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Em setembro, vendas no varejo crescem 0,5%

14/11/2017 09h00 | Atualizado em 14/11/2017 12h15

Em setembro de 2017, o comércio varejista nacional mostrou acréscimo de 0,5% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências, compensando o recuo de 0,4% em agosto último, quando interrompeu quatro meses consecutivos de expansão, período em que as vendas acumularam ganho de 2,3%. A receita nominal cresceu 1,1%. Com isso, a média móvel trimestral para o volume de vendas no varejo ficou estável (0,1%) no trimestre encerrado em setembro de 2017.

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total do comércio varejista apontou crescimento de 6,4% em setembro de 2017, acelerando o ritmo em relação a agosto (3,6%). Assim, os índices do varejo foram positivos tanto para o fechamento do 3ºTri de 2017 (4,3%), como para o acumulado janeiro-setembro (1,3%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 0,6% em setembro de 2017, prosseguiu em trajetória de recuperação, iniciada em outubro de 2016 (-6,8%). Nessa comparação, a receita cresceu 4,5%.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, as vendas registraram variação de 1,0% em relação a agosto de 2017, mantendo trajetória de crescimento pelo quarto mês consecutivo, período que acumulou ganho de 4,0% na série com ajuste sazonal. Na comparação com setembro de 2016, o varejo ampliado registrou avanço de 9,3%, quinta taxa positiva consecutiva nessa comparação. No que tange às taxas acumuladas, os resultados foram: 2,7% no acumulado do ano e de -0,1% nos últimos 12 meses. Acesse a publicação completa aqui.

Período Varejo Varejo ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Setembro/ Agosto* 0,5% 1,1% 1,0% 1,3%
Média móvel trimestral* 0,1% 0,4% 0,5% 0,6%
Setembro 2017 / Setembro 2016 6,4% 4,5% 9,3% 7,0%
Acumulado em 2017 1,3% 2,0% 2,7% 2,8%
Acumulado em 12 meses -0,6% 2,2% -0,1% 1,8%
*ajuste sazonal

Cinco das oito atividades pesquisadas apresentaram crescimento

Frente a agosto de 2017, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas no comércio varejista mostrou variação de 0,5%, com predomínio de resultados positivos que alcançam cinco das oito atividades pesquisadas. Dentre essas, o avanço de 1,0% nas vendas do setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, seguido por Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,3%) e de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,9%) exerceram as principais influências no resultado global do varejo no mês de setembro de 2017. Ainda com variações positivas, figuram Tecidos, vestuário e calçados (0,2%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,9%). Por outro lado, sinalizando queda nas vendas na comparação com agosto de 2017, encontram-se Combustíveis e lubrificantes (-0,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-3,4%), ambos registrando o terceiro recuo seguido. Ainda nessa comparação, as vendas de Móveis e eletrodomésticos, com decréscimo de 0,7%, interromperam sequência de quatro taxas positivas, período que o segmento acumulou ganho de 6,1%. Considerando o comércio varejista ampliado, as vendas avançam 1,0% em relação a agosto, na série com ajuste sazonal, também influenciada pelo avanço de 0,5% em Material de construção, enquanto as vendas de Veículos, motos, partes e peças registraram recuo de 0,4%, após crescimento de 3,0% no mês anterior. 

BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Setembro 2017
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
JUL AGO SET JUL AGO SET NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) 0,1 -0,4 0,5 3,1 3,6 6,4 1,3 -0,6
1 - Combustíveis e lubrificantes -2,1 -2,9 -0,7 -0,9 -2,9 -4,1 -3,2 -4,4
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo 0,7 0,1 1,0 0,3 1,7 6,0 0,4 -0,7
   2.1 - Super e hipermercados 0,2 0,1 1,3 0,2 1,4 6,3 0,6 -0,6
3 - Tecidos, vest. e calçados 0,0 -3,2 0,2 15,0 9,4 11,7 7,8 1,8
4 - Móveis e eletrodomésticos 0,4 1,3 -0,7 12,9 16,5 16,6 8,8 3,1
   4.1 - Móveis - - - 6,1 11,4 10,4 -5,9 -7,2
   4.2 - Eletrodomésticos - - - 15,1 18,0 18,5 9,6 3,6
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -0,1 -1,0 4,3 2,2 4,3 8,3 1,0 -0,6
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -0,3 -3,4 -3,4 0,2 -4,4 -6,4 -3,6 -6,4
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação 3,6 -9,0 0,9 11,3 -2,7 -3,0 -1,1 -2,3
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 0,1 -0,1 2,9 4,1 6,4 10,8 1,8 -0,2
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 0,1 0,3 1,0 5,6 7,7 9,3 2,7 -0,1
9 - Veículos e motos, partes e peças -0,5 3,0 -0,4 6,2 14,1 10,8 0,5 -3,1
10- Material de construção 1,0 2,0 0,5 11,0 13,0 15,5 7,5 3,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal.
(2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Na comparação com setembro de 2016, o volume do varejo ao registrar 6,4% alcançou a taxa mais elevada desde abril de 2014 (6,7%). Cinco das oito atividades registrando variações positivas nas vendas, com destaque, por ordem de contribuição, para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,0%) e Móveis e eletrodomésticos (16,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,8%), Tecidos, vestuário e calçados (11,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,3%). Pressionando negativamente, encontram-se, Combustíveis e lubrificantes (-4,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-6,4%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,0%).

