Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Índice de Preços ao Produtor (IPP) de novembro cai 0,28%

08/01/2016 10h48 | Atualizado em 09/08/2017 10h19

 

NOVEMBRO 2015 -0,28%
Outubro 2015
1,77%
Novembro 2014
0,94%
Acumulado em 2015
9,35%
Acumulado em 12 meses
9,55%

Em novembro de 2015, os preços da indústria variaram -0,28% em relação ao mês anterior, resultado inferior ao de outubro (1,77%). O acumulado no ano foi de 9,35%, contra 9,66% em outubro. O acumulado em 12 meses foi de 9,55%, contra 10,89% em outubro. Entre as 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, 12 apresentaram variações positivas de preços, contra 18 do mês anterior.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis). A publicação completa do IPP pode ser acessada aqui.


Tabela 1
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústria Geral e Seções - Últimos três meses


Seções e atividades Variação (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
SET/15
OUT/15
NOV/15
SET/15
OUT/15
NOV/15
SET/15
OUT/15
NOV/15
Indústria Geral
2,99
1,77
-0,28
7,75
9,66
9,35
9,40
10,89
9,55
B - Indústrias Extrativas
12,50
2,04
-10,08
5,19
7,34
-3,48
-13,28
-6,00
-13,50
C - Indústrias de Transformação
2,70
1,76
0,05
7,84
9,74
9,79
10,36
11,56
10,44

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

Em novembro de 2015, a variação de preços de -0,28% frente a outubro repercutiu da seguinte maneira entre as Grandes Categorias Econômicas: -0,22% em bens de capital; -0,76% em bens intermediários; e 0,50% em bens de consumo, sendo que -0,15% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 0,71% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

A influência das Grandes Categorias Econômicas sobre a Industria Geral (-0,28%) foi de -0,02 p.p. de bens de capital, -0,43 p.p. de bens intermediários e 0,17 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,18 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e -0,01 p.p. nos bens de consumo duráveis.

As variações de preços da indústria acumularam, no ano, 9,35%, sendo 12,37% a variação de bens de capital (com influência de 1,04 p.p.), 9,46% de bens intermediários (5,39 p.p.) e 8,43% de bens de consumo (2,92 p.p.). No último caso, este aumento foi influenciado em 0,48 p.p. pelos produtos de “bens de consumo duráveis” e 2,43 p.p., pelos “bens de consumo semiduráveis e não duráveis”.

No acumulado em 12 meses na indústria (9,55%), as variações foram: bens de capital, 14,20% (1,18 p.p.); bens intermediários, 9,05% (5,19 p.p.); e bens de consumo, 9,25% (3,18 p.p.), sendo que a influência de “bens de consumo duráveis” foi de 0,51 p.p. e a de “bens de consumo semiduráveis e não duráveis” de 2,67 p.p.


Tabela 4
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústria Geral e Grandes Categorias Econômicas
Últimos três meses


Indústria Geral e Seções Variação (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
SET/15
OUT/15
NOV/15
SET/15
OUT/15
NOV/15
SET/15
OUT/15
NOV/15
Indústria Geral
2,99
1,77
-0,28
7,75
9,66
9,35
9,40
10,89
9,55
Bens de Capital (BK)
2,84
0,19
-0,22
12,40
12,62
12,37
16,74
15,40
14,20
Bens Intermediários (BI)
3,69
1,74
-0,76
8,40
10,29
9,46
9,43
10,95
9,05
Bens de consumo(BC)
1,87
2,21
0,50
5,56
7,89
8,43
7,58
9,69
9,25
Bens de consumo duráveis (BCD)
0,63
0,47
-0,15
5,49
5,98
5,82
7,17
7,46
6,15
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND)
2,27
2,76
0,71
5,58
8,49
9,25
7,71
10,39
10,23

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

12 das 24 atividades industriais tiveram alta

Em novembro/2015, 12 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços em relação ao mês imediatamente anterior, contra 18 do mês anterior. As quatro maiores variações foram em indústrias extrativas (-10,08%), madeira (-2,74%), calçados e artigos de couro (-2,54%) e bebidas (-2,11%). As maiores influências na variação de -0,28% vieram de indústrias extrativas (-0,33 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,18 p.p.), alimentos (0,08 p.p.) e outros produtos químicos (-0,07 p.p.).

Em novembro/2015, o acumulado no ano atingiu 9,35%, contra 9,66% em outubro/2015. As maiores variações deste indicador foram: outros equipamentos de transporte (31,13%), fumo (29,52%), papel e celulose (23,56%) e outros produtos químicos (15,03%). Já as maiores influências vieram de alimentos (2,57 p.p.), outros produtos químicos (1,56 p.p.), papel e celulose (0,80 p.p.) e outros equipamentos de transporte (0,66 p.p.).

Em relação a novembro/2014, a variação de preços foi de 9,55%, contra 10,89% no mês anterior. As quatro maiores variações de preços ocorreram em outros equipamentos de transporte (34,05%), fumo (32,18%), papel e celulose (26,22%) e alimentos (14,19%). Já os setores de maior influência foram alimentos (2,69 p.p.), outros produtos químicos (1,48 p.p.), papel e celulose (0,87 p.p.) e outros equipamentos de transporte (0,71 p.p.).

