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Capacidade de armazenagem agrícola fica em 167 milhões de toneladas no 2º semestre de 2017

12/06/2018 09h00 | Atualizado em 12/06/2018 17h27

O total de capacidade útil disponível no Brasil para armazenamento no segundo semestre de 2017, em estabelecimentos ativos na pesquisa, foi de 167,0 milhões toneladas, resultado 0,6% menor que o do primeiro semestre de 2017 (168,0 milhões de toneladas). O Mato Grosso obteve a maior capacidade de armazenagem, com 39,4 milhões de toneladas. O estoque de produtos agrícolas totalizou 31,5 milhões de toneladas nesse período, contra 24,6 toneladas no mesmo período de 2016. Entre os produtos agrícolas, o maior volume estocado era o do milho (13,8 milhões de toneladas), seguido pela soja (8,5 milhões), trigo (3,8 milhões), arroz (2,1 milhões) e café (971,3 mil toneladas).

Com 78,7 milhões de toneladas, silos predominam na rede armazenadora

Em termos de capacidade útil armazenável, os silos predominaram, alcançando 78,8 milhões de toneladas no segundo semestre de 2017, correspondendo a 47,2% da capacidade útil total. Em relação ao semestre anterior, os silos apresentaram queda de 0,5%. Em seguida, os armazéns graneleiros e granelizados, responsáveis por 37,8% da armazenagem nacional, atingiram 63,1 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, apresentando crescimento de 0,1%. Já os aos armazéns convencionais, estruturais e infláveis, somaram 25,1 milhões de toneladas, uma queda de 2,5% em relação ao primeiro semestre de 2017.

Estoques de milho, soja e arroz crescem

Em relação ao segundo semestre de 2016, os estoques de milho, soja e arroz apresentaram crescimento de 63,8%, 36,1% e 48,5%, respectivamente. Os estoques de milho representaram o maior volume (13,8 milhões de toneladas), seguidos pelos estoques de soja (8,5 milhões), trigo (3,8 milhões), arroz (2,1 milhões) e café (971,3 mil toneladas). Estes produtos corresponderam a 92,6% da massa de grãos estocada entre os produtos monitorados pela pesquisa.

O milho apresentou desempenho recorde em 2017, favorecido por fatores climáticos e pela ampliação da área colhida em 19,3%. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de dezembro de 2017, a produção de milho alcançou 99,6 milhões de toneladas, com alta de 55,2% sobre a safra de 2016, marcada por intempéries climáticas.

As boas condições climáticas também favoreceram a produção da soja. Segundo o LSPA de dezembro de 2017, a produção da oleaginosa alcançou 115,0 milhões de toneladas, aumento de 19,4% sobre 2016. O excedente produzido gerou um estoque nacional de 8,5 milhões de toneladas, 36,1% superior ao do segundo semestre de 2016.

Os estoques de arroz (em casca) tiveram um acréscimo de 48,5% em comparação com a data de referência de 2016. Em dezembro de 2017 a produção de arroz estava estimada em 12,5 milhões de toneladas, crescimento de 17,2% em relação ao ano passado. O resultado positivo é fruto das condições favoráveis à cultura nas principais regiões produtoras.

Já os estoques de trigo totalizaram 3,8 milhões de toneladas, valor 28,2% inferior ao obtido no 2° semestre de 2016. As condições climáticas no Sul do País não contribuíram para o desenvolvimento da safra de inverno. Segundo o LSPA, a safra obtida em 2017 forneceu 4,2 milhões de toneladas de trigo, 37,9% a menos do que o obtido em 2016.

A quantidade de café estocado diminuiu 23,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram armazenadas 971,3 mil toneladas do grão, sendo 858,1 mil toneladas do tipo arábica e 113,2 mil toneladas do tipo canephora.