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Em outubro, vendas no varejo recuam 0,9%

13/12/2017 09h00 | Atualizado em 09/03/2018 08h27

Em outubro de 2017, o comércio varejista nacional caiu (-0,9%) frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após acréscimo de 0,3% em setembro último. Com isso, a média móvel trimestral para o volume de vendas no varejo recuou de -0,1% (trimestre encerrado em setembro de 2017) para -0,4% (trimestre encerrado em outubro de 2017).

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total do comércio varejista cresceu 2,5% em outubro de 2017, sétima taxa positiva seguida, porém em menor magnitude que a registrada em setembro (6,2%). O volume de vendas acumulado no ano foi de 1,4% e o acumulado nos últimos 12 meses teve variação de 0,3% em outubro, registrando o primeiro resultado positivo desde abril de 2015 (0,2%).

O comércio varejista ampliado (inclui veículos, motos, partes e peças e de Material de construção) recuou (-1,4%) em relação a setembro de 2017, após crescer por quatro meses consecutivos, período em que o varejo ampliado acumulou ganho de 3,5%, na série com ajuste sazonal. Frente a outubro de 2016, o varejo ampliado avançou 7,5%, sexta taxa positiva consecutiva, e com isso acumulando de janeiro-outubro 3,2%. O acumulado nos últimos 12 meses teve a primeira alta (1,4%) desde agosto de 2014 (0,6%). Acesse a publicação completa aqui.

Período

Varejo

Varejo Ampliado

Volume de vendas

Receita nominal

Volume de vendas

Receita nominal

Outubro / Setembro*

-0,9

-0,5

-1,4

-1,4

Média móvel trimestral*

-0,4

0,1

-0,2

0,1

Outubro 2017 / Outubro 2016

2,5

1,0

7,5

5,4

Acumulado 2017

1,4

1,9

3,2

3,1

Acumulado 12 meses

0,3

2,1

1,4

2,5

Cinco das oito atividades pesquisadas recuam de setembro para outubro

O recuo no volume de vendas do comércio varejista (-0,9%) na passagem de setembro para outubro de 2017 mostrou predomínio de resultados negativos, que alcançaram cinco das oito atividades pesquisadas.

Os maiores recuos foram em: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,5%), Tecidos, vestuário e calçados (-2,7%) e Móveis e eletrodomésticos (-2,3%). Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação 0,3%, recua após sequência de seis taxas positivas, período que acumulou ganho de 5,3% e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,7%), após avanço de 3,3% em setembro.

Com avanço nas vendas frente a setembro de 2017, estão os seguintes setores: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,4%) e Combustíveis e lubrificantes e Livros, jornais, revistas e papelaria, ambos com aumento de 2,4%.

O comportamento de queda do comércio varejista ampliado (-1,4%) em relação a setembro de 2017 também foi observado nas vendas de Veículos, motos, partes e peças (-1,9%) e Material de construção (-1,0%).

Na comparação com outubro de 2016, o volume do varejo avançou 2,5%, com seis das oito atividades registrando aumento nas vendas. Móveis e eletrodomésticos (10,1%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,2%) exerceram, nessa ordem, as principais contribuições positivas para o resultado global.

BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Outubro 2017 
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO 
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) 
AGO SET OUT AGO SET OUT NO ANO 12 MESES 
COMÉRCIO VAREJISTA (2) -0,5 0,3 -0,9 3,6 6,2 2,5 1,4 0,3 
1 - Combustíveis e lubrificantes -3,2 -0,7 2,4 -2,9 -4,1 -0,9 -3,0 -3,6 
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 0,3 1,0 -0,3 1,7 5,8 1,5 0,5 0,0 
       2.1 - Super e hipermercados 0,2 0,9 0,0 1,4 6,0 2,2 0,8 0,1 
3 - Tecidos, vest. e calçados -3,3 0,7 -2,7 9,4 12,5 4,7 7,6 3,3 
4 - Móveis e eletrodomésticos 1,1 -1,2 -2,3 16,5 16,6 10,1 9,0 5,2 
4.1 - Móveis - - - 11,4 10,5 8,3 -4,6 -5,3 
4.2 - Eletrodomésticos - - - 18,0 18,3 10,0 9,6 5,6 
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -1,1 3,3 -0,7 4,3 7,0 6,2 1,4 0,3 
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -3,3 -3,8 2,4 -4,4 -6,5 -2,8 -3,6 -5,3 
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -9,9 2,1 3,4 -2,7 -3,0 5,2 -0,6 -1,4 
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -0,3 2,6 -3,5 6,4 10,7 2,7 1,8 0,7 
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 0,2 0,7 -1,4 7,7 9,2 7,5 3,2 1,4 
9 - Veículos e motos, partes e peças 3,0 -0,4 -1,9 14,1 10,7 13,6 1,7 -0,8 
10- Material de construção 2,1 0,5 -1,0 13,0 15,5 18,6 8,6 6,6 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.       
(1) Séries com ajuste sazonal.
(2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,2%), Tecidos, vestuário e calçados (4,7%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,7%) também pressionaram positivamente o resultado global. Combustíveis e lubrificantes (-0,9%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,8%) permaneceram influenciando negativamente.

O segmento de Móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 10,1 % no volume de vendas em relação a outubro do ano passado, foi responsável pelo maior impacto positivo na no total do varejo de outubro de 2017. Em termos acumulados, os avanços foram de 9,0% de janeiro-outubro e de 5,2 % nos últimos 12 meses. A redução da taxa de juros no crédito à pessoa física, além do impacto positivo da melhora observada no mercado de trabalho influenciaram o comportamento positivo deste setor.

