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PNAD Contínua 2016: 10% da população com maiores rendimentos concentra quase metade da renda

29/11/2017 10h00 | Atualizado em 01/12/2017 14h41

A massa do rendimento mensal real domiciliar per capita foi de R$ 255,1 bilhões. Os 10% com menores rendimentos da população detinham 0,8% dessa massa, enquanto os 10% com maiores rendimentos possuíam 43,4%.

Entre os 205,5 milhões de pessoas residentes no país, 60,5% (124,4 milhões) possuíam algum tipo de rendimento. Desses, 42,4% (87,1 milhões) tinham rendimentos do trabalho e 24,0% (49,3 milhões) recebiam rendimentos
de outras fontes.

Já o rendimento médio mensal de todas as fontes, que agrega a renda oriunda de todos os trabalhos e de outras fontes da população, foi de R$ 2.053. O Sudeste apresentou os maiores valores (R$ 2.461), enquanto os menores foram no Norte
(R$ 1.468) e no Nordeste (R$ 1.352).

O 1% dos trabalhadores com os maiores rendimentos recebia R$ 27.085, em média, ou 36,3 vezes mais do que a metade com os menores rendimentos de trabalho
(R$ 747).

Do rendimento médio mensal domiciliar per capita, 74,8% provêm do trabalho e 25,2% vêm de outras fontes: aposentadoria e pensão (18,7%); outros rendimentos (3,2%); aluguel e arrendamento (2,2%); e pensão alimentícia, doação e mesada de não morador (1,1%).

O índice de Gini, que varia de zero (perfeita igualdade) até um (desigualdade máxima), do rendimento mensal real domiciliar per capita foi de 0,549. Entre as grandes regiões, o menor índice foi no Sul (0,473) e o maior, no Nordeste (0,555).

As informações são do módulo sobre Rendimento de todas as fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016.

Sudeste concentra mais da metade da massa salarial do país

A massa de rendimento efetivo mensal de todos os trabalhos das pessoas ocupadas era
R$ 191,0 bilhões, com um rendimento médio de R$ 2.149. O Sudeste concentrou 53,0% da massa total, seguido pelo Sul (17,0%), Nordeste (15,6%), Centro-Oeste (8,9%) e Norte (5,5%).

O rendimento médio mensal real foi de R$ 2.149, com os maiores valores no Sudeste (R$ 2.536), Centro-Oeste (R$ 2.432) e Sul (R$ 2.300), e os menores no Norte (R$ 1.567) e Nordeste (R$ 1.427).

Sul tem o maior rendimento médio entre os 50% com menor renda

Entre a população ocupada, considerando-se o rendimento efetivo do trabalho, o 1% dos trabalhadores com os maiores rendimentos recebe, em média, R$ 27.085, o que é 36,3 vezes mais do que recebe a metade com os menores rendimentos: R$ 747.

Na comparação regional entre os rendimentos médios dessa metade menos remunerada dos trabalhadores, o Sul mostrou a maior média (R$ 949), que equivalia a quase o dobro das médias do Nordeste (R$ 485) e do Norte (R$ 560).

Nordeste é a região com maior desigualdade nos rendimentos

O índice de Gini, que varia de zero (perfeita igualdade) até um (desigualdade máxima), do rendimento mensal real domiciliar per capita foi de 0,549. Entre as grandes regiões, o índice foi de 0,473 no Sul; 0,523 no Centro-Oeste; 0,535 no Sudeste; 0,539 no Norte; e 0,555 no Nordeste.

Ao considerar o rendimento mensal real de todos os trabalhos, entre a população ocupada de 14 anos ou mais, o índice de Gini foi de 0,525. A região mais desigual é o Nordeste (0,545), em contraste com o Sul (0,465), o Centro-Oeste (0,493), o Norte (0,517) e o Sudeste (0,520).

O rendimento médio real domiciliar per capita foi de R$ 1.242. O Norte e o Nordeste apresentaram os menores valores (R$ 772) e o Sudeste o maior (R$ 1.537).

Cerca de 50 milhões de pessoas têm rendimentos de fontes diferentes do trabalho

Do total da população (205,5 milhões de pessoas), 60,5% (124,4 milhões de pessoas) possuíam algum tipo de rendimento. Desses, 42,4% (87,1 milhões de pessoas) tinham rendimentos do trabalho e 24,0% (49,3 milhões) recebiam rendimentos de outras fontes, que contemplam aposentadoria e pensão (13,9%); outros rendimentos (7,7%); pensão alimentícia, doação e mesada de não morador (2,4%); e aluguel e arrendamento (1,8%).

Percentual de pessoas com rendimento, na população residente - 2016
 

O Nordeste possui o maior desequilíbrio/hiato entre os rendimentos provenientes de todos os trabalhos e os de outras fontes (aposentadoria e pensão; outros rendimentos; aluguel e arrendamento; e pensão alimentícia, doação e mesada de não morador). Nessa região, 27,6% da população residente depende de outras fontes, o maior índice entre as regiões, enquanto apenas 35,7% possuem rendimento de todos os trabalhos, o menor percentual entre as regiões.

