiros ocorrida nos últimos 10 dias de maio. O acumulado nos doze meses mostrou que, ao passar de 4,2% até maio para 4,4% até junho, o setor mantém a trajetória ascendente iniciada em março de 2017 (-3,0%).

Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos e brinquedos, com expansão de 8,7% frente a junho de 2017, exerceu a segunda maior contribuição ao resultado geral do varejo, com ganho de ritmo em relação a maio (6,9%). O acumulado nos últimos doze meses (6,2%) mantém trajetória de recuperação iniciada em setembro de 2016 (-10,4%).

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,0% frente a junho de 2017) exerceu a terceira maior contribuição na taxa global do varejo, registrando a décima quarta variação positiva consecutiva, na comparação com igual mês do ano anterior. No acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 5,6% até maio para 5,7% em junho, mantém a trajetória ascendente iniciada em abril de 2017 (-3,5%).

O segmento de Móveis e eletrodomésticos (0,7% em relação a junho de 2017) exerceu o quarto impacto positivo na formação da taxa total do comércio varejista de junho de 2018, após recuo de 6,8% registrado em maio. O comportamento positivo mostra recuperação das vendas em junho, após a crise de abastecimento provocada pela greve dos caminhoneiros ocorrida em maio último. O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 7,7% até maio para 6,8% em junho, mantém a perda de ritmo observada nos últimos três meses.

Combustíveis e lubrificantes (-11,6% frente a junho de 2017) exerceu maior contribuição negativa para o resultado total do varejo. Fator relevante para o recuo no setor é a alta dos preços de combustíveis, acima da variação média de preços (em junho, o IPCA mostrou inflação de 28,6% em 12 meses no grupamento “combustíveis”, enquanto o índice geral registrou 4,39%). Com isso, permanece o recuo no acumulado nos últimos doze meses (-4,5%) desde março de 2015, acentuando a trajetória descendente a partir de abril de 2018.

O setor de Tecidos, vestuário e calçados (-3,4% frente a junho de 2017) respondeu pela segunda maior contribuição negativa na composição da taxa geral do varejo. Com isso, o acumulando nos últimos doze meses (de 3,9% em maio para 3,2% em junho) acentuou a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2018 (7,7%).

Livros, jornais, revistas e papelaria (-11,5% frente a junho de 2017) foi influenciado pela contínua substituição dos impressos pelo meio eletrônico. O acumulado nos últimos doze meses (de -6,0% para -6,8%) permanece no campo negativo desde março de 2014 (-0,2%), acentuando a trajetória descendente desde abril de 2017 (-5,2%).

O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação recuou 1,4% em relação a junho de 2017. O acumulado nos últimos doze meses (-2,2%) intensifica o ritmo de queda nas vendas em relação a maio (-1,7%), sinalizando perda de ritmo.

O setor de Veículos, motos, partes e peças (10,3% frente a junho de 2017) teve a décima quarta taxa positiva seguida, a maior contribuição de junho para o varejo ampliado. A volta do desempenho a dois dígitos evidencia forte recuperação em relação a maio (2,1%), quando o setor foi fortemente atingido pela crise de abastecimento, decorrente da greve dos caminhoneiros. O acumulado nos últimos doze meses mostrou que, ao passar de 12,6% até maio para 13,2% até junho, o setor registrou a maior taxa, para essa comparação, desde julho de 2011 (13,5%) e permaneceu em trajetória de recuperação.

Material de Construção (5,2% em relação a junho de 2017) voltou a mostrar expansão e, com isso, o acumulado nos últimos doze meses ficou praticamente estável, ao passar de 9,3% em maio para 9,2% em junho.

Resultados trimestrais

Em bases trimestrais, o comércio varejista (1,6% no segundo trimestre) manteve o comportamento positivo presente desde o segundo trimestre de 2017 (2,4%), mas perdeu ritmo frente ao primeiro trimestre de 2018 (4,3%), nas comparações contra igual período do ano anterior. A redução no crescimento teve perfil generalizado, atingindo sete das oito atividades, com destaque para Outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 10,9% no primeiro trimestre para 5,2% no segundo), enquanto Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (de 5,0% para 6,2%) foi o único que mostrou ganho de ritmo na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2018.

O comércio varejista ampliado também teve perda de ritmo na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2018 (de 6,9% para 4,7%), ambos comparados com o mesmo período do ano anterior. No setor de Veículos, motos, partes e peças, essa variação foi de 17,9% no primeiro para 15,1% no segundo trimestre de 2018. Por outro lado, Material de construção mostrou ganho de ritmo nas vendas entre os dois primeiros trimestres de 2018 (de 3,7% para 5,9%).