BRASIL - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA, POR ATIVIDADES: PMC - Setembro 2017(Indicadores de volume de vendas)
Atividades COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.) Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.)
Taxa Global 6,4 6,4 9,3 9,3
1 - Combustíveis e lubrificantes -4,1 -0,5 -4,1 -0,3
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo 6,0 2,9 6,0 2,3
3 - Tecidos, vest. e calçados 11,7 0,9 11,7 0,7
4 - Móveis e eletrodomésticos 16,6 1,4 16,6 1,1
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 8,3 0,7 8,3 0,6
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -6,4 -0,1 -6,4 0,0
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação -3,0 -0,1 -3,0 0,0
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 10,8 1,2 10,8 0,9
9 - Veículos e motos, partes e peças     10,8 2,5
10- Material de construção     15,5 1,5
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Nota:
A composição da taxa mensal corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global.

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com avanço de 6,0% frente a setembro de 2016, exerceu o maior impacto positivo na formação da taxa global do varejo (Tabela 3) e registrou a taxa mais elevada desde abril de 2014. O desempenho desta atividade foi beneficiado por fatores, tais como, o crescimento da massa de rendimento real habitualmente recebida e a deflação do preço dos alimentos. Observou-se, também, impacto decorrente da captação de receitas de empresas que ampliaram pontos de venda nessa atividade. Com isso, taxa acumulada no ano (0,4%) assinalou o primeiro resultado positivo, fato não observado desde junho de 2015 (0,2%). O indicador acumulado em 12 meses mostrou queda de 0,7%.

O segmento de Móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 16,6% no volume de vendas em relação a setembro do ano passado, foi responsável pelo segundo maior impacto na formação da taxa total do comércio varejista de setembro de 2017. Em termos acumulados, os avanços foram de 8,8% de janeiro-setembro e de 3,1% nos últimos 12 meses. O comportamento positivo deste setor vem sendo decorrente de fatores, tais como, a redução da taxa de juros no crédito às pessoas físicas, além do impacto positivo da melhora observada no mercado de trabalho.

A atividade Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos, etc., com aumento o de 10,8% no volume de vendas em relação a setembro de 2016, exerceu a terceira maior contribuição positiva na taxa global. No que se refere aos indicadores acumulados, as variações ficaram em 1,8% no ano e de -0,2% nos últimos 12 meses.

O setor de Tecidos, vestuário e calçados, com variação de 11,7% em relação a setembro do ano passado, foi a quarta maior contribuição na composição da taxa geral do varejo. Os resultados para os indicadores acumulados foram: 7,8% no ano e 1,8% nos últimos 12 meses. Com o aumento já citado da massa real e os preços de vestuário situando-se abaixo da média geral de preços, o desempenho da atividade permanece acima da média geral do varejo, além da influência da base baixa de comparação.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com aumento de 8,3%, foi a terceira maior contribuição na taxa global do varejo. Nos acumulados dos primeiros nove meses do ano e dos últimos 12 meses, as variações foram de 1,0% e -0,6%, respectivamente.

Combustíveis e lubrificantes, com recuo de 4,1% no volume de vendas em relação a setembro de 2016, foi maior contribuição negativa no resultado total do varejo. Em termos acumulados, as taxas da atividade foram de -3,2% para os nove primeiros meses do ano e de -4,4% em 12 meses.   A elevação dos preços de combustíveis acima da variação média de preços é um fator relevante que vem influenciando negativamente o desempenho do setor.

O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação recuou 3,0% sobre igual mês do ano anterior, contribuiu negativamente no resultado global. As taxas acumuladas ficaram em -1,1% no ano e -2,3% nos últimos 12 meses.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou variação no volume de vendas de -6,4% sobre setembro de 2016, com taxas acumuladas de -3,6% nos nove meses do ano e de -6,4% nos últimos 12 meses. A trajetória declinante desta atividade vem sendo influenciada pela perda gradual de espaço do formato impresso vis-à-vis o formato eletrônico, além do impacto da elevação dos preços acima da inflação.