Aposentadoria e pensão tiveram os maiores percentuais entre as grandes regiões. O destaque foi o Sul (17,3%), que também possui a população mais idosa do país, seguido pelo Sudeste (15,0%), Nordeste (13,1%), Centro-Oeste (10,8%) e Norte (8,0%).

Nordeste tem o menor rendimento médio mensal de todas as fontes

O rendimento médio mensal de todas as fontes, que agrega a renda oriunda de todos os trabalhos e de outras fontes da população, foi de R$ 2.053. Os maiores valores foram no Sudeste (R$ 2.461), seguido pelo Centro-Oeste (R$ 2.292), Sul (R$ 2.249), Norte (R$ 1.468) e Nordeste (R$ 1.352).

O rendimento médio real de todos os trabalhos atingiu R$ 2.193. Nordeste (R$ 1.473) e Norte (R$ 1.615) tiveram os menores valores, enquanto o maior foi no Sudeste (R$ 2.573).

O rendimento médio mensal de outras fontes foi de R$ 1.305, sendo que o menor valor ocorreu no Norte (R$ 821), e o maior no Sudeste (R$ 1.622). Os outros rendimentos (seguro desemprego, programas de transferência de renda, rendimentos de poupança etc.) foram, em média, R$ 516, sendo o maior valor no Sudeste (R$ 784) e o menor no Nordeste (R$ 347).

Rendimento médio mensal real da população residente, com rendimento, efetivamente recebido no mês de referência, a preços médios do último ano, por Grandes Regiões, segundo o tipo de rendimento - 2016.
Tipo de Rendimento Brasil Grandes Regiões
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Todas as fontes¹ 2 053 1 468 1 352 2 461 2 249 2 292
Todos os trabalhos¹ 2 193 1 615 1 473 2 573 2 345 2 368
Outras fontes 1 305 821 892 1 622 1 481 1 528
Aposentadoria e pensão 1 670 1 334 1 371 1 834 1 653 2 064
Aluguel e arrendamento 1 521 1 012 1 140 1 694 1 618 1 507
Pensão alimentícia, doação e mesada de não morador 576 491 375 717 624 623
Outros rendimentos 516 380 347 784 640 573

Considerando-se o rendimento médio mensal domiciliar per capita, 74,8% vêm do trabalho e 25,2% de outras fontes. Essas outras fontes abrangem: aposentadoria e pensão (18,7%); outros rendimentos (3,2%); aluguel e arrendamento (2,2%); e pensão alimentícia, doação e mesada de não morador (1,1%).

A massa do rendimento mensal real domiciliar per capita foi de R$ 255,1 bilhões. Os 10% da população com menores rendimentos detinham 0,8% dessa massa, enquanto os 10% com maiores rendimentos concentravam 43,4% do total. O Sudeste, com R$ 132,7 bilhões, apresentou a maior massa de rendimento, superior inclusive à soma das demais regiões: Nordeste (R$ 43,8 bilhões), Sul (R$ 43,5 bilhões), Centro-Oeste (R$ 21,8 bilhões) e
Norte (R$ 13,4 bilhões).

Rendimento das mulheres é 22,9% menor que o dos homens

Em 2016, o mercado de trabalho brasileiro era composto por 88,9 milhões de pessoas ocupadas com rendimento com 14 anos ou mais de idade. Apesar de as mulheres representarem mais da metade da população em idade de trabalhar, os homens preencheram 57,5% dos postos de trabalho.

Entre a população ocupada, o rendimento médio mensal real foi de R$ 2.149. As mulheres receberam, em média, R$ 1.836, o equivalente a 22,9% menos do que os homens (R$ 2.380). O Sudeste teve a maior média de rendimento para homens (R$ 2.897) e mulheres (R$ 2.078), porém teve a maior desigualdade, com as mulheres ganhando 28,3% menos do que os homens. O Norte (R$ 1.567) e o Nordeste (R$ 1.427), que têm os menores rendimentos médios, tiveram a menor desigualdade salarial, com as mulheres ganhando, respectivamente, 10,8% e 11,6%, menos do que os homens.

Rendimento médio mensal real, efetivamente recebido no mês de referência,
de todos os 
trabalhos, a preços médios de 2016, segundo o sexo - 2016
 

Pretos e pardos recebem, em média, rendimentos abaixo da média nacional

Entre a população ocupada, os brancos representavam 46,6%, enquanto os pretos, 9,0%, e os pardos, 43,4%. O rendimento médio de todos os trabalhos das pessoas brancas (R$ 2.810) foi aproximadamente 45% maior do que o das pessoas pretas (R$ 1.547) e pardas (R$ 1.524).

Os brancos apresentaram rendimentos 30,8% superiores à média nacional (R$ 2.149), enquanto pretos e pardos receberam rendimentos, respectivamente, 28,0% e 29,1%, inferiores.

Trabalhadores com ensino superior ganham três vezes mais do que aqueles com apenas o ensino médio

Considerando-se a escolaridade da população ocupada, os trabalhadores com ensino superior completo tinham rendimento médio mensal de R$ 5.189, cerca de três vezes mais do que aqueles com somente o ensino médio completo (R$ 1.716), e cerca de seis vezes acima daqueles sem instrução (R$ 884).

O rendimento médio dos trabalhadores sem instrução (R$ 884) era 36,67% menor que o daqueles com ensino fundamental completo (R$ 1.395).