Resultados semestrais

No acumulado janeiro-junho de 2018, frente a igual período do ano anterior, o volume de vendas do comércio varejista registrou avanço (2,9%), acompanhado por quatro das oito atividades que mostram expansão nas vendas. Por ordem de contribuição para o resultado global: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,4%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,9%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,6%) e Móveis e eletrodomésticos (0,6%). Pressionando negativamente: Combustíveis e lubrificantes (-6,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-3,5%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-8,8%) e Equipamentos e material de escritório, informática e comunicação (-0,5%). O desempenho do comércio varejista ampliado no primeiro semestre de 2018 (5,8%) foi influenciado positivamente, principalmente, pela atividade de Veículos, motos, partes e peças (16,4%), a principal contribuição para a taxa acumulada do varejo ampliado, enquanto Material de construção registrou expansão de (4,8%).

Resultados regionais: recuo em 12 estados em junho

Na passagem de maio para junho de 2018, as vendas do comércio varejista tiveram recuo em 12 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Roraima (-3,1%), Pernambuco (-2,2%) e Amazonas (-1,8%). Pressionando positivamente, os destaques em termos de magnitude de vendas ficaram com Mato Grosso do Sul (2,8%) e Maranhão e Paraíba (ambos com 1,6%). Na mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação entre maio e junho foi de 2,5%, com avanço em 18 das 27 Unidades da Federação, com o maior ganho na Bahia (4,5%). Por outro lado, apresentaram recuo entre maio e junho: Roraima (-2,7%) e Amazonas (-2,2%), enquanto no Rio de Janeiro e em Pernambuco (ambos com 0,0%) as vendas permaneceram estáveis.

Frente a junho de 2017, o comércio varejista nacional avançou 1,5%, com 23 das 27 Unidades da Federação mostrando aumento de vendas. Em termos de magnitude, destaque para Acre (9,7%), Paraíba (8,8%) e Rio Grande do Norte (8,3%). A pressão negativa veio de quatro estados, com destaque para Distrito Federal (-5,9%). Na composição da taxa do varejo, destacaram-se: Rio Grande do Sul (5,5%), Santa Catarina (6,9%), seguido por Espírito Santo (8,3%).

Considerando o comércio varejista ampliado, no confronto com junho de 2017, a expansão foi de 3,7%, com 24 dos 27 estados apresentando variações positivas. Destaque para Rondônia (12,1%), Acre (9,8%) e Espírito Santo (8,5%). Por outro lado, Distrito Federal (-10,8%) apresentou a maior variação negativa. Na composição da taxa do varejo ampliado, destacaram-se São Paulo (5,6%), Rio Grande do Sul (5,9%) e Santa Catarina (7,3%).

No fechamento do primeiro semestre de 2018, frente a igual período de 2017, houve avanço de 2,9% no comércio varejista, com 21 das 27 Unidades da Federação mostrando crescimento nas vendas. Destaque, em termos de magnitude de taxa, para Rio Grande do Norte e Roraima (ambos com 9,9%) e Santa Catarina (9,5%). Com os maiores recuos nas vendas figuram Goiás (-2,6%) e Distrito Federal (-2,4%). Na passagem do segundo semestre de 2017 para o primeiro semestre de 2018, ambos contra iguais períodos do ano anterior, 17 dos 27 estados apresentaram recuo, com destaques para Mato Grosso (de 11,0% para 2,3%), Alagoas (de 8,1% para 0,8%) e Pernambuco (de 5,7% para -1,3%). Roraima aponta o maior avanço entre os dois períodos (de -6,5% para 9,9%).

Quanto ao varejo ampliado, o primeiro semestre de 2018 ficou em 5,8%, com avanço em 25 dos 27 estados, com destaque, em termos de magnitude de taxa, para Espírito Santo (15,0%), Rondônia (13,4%) e Santa Catarina (13,0%). Por outro lado, o maior recuo nas vendas em relação ao ano de 2017 foi observado no Distrito Federal (-3,0%). Na passagem do segundo semestre de 2017 para o primeiro semestre de 2018, também a maioria dos estados apresentaram redução de ritmo no volume de vendas, alcançando 18 das 27 Unidades Federativas, com destaques para Rio Grande do Sul (de 18,4% para 7,6%), Distrito Federal (de 4,7% para -3,0%) e Alagoas (de 9,6% para 2,7%), enquanto Roraima aponta o maior avanço entre os dois períodos (de 2,6 % para 12,1%).