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Em agosto, produção industrial cai 0,8%

03/10/2017 09h00 | Atualizado em 03/10/2017 12h32

Em agosto de 2017, a produção industrial nacional mostrou redução de 0,8% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. Esse resultado interrompe quatro meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 3,3%.

Agosto 2017/Julho 2017 -0,8%
Agosto 2017/Agosto 2016 4,0%
Acumulado em 2017 1,5%
Acumulado 12 meses -0,1%
Média móvel trimestral 0,0%

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou crescimento de 4,0% em agosto de 2017, após também registrar taxas positivas em maio (4,5%), junho (0,9%) e julho (2,9%). No índice acumulado em 2017, o setor industrial assinalou acréscimo de 1,5%. A taxa acumulada nos últimos doze meses teve variação negativa de 0,1% em agosto de 2017, prosseguindo com a redução no ritmo de queda iniciada em junho de 2016 (-9,7%). A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Agosto de 2017
Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Agosto 2017 /Julho 2017* Agosto 2017 /Agosto 2016 Acumulado Janeiro-Agosto Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital 0,5 9,1 4,4 3,1
Bens Intermediários -1,0 2,0 0,7 -0,6
Bens de Consumo 0,3 6,4 2,1 -0,2
Duráveis 4,1 18,5 11,1 6,7
Semiduráveis e não Duráveis -0,6 3,5 0,0 -1,7
Indústria Geral -0,8 4,0 1,5 -0,1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal

De julho para agosto, oito dos 24 ramos pesquisados apresentaram queda

A queda da atividade industrial na passagem de julho para agosto de 2017 alcançou duas das quatro grandes categorias econômicas e em 8 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, a principal influência negativa foi registrada por produtos alimentícios (-5,5%), interrompendo três meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 9,3%. Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram de máquinas e equipamentos (-3,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,6%) e de indústrias extrativas (-1,1%). Com exceção da última atividade, que recuou pelo segundo mês consecutivo e acumulou perda de 2,4% nesse período, as demais apontaram taxas positivas em julho último: 0,3% e 1,8%, respectivamente.

Entre os dezesseis ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior relevância foram veículos automotores, reboques e carrocerias (6,2%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (5,5%). O primeiro eliminou a queda de 3,7% acumulada nos meses de junho e julho, e o segundo voltou a crescer após recuar 1,5% no mês anterior. Outros impactos positivos importantes foram observados nos setores de metalurgia (1,9%), de produtos do fumo (15,2%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,1%). O primeiro reverteu o decréscimo de 1,5% registrado no mês anterior; o segundo eliminou a queda de 8,6% acumulada nos meses de junho e julho; e o último assinalou a segunda taxa positiva consecutiva, somando nesse período ganho de 6,7%.

Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários (-1,0%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-0,6%) apontaram as taxas negativas em agosto de 2017. O primeiro interrompeu quatro meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 3,6%; e o segundo voltou a recuar após mostrar ganho de 3,2% entre os meses de maio e julho. Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis (4,1%) assinalou a expansão mais acentuada em agosto de 2017 e intensificou o crescimento de 2,9% verificado no mês anterior. O setor produtor de bens de capital (0,5%) também registrou resultado positivo em agosto e apontou o quinto mês seguido de crescimento na produção, com ganho acumulado de 10,2%.

Média móvel trimestral apresentou variação nula

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação nula (0,0%) no trimestre encerrado em agosto de 2017 frente ao nível do mês anterior, após acumular expansão de 1,8% em três meses consecutivos de taxas positivas. Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (1,2%) assinalou o avanço mais elevado nesse mês e permaneceu com o comportamento positivo iniciado em março de 2017. Os segmentos de bens de consumo duráveis (0,5%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,4%) também registraram resultados positivos em agosto de 2017, com o primeiro assinalando a quinta expansão consecutiva e acumulando nesse período ganho de 4,7%; e o segundo permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em maio de 2017. O setor produtor de bens intermediários (0,0%) também apontou variação nula em agosto de 2017, após dois meses seguidos de taxas positivas: 0,9% em junho e 0,5% em julho.

