IPCA fica em 0,14% em abril
10/05/2017 11h07 | Atualizado em 03/08/2017 16h24
Período | TAXA |
---|---|
Abril de 2017
|
0,14%
|
Março de 2017
|
0,25%
|
Abril de 2016
|
0,61%
|
No ano 2017
|
1,10%
|
Acumulado nos 12 meses
|
4,08%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de abril apresentou variação de 0,14% e ficou abaixo dos 0,25% de março em 0,11 ponto percentual (p.p.). Com isso, o resultado no ano está em 1,10%, percentual bem inferior aos 3,25% de igual período de 2016. Nos últimos doze meses o índice desceu para 4,08%, menos do que os 4,57% do mês anterior, constituindo-se na menor taxa em 12 meses desde julho de 2007, quando se situou em 3,74%. Em abril de 2016, o IPCA foi 0,61%.
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A redução na taxa do IPCA de 0,25% para 0,14% de março para abril veio das contas de energia elétrica, mais baratas em 6,39%, além dos combustíveis, cujos preços caíram 1,95%. Com a queda nas contas, aenergia, responsável pela significativa parcela de 3,5% da despesa das famílias, representou o maior impacto negativo no ranking do mês (-0,22 p.p.). Os combustíveis, responsáveis por parcela ainda mais significativa, de 5,0% da despesa das famílias, vieram em seguida, com -0,10 p.p., já que caíram menos.
A queda de 6,39% no item energia elétrica foi influenciada por descontos aplicados sobre as contas, por decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de modo a compensar os consumidores pela cobrança indevida, em 2016, do chamado Encargo de Energia de Reserva (EER) destinado a remunerar a usina de Angra III. Isto, junto com a introdução, em primeiro de abril, da bandeira vermelha em substituição à amarela, trazendo um acréscimo de R$ 3,00 a cada 100 kwh ao invés de R$ 2,00. Regionalmente, conforme mostra a tabela a seguir, a queda menos intensa, de -0,73%, foi registrada na região metropolitana do Rio de Janeiro, tendo em vista que ter refletido ainda parte do reajuste de 9,81% vigente sobre as tarifas de uma das concessionárias desde o dia 15 de março. junto com o referido desconto e outras reduções, refletiu parte do reajuste de 9,81% vigente sobre as tarifas de uma das concessionárias desde o dia 15 de março. A queda mais intensa, de 13,21%, foi registrada em Campo Grande, onde, além do desconto e outras reduções nos impostos, o reajuste anual foi negativo, de -1,92%, com vigência a partir de 08 de abril.
Região
|
Variação (%)
|
---|---|
Abril
|
|
Campo Grande
|
-13,21
|
Salvador
|
-10,78
|
Recife
|
-10,02
|
Fortaleza
|
-9,44
|
São Paulo
|
-8,09
|
Porto Alegre
|
-6,85
|
Belo Horizonte
|
-6,80
|
Curitiba
|
-6,47
|
Vitória
|
-6,36
|
Belém
|
-3,98
|
Brasília
|
-2,78
|
Goiânia
|
-2,51
|
Rio de Janeiro
|
-0,73
|
Brasil
|
-6,39
|
A energia elétrica, portanto, levou à redução nas despesas com Habitação (-1,09%), que, como mostra a tabela abaixo, ficou tanto com a mais expressiva queda de grupo quanto com o mais expressivo impacto. Ainda no grupo, destaca-se, pela alta de 2,63% nos preços do gás de cozinha, reflexo de parte do reajuste de 9,8% em vigor desde o dia 21 de março.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Março | Abril | Março | Abril | |
Índice Geral
|
0,25
|
0,14
|
0,25
|
0,14
|
Alimentação e Bebidas
|
0,34
|
0,58
|
0,09
|
0,15
|
Habitação
|
1,18
|
-1,09
|
0,18
|
-0,17
|
Artigos de Residência
|
-0,29
|
-0,28
|
-0,01
|
-0,01
|
Vestuário
|
-0,12
|
0,48
|
-0,01
|
0,03
|
Transportes
|
-0,86
|
-0,06
|
-0,16
|
-0,01
|
Saúde e Cuidados Pessoais
|
0,69
|
1,00
|
0,08
|
0,12
|
Despesas Pessoais
|
0,52
|
0,09
|
0,06
|
0,01
|
Educação
|
0,95
|
0,03
|
0,04
|
0,00
|
Comunicação
|
-0,63
|
0,55
|
-0,02
|
0,02
|
A pequena queda no grupo Transportes (-0,06%) foi influenciada pelos combustíveis (-1,95%), já que o litro dagasolina ficou mais barato em 1,75% e o etanol em 3,33%. Por outro lado, houve, no grupo, pressão daspassagens aéreas, com alta de 15,48%, e dos ônibus urbanos, com 0,69%. A respeito dos ônibus, foi registrado aumento de 7,73% na região metropolitana de Porto Alegre, onde o reajuste de 8,00% entrou em vigor a partir do dia 31 de março, além de 6,67% em Recife, região onde, a partir de 26 de março, deixou de ser concedido o benefício do pagamento de meia tarifa aos domingos.
