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Vendas no varejo sobem 1,5% em novembro

13/01/2016 10h03 | Atualizado em 09/08/2017 10h12

 

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Novembro / Outubro
1,5%
2,3%
0,5%
1,1%
Média móvel trimestral
0,6%
1,3%
-0,4%
0,1%
Novembro 2015 / Novembro 2014
-7,8%
1,4%
-13,2%
-5,4%
Acumulado em 2015
-4,0%
3,3%
-8,4%
-1,8%
Acumulado 12 meses
-3,5%
3,6%
-7,8%
-1,3%

Em novembro de 2015, o volume de vendas do comércio varejista avançou 1,5% sobre o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Nessa mesma comparação, a variação na receita nominal foi de 2,3%. Para o volume de vendas, a segunda variação positiva consecutiva na margem contribuiu para interromper a trajetória de queda no indicador de média móvel trimestral (0,6%), observada desde dezembro de 2014. Para esse mesmo indicador, a variação da receita nominal permanece positiva em 1,3%. Na série sem ajuste sazonal, o total do volume de vendas apontou queda de 7,8% em relação a novembro de 2014, oitava taxa negativa seguida nesse tipo de comparação e a mais acentuada desde março de 2003 (-11,4%). Assim, os resultados permanecem negativos para o volume de vendas no acumulado de janeiro-novembro de 2015 (-4,0%) e para os últimos 12 meses (-3,5%). A receita nominal, para essas mesmas comparações, mantém-se no campo positivo, com variações de, respectivamente: 1,4%; 3,3% e 3,6%.

Quanto ao comércio varejista ampliado, que, além do varejo, inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, as variações sobre o mês imediatamente anterior foram positivas, com taxas de 0,5% para volume de vendas e de 1,1% para a receita nominal. Por outro lado, nas comparações que envolvem o ano anterior, o volume de vendas apresentou resultados negativos, com quedas de 13,2% em relação a novembro de 2014, a mais acentuada da sua série histórica, recuo de 8,4% no acumulado do ano e de 7,8% no acumulado dos últimos 12 meses. A receita nominal, por sua vez, também apresentou decréscimo sobre novembro de 2014 (-5,4%), acumulando nos períodos janeiro-novembro e nos últimos 12 meses variações de -1,8% e -1,3%, respectivamente.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Cinco das oito atividades pesquisadas apresentaram variação positiva

Na passagem de outubro para novembro de 2015, série ajustada sazonalmente, o acréscimo de 1,5% do volume de vendas da atividade varejista teve predomínio de resultados positivos, alcançando cinco das oito atividades que compõem o varejo. Os principais destaques vieram de móveis e eletrodomésticos (6,9%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,1%). Os desempenhos destes segmentos em novembro indicam um movimento de antecipações de compra para o Natal, fato já observado em anos anteriores. As demais taxas positivas foram registradas em: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%) e tecidos, vestuário e calçados (0,6%). Vale registrar o expressivo aumento de 17,4% em equipamentos de escritório, informática e comunicação. Por outro lado, entre as atividades com redução no volume de vendas, em relação a outubro de 2015, figuram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,5%); livros, jornais, revistas e papelarias (-0,7%) e combustíveis e lubrificantes (-0,3%). Considerando o varejo ampliado, a variação de 0,5% interrompe três meses de taxas negativas seguidas, período que acumulou perda de 4,0%. O resultado de novembro teve influência, principalmente, do comportamento de veículos e motos, partes e peças (1,2%) e material de construção (0,6%), que também interrompem sequências de taxas negativas.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor varejista mostrou queda de 7,8% em novembro de 2015, com perfil disseminado de resultados negativos entre as atividades que compõem o comércio varejista. Entre as atividades, a redução no volume de vendas em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-5,7%) exerceu o principal impacto negativo na formação da taxa geral, seguido por móveis e eletrodomésticos (-14,7%); tecidos, vestuário e calçados (-15,6%) e combustíveis e lubrificantes (-12,0%). Esses quatro setores juntos respondem por mais de 90% do resultado global para o varejo. As demais atividades que registraram taxas negativas praticamente não tiveram influência significativa no resultado interanual do volume de vendas em novembro: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-4,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (-18,6%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,6%). Por outro lado, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com avanço de 2,0% frente a novembro de 2014, foi o único a exercer pressão positiva.



TABELA 1
BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Novembro 2015

ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação Taxa de Variação Taxa de Variação
SET
OUT
NOV
SET
OUT
NOV
NO ANO
12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)
-0,2
0,5
1,5
-6,3
-5,7
-7,8
-4,0
-3,5
1 - Combustíveis e lubrificantes
-0,8
-2,7
-0,3
-8,5
-11,4
-12,0
-5,8
-5,1
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
0,5
1,8
-1,5
-2,2
-0,4
-5,7
-2,4
-2,3
2.1 - Super e hipermercados
0,4
1,5
-1,0
-2,1
-0,5
-5,8
-2,4
-2,2
3 - Tecidos, vest. e calçados
-1,4
1,4
0,6
-12,9
-10,5
-15,6
-8,4
-7,6
4 - Móveis e eletrodomésticos
0,3
0,9
6,9
-18,3
-16,1
-14,7
-13,5
-12,3
4.1 - Móveis
-
-
-
-23,2
-21,5
-19,3
-15,9
-14,7
4.2 - Eletrodomésticos
-
-
-
-16,0
-13,7
-12,7
-12,4
-11,3
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
-1,0
1,6
1,2
-1,2
-0,4
2,0
3,0
3,4
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-1,6
0,1
-0,7
-14,8
-9,3
-18,6
-10,4
-10,3
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-1,9
-10,0
17,4
-9,7
-25,0
-5,6
0,1
0,9
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-2,7
-1,0
4,1
-7,0
-9,0
-4,8
-0,3
0,7
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3)
-1,7
-0,1
0,5
-11,5
-11,9
-13,2
-8,4
-7,8
9 - Veículos e motos, partes e peças
-4,3
-1,1
1,2
-21,7
-23,9
-24,5
-17,6
-16,7
10- Material de Construção
-1,7
-3,0
0,6
-12,7
-15,8
-13,5
-8,0
-7,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal
(2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Com 5,7% de recuo sobre novembro de 2014, a atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo exerceu a maior influência negativa na redução do volume de vendas do varejo este mês. O aumento de preços dos alimentos em domicílio na passagem de outubro para novembro (da ordem de 2,5%) é um dos fatores a se considerar no desempenho negativo do setor este mês, além do impacto da contínua redução da renda real. Os índices acumulado no ano e nos últimos doze meses ficaram em: -2,4% e -2,3%, respectivamente, resultados que posicionam o setor acima da média geral do varejo.