Indústrias extrativas: em novembro, os preços do setor recuaram em 10,18%, o maior entre todos os recuos observados nas indústrias extrativas e de transformação. Com este resultado, o acumulado no ano inverteu de um resultado positivo em outubro (7,54%) para - 3,48% em novembro. Já na série que compara o mês atual ao mesmo mês do ano anterior, iniciada em dezembro de 2014, todos os resultados são negativos, ficando em -13,50% em novembro.

Alimentos: em novembro, os preços do setor variaram 0,40% frente a outubro. Com este resultado, o acumulado no ano alcançou variação de 13,49% e o acumulado em 12 meses ficou em 14,19%. Os dois produtos que encabeçam os destaques em termos de influência na comparação mensal ('resíduos da extração de soja' e 'açúcar cristal') aparecem também entre as maiores variações, sendo que, no caso de 'resíduos da extração de soja', a variação é negativa. Completam a lista dos quatro produtos de maior influência 'óleo de soja em bruto, mesmo degomado' e 'óleo de soja refinado', ambos, assim como 'açúcar cristal', com variações positivas de preços. Os quatro produtos, na variação de 0,40%, tiveram influência de 0,19 p.p.

Papel e celulose: Os preços do setor recuaram em 0,02% em novembro contra outubro, primeiro resultado negativo desde abril de 2015 (- 1,06%). O acumulado no ano recuou de 23,59%, em outubro, para 23,56%, mas é a terceira maior taxa entre todos os setores das indústrias extrativas e de transformação. O acumulado em 12 meses (26,22%) também é o terceiro maior. Os quatro produtos de maior influência na comparação mensal ('celulose', 'papel higiênico', 'fraldas descartáveis' e 'cadernos') somaram - 0,14 p.p. (em 0,02%), sendo que celulose foi o único com variação negativa de preços. Portanto, foi justamente o comportamento dessa commoditie que direcionou o resultado do mês. Nas demais comparações, 'celulose', agora com influência positiva, continua encabeçando a lista de destaque dos produtos mais influentes, além disso, os outros produtos têm impacto positivo nessas demais comparações, o que é coerente com o fato de 'celulose' ser matéria-prima para o próprio setor.

Refino de petróleo e produtos de álcool: Em comparação com outubro, os preços do setor, em novembro, variaram em média 1,77%, segunda maior taxa do ano (perde para outubro, 2,77%). Com este resultado, o setor acumula, no ano, variação de 4,05%, e, em 12 meses, de 5,71%. No caso dos produtos de maior influência, apenas 'naftas' teve variação negativa de preços, e a maior influência veio de 'álcool etílico (anidro ou hidratado)', cujos preços estiveram pressionados tanto por uma demanda aquecida quanto por uma oferta retraída. Os produtos de maior peso no cálculo do setor, 'óleo diesel e outros óleos combustíveis' e 'gasolina automotiva', também tiveram influência positiva no cálculo, apesar de não terem variação de preços das mais destacadas. Os quatro produtos em destaque tiveram influência de 1,58 p.p. (em 1,77%).

Outros produtos químicos: a indústria química registrou no mês de novembro uma variação negativa de preços de 0,63%, quebrando uma série de variações positivas de cinco meses seguidos, o que gerou um acumulado no ano de 15,03% (segunda maior taxa neste tipo de comparação em toda série do IPP) e de 14,14% nos 12 meses.

Um ponto a ser destacado é que, apesar do resultado contra mês anterior indicar uma variação média negativa de preços, os quatro produtos com maior variação de preços tiveram resultados positivos, são eles: “soda ou potassa cáustica”, “PEBD”, “propeno (propileno) não-saturado” e “tintas de impressão”; nenhum deles está entre os quatro produtos com maior peso da atividade. Os produtos que mais influenciaram os resultados do mês foram “adubos ou fertilizantes à base de NPK” e “polipropileno (PP)”, ambos com variações negativas de preços e com grande peso na atividade. Os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior representaram -0,36 p.p. no resultado de -0,63%; ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com -0,27 p.p.

Veículos automotores: a variação de preços observada na passagem de setembro para outubro foi de 0,23%, resultado inferior ao de setembro (1,14%) - o segundo maior do ano (janeiro, 1,33%). O acumulado no ano chegou, com o resultado de outubro, a 5,94%, que é maior ao observado em outubro do ano passado (5,16%). O resultado em relação a outubro/14 (7,60%) é menor que o de setembro (8,00%).

O setor é destaque por conta da influência na variação em relação a outubro/14, a quarta maior entre as atividades industriais (0,82 p.p.) e também por ser o terceiro maior setor em termos de contribuição no cálculo do índice (10,76 p.p.).

Outros equipamentos de transporte: em novembro de 2015, os preços do setor apresentaram variação negativa de 2,0% em relação ao mês anterior. O resultado nesse indicador é ligado à variação da taxa de câmbio (R$/US$), tanto que, no acumulado do ano, houve uma variação de preços de 31,1% contra uma variação cambial de 43,2% e nos últimos 12 meses foi de 34,1% contra uma variação cambial de 48,3%.

Em novembro, com relação a outubro, o setor apresentou uma redução de preços nos produtos “aviões de peso superior a 2.000 kg” e “motocicletas com mais de 50 cm 3“ e um aumento no produto “fabricação ou manutenção de embarcações”. Para os demais índices analisados (acumulado no ano e acumulado nos últimos doze meses) todos os produtos tiveram resultados positivos.

 

Comunicação Social
8 de janeiro de 2016