Com avanço de 9,3% frente a setembro de 2016, o comércio varejista ampliado registrou a taxa positiva mais elevada desde outubro de 2012, acumulando de janeiro a setembro 2,7% de aumento nas vendas. Já a taxa acumulada nos últimos 12 meses mostrou-se praticamente estável (-0,1%). O desempenho do segmento refletiu, sobretudo, o comportamento das vendas de Veículos, motos, partes e peças, que apresentou avanço de 10,8% sobre setembro de 2016, exercendo a principal contribuição para o resultado geral do varejo ampliado e acumulando variação de 0,5% de janeiro a setembro e -3,1% nos últimos 12 meses. Quanto ao segmento de Material de construção, a variação para o volume de vendas foi de 15,5% em relação a setembro de 2016. Em termos acumulados, as taxas ficaram em 7,5% nos nove primeiros meses e 3,7% nos últimos 12 meses.

Vendas no varejo crescem 4,3% no 3º trimestre

As vendas nacionais, ao avançarem 4,3% no 3º trimestre de 2017, aceleraram o ritmo de crescimento em relação ao 2º trimestre do ano e apontaram a taxa positiva mais elevada desde primeiro trimestre de 2014 (4,5%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. O aumento no ritmo das vendas do varejo na passagem do 2º trimestre para o 3º trimestre de 2017 foi observado em cinco das oito atividades investigadas, com destaque para Móveis e eletrodomésticos (de 8,8% no 2ºTri para 15,3% no 3ºTri), Tecidos, vestuário e calçados (de 6,5% para 12,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,1% para 4,9%), influenciado, em grande parte, pela base deprimida de comparação, além do impacto da recomposição da massa real circulante.

O comércio varejista ampliado também mostrou avanço no ritmo das vendas na passagem 2ºTri (2,9%) para o 3ºTri de 2017 (7,5%), ambos comparados com o mesmo trimestre do ano anterior. As atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção mostraram mesmo movimento, porém mais intenso: de -0,9% no 2º trimestre para 10,4% no 3º trimestre e de 5,0% para 13,2%, respectivamente.

Volume de vendas do comércio varejista e ampliado indicador trimestral - 2017
Indicador Timestral - 2017
(base: igual trimestre do ano anterior)
Atividades 2017
1º Tri 2º Tri 3º Tri
COMÉRCIO VAREJISTA -2,7 2,4 4,3
Combustíveis e lubrificantes -5,5 -1,5 -2,7
Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo -2,5 1,3 2,6
Tecidos, vest. e calçados 4,7 6,5 12,1
Móveis e eletrodomésticos 3,0 8,8 15,3
Artigos farmacêuticos, med., ortop. e de perfumaria -2,9 1,1 4,9
Livros, jornais, rev. e papelaria -5,1 -1,2 -3,5
Equip. e mat. para escritório informática e comunicação -11,2 7,6 1,6
Outros arts. de uso pessoal e doméstico -5,3 3,6 7,1
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO -2,2 2,9 7,5
Veículos e motos, partes e peças -7,7 -0,9 10,4
Material de construção 4,3 5,0 13,2

Vendas do comércio crescem em 18 das 27 Unidades da Federação

Na passagem de agosto para setembro de 2017, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista registrou avanço em 18 das 27 Unidades da Federação, com Paraíba (3,5%), Amazonas (3,3%), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (ambos com 3,1%) registrando as taxas mais elevadas em termos de magnitude. Por outro lado, entre os estados que registraram variações negativas frente a agosto, destaca-se Minas Gerais (-2,0%). Piauí manteve as vendas estáveis frente a agosto.

Em comparação com setembro de 2016, os resultados foram positivos em 23 das 27 Unidades da Federação, com destaques para Mato Grosso (18,1%), Acre (17,3%) e Rondônia (16,7%). As maiores quedas, em termos de magnitude, foram observadas em Goiás (-7,2%); Roraima (-4,5%) e Distrito Federal (-3,1%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo, destacaram-se, pela ordem: São Paulo (6,9%), Rio Grande do Sul (12,9%), Paraná (10,4%) e Santa Catarina (15,1%).

Quanto ao comércio varejista ampliado, 25 das 27 Unidades da Federação apresentaram variações positivas na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque, em termos de volume de vendas, para Tocantins (24,4%); Amazonas (20,8%); e Rio Grande do Sul (20,4%). Em termos de taxas negativas, aparecem Goiás (-8,4%) e Rondônia (-4,0%).