Indústria cresceu 4,0% em relação a agosto de 2016

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 4,0% em agosto de 2017, com resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 26 ramos, 54 dos 79 grupos e 55,7% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (28,2%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria. Outras contribuições positivas relevantes vieram de produtos alimentícios (4,7%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (22,1%), de indústrias extrativas (2,6%), de produtos do fumo (63,0%), de produtos de borracha e de material plástico (4,9%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (11,0%), de produtos diversos (14,2%) e de móveis (12,0%).

Entre as seis atividades que apontaram redução na produção, as principais influências no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,7%), outros equipamentos de transporte (-14,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,8%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,8%).

Bens de consumo duráveis (18,5%) e bens de capital (9,1%) assinalaram os avanços mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Bens de consumo semi e não-duráveis (3,5%) e bens intermediários (2,0%) também mostraram taxas positivas.

O segmento de bens de consumo duráveis (18,5%) apresentou a décima taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde maio último (20,8%). Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis (33,3%). Vale citar também as expansões assinaladas pelos grupamentos de eletrodomésticos da “linha marrom” (15,1%) e de móveis (6,5%), enquanto a produção de eletrodomésticos da “linha branca” (0,0%) repetiu o patamar registrado em igual mês do ano anterior. Por outro lado, motocicletas (-13,1%) e outros eletrodomésticos (-4,9%) apontaram os impactos negativos mais importantes.

Bens de capital (9,1%) mostrou o quarto resultado positivo consecutivo e o mais elevado desde dezembro do ano passado (16,7%). O segmento foi influenciado, em grande parte, pelo avanço observado no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (19,8%). As demais taxas positivas foram registradas por bens de capital para uso misto (30,4%) e para construção (58,0%). Por outro lado, os impactos negativos foram assinalados pelos grupamentos de bens de capital para fins industriais (-3,8%), agrícola (-8,7%) e para energia elétrica (-7,9%).

O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis apontou crescimento de em agosto (3,5%) e também em julho último (4,3%). O desempenho nesse mês foi explicado, em grande parte, pela expansão observada no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (4,0%). Os subsetores de semiduráveis (4,7%), de carburantes (3,8%) e de não-duráveis (1,5%) também assinalaram resultados positivos em agosto.

A produção de bens intermediários (2,0%) apontou a quarta taxa positiva consecutiva e a mais intensa desde maio último (3,6%). O resultado foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (15,3%), de indústrias extrativas (2,6%), de produtos alimentícios (3,8%), de produtos de borracha e de material plástico (5,1%), de máquinas e equipamentos (10,0%), de metalurgia (1,6%), de celulose, papel e produtos de papel (2,6%), de produtos têxteis (3,2%), de produtos de minerais não-metálicos (0,6%) e de outros produtos químicos (0,1%), enquanto as pressões negativas foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,3%) e produtos de metal (-3,5%). O resultado assinalado pelo grupamento de insumos típicos para construção civil (-1,9%) marcou o 42º recuo consecutivo nesse tipo de comparação; e o de embalagens (2,7%) interrompeu quatro meses seguidos de queda na produção.

Indústria avança 1,5% no período janeiro-agosto de 2017

No índice acumulado para janeiro-agosto de 2017, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou acréscimo de 1,5%, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 15 dos 26 ramos, 45 dos 79 grupos e 52,4% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (13,9%) e indústrias extrativas (6,6%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria. Outras contribuições positivas relevantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (20,7%), de produtos do fumo (22,4%), de metalurgia (2,4%), de máquinas e equipamentos (2,7%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,9%).

Entre as onze atividades que apontaram redução na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,6%) assinalou a maior contribuição negativa. Vale destacar também os resultados negativos vindos de outros equipamentos de transporte (-12,3%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,6%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,0%), de produtos de minerais não-metálicos (-4,0%) e de impressão e reprodução de gravações (-11,0%).

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os oito primeiros meses de 2017 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (11,1%) e bens de capital (4,4%), impulsionadas, em grande parte, pela ampliação na fabricação de automóveis (18,2%) e eletrodomésticos (10,1%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (4,1%), para uso misto (16,9%), para construção (30,0%) e agrícola (13,5%), na segunda. Vale destacar a influência da baixa base de comparação, uma vez que no período janeiro-agosto de 2016 esses segmentos apontaram recuos de 20,0% e de 15,2%, respectivamente. O segmento de bens intermediários (0,7%) também assinalou taxa positiva no índice acumulado no ano. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,0%) repetiu o patamar registrado em igual período do ano anterior.