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com avanço de 1,5% frente a outubro de 2016, exerceu o segundo maior impacto positivo. O desempenho desta atividade vem sendo beneficiado pelo crescimento da massa de rendimento real habitualmente recebida e pela deflação do preço dos alimentos em domicílio. A taxa acumulada no ano ficou em 0,5% e o acumulado em 12 meses, com variação nula, interrompeu 30 meses seguidos de taxas negativas.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com aumento de 6,2%, foi a terceira maior contribuição na taxa global do varejo. No acumulado janeiro-outubro a taxa foi de 1,4%, enquanto o indicador acumulado nos últimos 12 meses, com variação de 0,3%, interrompeu 14 meses de taxas negativas.

BRASIL - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA, POR ATIVIDADES: PMC - Outubro 2017   (Indicadores de volume de vendas) 
Atividades COMÉRCIO VAREJISTA  COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO 
Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.) Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.)  
Taxa Global 2,5 2,5 7,5 7,5 
1 - Combustíveis e lubrificantes -0,9 -0,2 -0,9 0,0 
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 1,5 0,8 1,5 0,7 
3 - Tecidos, vest. e calçados 4,7 0,3 4,7 0,4 
4 - Móveis e eletrodomésticos 10,1 0,9 10,1 0,8 
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 6,2 0,5 6,2 0,5 
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -2,8 -0,1 -2,8 0,0 
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação 5,2 0,0 5,2 0,2 
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 2,7 0,3 2,7 0,4 
9 - Veículos e motos, partes e peças      13,6 2,8 
10- Material de construção 18,6 1,7 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.    
Nota: A composição da taxa mensal corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global. 

A atividade Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos, etc., com aumento de 2,7% em relação a outubro de 2016, exerceu a quarta maior contribuição positiva. O acumulado de janeiro a outubro foi de 1,8% e acumulado nos últimos 12 meses (0,7%) voltou a mostrar resultado positivo, após 22 meses de variações negativas seguidas.

O setor de Tecidos, vestuário e calçados, com variação de 4,7% em relação a outubro do ano passado, foi também a quarta maior contribuição na composição da taxa geral do varejo. O acumulado no ano foi de 7,6% e nos últimos 12 meses, 3,3%. Com o aumento da massa de salário real e os preços de vestuário abaixo da média geral de preços, o desempenho da atividade permanece acima da média geral do varejo.

O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação avançou 5,2% sobre igual mês do ano anterior. As taxas acumuladas ficaram em -0,6% no ano e -1,4% nos últimos 12 meses.

Combustíveis e lubrificantes, com recuo de -0,9% no volume de vendas em relação a outubro de 2016, exerceu maior contribuição negativa no total do varejo. Em termos acumulados, as taxas da atividade foram de -3,0% para os dez primeiros meses do ano e de -3,6% para os últimos 12 meses. A elevação dos preços de combustíveis acima da variação média de preços, é fator relevante que vem influenciando negativamente o desempenho do setor.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou variação no volume de vendas de -2,8% sobre outubro de 2016, com taxas acumuladas de -3,6% nos dez primeiros meses do ano e de -5,3% nos últimos 12 meses. A trajetória de recuo desta atividade vem sendo influenciada pela perda gradual de espaço do impresso para o eletrônico, além do impacto da elevação dos preços acima da inflação.

Com avanço de 7,5% frente a outubro de 2016, o comércio varejista ampliado registrou a sexta taxa positiva, acumulando de janeiro a outubro aumento de 3,2% nas vendas. Já a taxa acumulada nos últimos 12 meses ficou em 1,4%. Esse desempenho refletiu, sobretudo, o comportamento das vendas de Veículos, motos, partes e peças, que apresentaram avanço de 13,6% sobre outubro de 2016, exercendo a principal contribuição para o resultado geral do varejo ampliado e acumulando variação de 1,7% de janeiro a outubro e -0,8% nos últimos 12 meses. A segunda maior contribuição veio do segmento de Material de construção, com variação de 18,6% em relação a outubro de 2016. Em termos acumulados, as taxas ficaram em 8,6% nos dez primeiros meses e 6,6% nos últimos 12 meses.

Entre setembro e outubro, vendas caem em 22 das 27 unidades da federação

De setembro para outubro de 2017, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista registrou recuo em 22 das 27 Unidades da Federação, Roraima (-5,2%), Alagoas (-4,5%) e Mato Grosso (-3,3%) registraram as menores taxas em termos de magnitude. Já Minas Gerais (2,1%) se destacou entre os estados que registraram variações positivas.

Em comparação a outubro de 2016, os resultados das vendas no varejo foram positivos em todas as 27 Unidades da Federação, com destaque, em termos de magnitude, para Rondônia (14,4%), Santa Catarina (13,7%) e Mato Grosso do Sul (11,9%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo, destacaram-se, por ordem de influência: Santa Catarina (13,7%) e Rio Grande do Sul (9,6%).

No comércio varejista ampliado, todas as 27 Unidades da Federação também apresentaram variações positivas na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque, em termos de volume de vendas, para Tocantins (26,0%); Amazonas (18,8%); e Mato Grosso (17,9%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo ampliado, destacaram-se São Paulo (6,6%) e Rio Grande do Sul (17,8%).