A atividade de móveis e eletrodomésticos, com queda de 14,7% em relação a novembro de 2014, registrou a segunda maior influência negativa na taxa geral do comércio varejista. Com isso, ao registrar taxas de -13,5% no acumulado de janeiro a novembro e de -12,3% no acumulado dos últimos 12 meses, o segmento se manteve com desempenho abaixo da média do varejo. Com uma dinâmica de vendas associada à disponibilidade de crédito, os resultados do setor, abaixo da média geral, foram influenciados principalmente pela elevação da taxa de juros nas operações de crédito às pessoas físicas entre novembro de 2015 e novembro de 2014.

O segmento de tecidos, vestuário e calçados, com recuo de 15,6% no volume de vendas sobre novembro de 2014, foi responsável pela terceira contribuição negativa à taxa global. Vale registrar que essa foi a maior queda registrada na sua série histórica. Em termos de desempenho acumulado, os resultados foram de -8,4% no período janeiro-novembro e de -7,6% no acumulado dos últimos 12 meses. Mesmo com os preços de vestuário se posicionando abaixo do índice geral de inflação, a atividade apresenta desempenho acumulado inferior à média geral do comércio varejista.

Combustíveis e lubrificantes, com queda de 12,0% no volume de vendas em relação a novembro de 2014, representou a quarta maior contribuição negativa no resultado total do varejo. Em termos acumulados, as taxas da atividade foram de -5,8% para os onze primeiros meses do ano e de -5,1% nos últimos 12 meses. Estes resultados, abaixo da média geral, foram influenciados pela alta de preços do principal produto que compõe a atividade, cuja variação superou a inflação.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com variação de -4,8%, registra a quinta taxa negativa consecutiva. Nos indicadores acumulados, a taxa para os primeiros onze meses do ano foi de -0,3% e para os últimos 12 meses, de 0,7%.

Varejo ampliado cai 13,2% na comparação com novembro de 2014

O comércio varejista ampliado, que agrega o varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou avanço de 0,5% em relação ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal para o volume de vendas, enquanto para a receita nominal a taxa ficou em 1,1%. O acréscimo no patamar do volume de vendas na passagem de outubro para novembro reflete, sobretudo, o comportamento das vendas de veículos, motos, partes e peças, que apresentou taxa de 1,2%, interrompendo sequência de três meses de queda nessa comparação, período que acumulou 5,5% de perda. O desempenho do segmento de material de construção também contribuiu para o resultado positivo do varejo ampliado, na medida em que, ao registrar avanço de 0,6%, interrompe quatro meses de taxas negativas seguidas, período que acumulou 3,6% de perda.

Na comparação com igual mês do ano anterior (sem ajuste sazonal), as variações para o total do varejo ampliado, foram de -13,2% para o volume de vendas e de -5,4% para a receita nominal. No volume de vendas, as taxas acumuladas foram de -8,4% no ano e de -7,8% nos últimos 12 meses, com a receita nominal registrando variações de -1,8% e -1,3%, respectivamente. O setor de veículos, motos, partes e peças (-24,5%) ampliou, em novembro, a queda nas vendas em relação ao resultado do mês anterior (-23,9%), enquanto o segmento de material de construção (-13,5%) reduz o ritmo de queda em comparação ao registrado em outubro (-15,8%).

Resultados do varejo foram positivos em 19 das 27 unidades da federação

Na passagem de outubro para novembro de 2015, série com ajuste sazonal, as vendas no varejo foram positivas para 19 das 27 Unidades da Federação, com as maiores taxas de variação sendo observadas no Pará (3,0%) e Roraima (2,9%). Por outro lado, Amapá (-2,9%) e Paraná (-1,6%) formaram os estados com recuos mais acentuados nessa comparação.

Frente a novembro de 2014, série sem ajuste sazonal, o comércio varejista registrou queda em 26 dos 27 estados para o volume de vendas, com destaque em termos de magnitude para: Amapá, com -27,4%. Somente Roraima (4,0%) apresentou aumento do volume das vendas em novembro. Quanto à participação na composição da taxa negativa do varejo, destacaram-se, pela ordem: São Paulo (-6,0%); Rio Grande do Sul (-10,9%), seguido por Paraná (-10,0%) e Santa Catarina (-11,3%).

Também no comércio varejista ampliado, todas as 27 Unidades da Federação apresentaram variações negativas na comparação com novembro do ano passado. Em termos de volume de vendas, destacaram-se Amapá com -26,8%; Tocantins (-24,2%); Espírito Santo (-22,8%) e Goiás (-21,7%). Vale observar que os estados com maior impacto negativo foram São Paulo, com taxa de -6,9% e Rio de Janeiro (-15,1%).

 

Comunicação Social
13 de janeiro de 2016