Do lado dos grupos que se mostraram em alta sobressai Saúde e Cuidados Pessoais (1,00%), tendo osmedicamentos na liderança dos principais impactos no índice do mês. Isto porque os preços aumentaram 1,95%, gerando impacto de 0,07 p.p.. Refletiram o reajuste anual que passou a valer a partir de 31 de março, variando entre 1,36% e 4,76%, conforme o tipo do medicamento.
Em Alimentação e Bebidas a variação foi 0,58%, com aumento nos preços de vários produtos, como tomate(29,02%) e batata-inglesa (20,81%), como se constata na tabela a seguir.
Item |
Variação (%)
|
Variação Acumulada
(%) |
||
---|---|---|---|---|
Março
|
Abril
|
Ano
|
12 meses
|
|
Tomate
|
14,47
|
29,02
|
34,45
|
11,28
|
Batata-inglesa
|
5,08
|
20,81
|
10,31
|
-38,21
|
Cebola
|
-0,63
|
6,03
|
-0,37
|
-46,95
|
Alho
|
2,36
|
4,83
|
0,87
|
-5,18
|
Ovos
|
5,86
|
4,03
|
10,86
|
9,74
|
Café moído
|
1,89
|
2,65
|
7,99
|
22,81
|
Açaí
|
8,47
|
2,45
|
26,70
|
-10,24
|
Suco de frutas
|
0,77
|
1,54
|
1,12
|
5,48
|
Frango em pedaços
|
0,47
|
1,30
|
-1,08
|
1,28
|
Pão de forma
|
0,80
|
1,26
|
4,53
|
5,75
|
Leite longa vida
|
2,60
|
1,25
|
4,91
|
5,83
|
Pescado
|
3,43
|
1,10
|
7,49
|
11,26
|
Café da manhã
|
-0,67
|
1,08
|
1,87
|
9,84
|
Queijo
|
0,45
|
0,97
|
1,05
|
11,66
|
Doces
|
0,53
|
0,93
|
1,92
|
5,66
|
Chocolate e achocolatado em pó
|
0,73
|
0,88
|
3,20
|
10,23
|
Cerveja
|
-0,63
|
0,87
|
-1,22
|
2,24
|
Hortaliças
|
1,32
|
0,79
|
11,72
|
-11,05
|
Macarrão
|
-0,19
|
0,76
|
0,45
|
5,76
|
Refeição fora
|
0,37
|
0,41
|
1,64
|
4,14
|
Em contraposição aos itens anteriores, alguns produtos, como óleo de soja (-4,17%) e arroz (-1,69%) ficaram mais baratos de um mês para o outro, conforme tabela abaixo.
