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IPCA-15 registra 0,11% em setembro e IPCA-E varia 0,28%

21/09/2017 09h00 | Atualizado em 21/09/2017 09h00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,11% em setembro e ficou 0,24 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de agosto (0,35%). Foi o menor resultado para um mês de setembro desde 2006, quando o índice foi de 0,05%.

O acumulado no ano foi de 1,90%, inferior aos 5,90% do mesmo período de 2016. Para os últimos 12 meses, o índice foi de 2,56%, abaixo dos 2,68% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Estes dois acumulados (no ano e em 12 meses) são os mais baixos para um mês de setembro desde 1998, quando os resultados foram 1,63% e 2,45%, respectivamente.

Em setembro de 2016, o IPCA-15 havia sido 0,23%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), constituído pelo IPCA-15 acumulado no trimestre, variou 0,28%, abaixo do 1,22% registrado em igual período de 2016.

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Período

Taxa

Setembro

0,11%

Agosto

0,35%

Setembro de 2016

0,23%

Acumulado no ano

1,90%

Acumulado em 12 meses

2,56%

 No grupo Transportes, que corresponde a 18% das despesas das famílias, ocorreu a variação mais representativa do mês: 1,25% e 0,22 p.p. de impacto no índice. Essa alta foi influenciada pelos combustíveis (3,43%), especialmente a gasolina (3,76%) e o etanol (2,57%). Já as passagens aéreas subiram 21,30%.

Responsável por cerca de 25% das despesas das famílias, o grupo Alimentação e Bebidas foi o que mais caiu (-0,94% ou -0,23 p.p.). Os alimentos para consumo em casa registraram -1,54%, com destaque para o tomate (-20,94%), o feijão-carioca (-11,67%), o alho (-7,96%), o açúcar cristal (-4,71%) e o leite longa vida (-3,83%). Todas as regiões pesquisadas tiveram quedas, de -1,90% em Goiânia até -0,99% em Belém. Já a alimentação fora de casa apresentou variação de 0,14%, com a maior alta em Salvador (0,90%) e a maior baixa em Curitiba (-1,50%).

No grupo Habitação (0,26%), a taxa de água e esgoto cresceu 2,01%. Isso porque foram apropriados os percentuais em Salvador (9,40%) e em Belém (17,17%), além dos reajustes médios de 8,69% vigentes, desde 30 de julho, em Belo Horizonte (5,20%), e de 3,60%, desde 1º de agosto, no Rio de Janeiro (1,93%). A variação em Salvador (9,40%) refere-se a parcela não incorporada no IPCA-15 de julho, de modo a refletir a totalidade da variação dos reajustes ocorrido na região. Em Belém, a variação de 17,17% reproduz o reajuste médio de 17,50%, em vigor desde junho de 2017, que ainda não havia sido incorporado nos índices de preços.

Grupo Variação Mensal (%) Impacto (p.p.) Variação Acumulada (%)
Julho Agosto Setembro Setembro Trimestre 12 meses
Índice Geral -0,18 0,35 0,11 0,11 0,28 2,56
Alimentação e Bebidas -0,55 -0,65 -0,94 -0,23 -2,13 -2,21
Habitação 0,24 1,01 0,26 0,04 1,52 4,33
Artigos de Residência -0,55 0,21 0,04 0,00 -0,30 -1,49
Vestuário 0,04 -0,29 0,31 0,02 0,06 2,32
Transportes -0,64 1,35 1,25 0,22 1,96 4,20
Saúde e Cuidados Pessoais 0,14 0,73 0,10 0,01 0,97 6,74
Despesas Pessoais 0,31 0,34 0,45 0,05 1,10 4,36
Educação 0,08 0,19 0,09 0,01 0,36 7,06
Comunicação 0,00 -0,32 -0,18 -0,01 -0,50 1,52

A respeito dos índices regionais, Brasília registrou a maior alta (0,69%), em grande medida por causa do aumento da gasolina (9,93%), que foi superior à média nacional (3,76%), e das passagens aéreas (15,49%). A maior queda nos preços foi em Goiânia (-0,29%), com destaque para a energia elétrica (-2,96%) e a alimentação no domicílio (-1,90%), em especial o tomate (-31,22%) e o feijão-carioca (-18,50%).

Região Peso Regional (%) Variação Mensal (%)  Variação Acumulada (%) 
Julho Agosto Setembro Trimestre 12 Meses
Brasília 3,46 -0,13 0,25 0,69 0,81 3,91
Rio de Janeiro 12,46 -0,13 -0,16 0,30 0,01 2,58
Porto Alegre 8,40 -0,24 0,05 0,22 0,03 1,89
Belo Horizonte 11,23 -0,05 0,40 0,15 0,50 2,13
Curitiba 7,79 0,01 0,57 0,12 0,70 2,30
São Paulo 31,68 -0,29 0,55 0,11 0,37 2,94
Belém 4,65 -0,22 0,09 0,08 -0,05 1,62
Recife 5,05 -0,08 0,49 -0,09 0,32 4,14
Salvador 7,35 -0,25 0,59 -0,19 0,15 2,41
Fortaleza 3,49 -0,18 -0,02 -0,24 -0,44 2,55
Goiânia 4,44 -0,06 0,42 -0,29 0,07 0,80
Brasil 100,00 -0,18 0,35 0,11 0,28 2,56

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 16 de agosto e 13 de setembro de 2017 (referência) e comparados àqueles vigentes entre 14 de julho e 15 de agosto de 2017 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.