Item |
Variação (%)
|
Variação Acumulada
(%) |
||
---|---|---|---|---|
Março |
Abril
|
Ano
|
12 meses
|
|
Feijão-preto
|
-9,11
|
-8,29
|
-27,17
|
8,76
|
Óleo de soja
|
-1,25
|
-4,17
|
2,95
|
3,61
|
Chocolate em barra e bombom
|
-4,19
|
-2,92
|
-4,86
|
5,65
|
Açúcar cristal
|
-2,19
|
-2,73
|
-5,48
|
5,08
|
Azeite
|
-1,41
|
-2,49
|
-3,88
|
-3,16
|
Arroz
|
-1,13
|
-1,69
|
-3,50
|
8,30
|
Feijão-carioca
|
-5,59
|
-1,64
|
-31,16
|
-18,76
|
Leite em pó
|
0,13
|
-0,84
|
-1,80
|
20,78
|
Feijão-fradinho
|
1,33
|
-0,82
|
-3,13
|
34,35
|
Frutas
|
1,39
|
-0,79
|
-1,49
|
-2,49
|
Cenoura
|
6,83
|
-0,71
|
28,03
|
-45,28
|
Frango inteiro
|
-0,50
|
-0,64
|
-5,24
|
0,50
|
Sorvete
|
0,81
|
-0,59
|
-0,72
|
4,33
|
Em relação aos índices regionais, os resultados ficaram entre os -0,22% registrados na região metropolitana deSalvador e os 0,54% do Distrito Federal. A tabela abaixo apresenta os resultados por região pesquisada.
Região
|
Peso
Regional (%) |
Variação (%)
|
Variação Acumulada (%)
|
||
---|---|---|---|---|---|
Março
|
Abril
|
Ano
|
12 meses
|
||
Brasília
|
2,80
|
-0,02
|
0,54
|
1,21
|
4,62
|
Recife
|
5,05
|
0,54
|
0,49
|
1,61
|
5,37
|
Rio de Janeiro
|
12,06
|
0,38
|
0,38
|
1,85
|
4,68
|
Porto Alegre
|
8,40
|
0,24
|
0,22
|
0,88
|
3,54
|
Vitória
|
1,78
|
0,13
|
0,20
|
1,22
|
4,07
|
São Paulo
|
30,67
|
0,31
|
0,16
|
0,97
|
4,16
|
Goiânia
|
3,59
|
0,27
|
0,15
|
0,23
|
2,30
|
Belém
|
4,65
|
0,13
|
0,09
|
0,94
|
3,98
|
Fortaleza
|
3,49
|
0,66
|
0,08
|
1,66
|
5,86
|
Curitiba
|
7,79
|
0,27
|
-0,05
|
0,97
|
2,48
|
Belo Horizonte
|
10,86
|
-0,04
|
-0,08
|
0,86
|
3,97
|
Campo Grande
|
1,51
|
0,14
|
-0,13
|
0,81
|
5,15
|
Salvador
|
7,35
|
0,04
|
-0,22
|
1,06
|
4,08
|
Brasil |
100,00
|
0,25
|
0,14
|
1,10
|
4,08
|
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de março a 28 de abril de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 25 de fevereiro a 29 de março de 2017 (base).
INPC varia 0,08% em abril
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,08% em abril e ficou abaixo da taxa de 0,32% de março em 0,24 p.p. No acumulado dos últimos doze meses, o índice desceu para 3,99%, ficando abaixo dos 4,57% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2016, o INPCregistrou 0,64%.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,54% em abril enquanto no mês anterior registraram alta de 0,32%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de -0,13%, abaixo da taxa de 0,32% de março.
Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana de Recife (0,60%). O menor índice foi registrado no município de Campo Grande (-0,38%).
Região
|
Peso
Regional (%) |
Variação mensal (%)
|
Variação Acumulada (%)
|
||
---|---|---|---|---|---|
Março
|
Abril
|
Ano
|
12 meses
|
||
Recife
|
7,17
|
0,53
|
0,60
|
1,81
|
5,71
|
Brasília
|
1,88
|
0,25
|
0,28
|
1,87
|
4,74
|
Porto Alegre
|
7,38
|
0,28
|
0,26
|
0,80
|
3,38
|
Rio de Janeiro
|
9,51
|
0,44
|
0,22
|
1,67
|
3,79
|
São Paulo
|
24,24
|
0,38
|
0,17
|
0,75
|
4,05
|
Fortaleza
|
6,61
|
0,64
|
0,12
|
1,86
|
6,19
|
Goiânia
|
4,15
|
0,42
|
0,03
|
0,08
|
2,28
|
Belém
|
7,03
|
0,11
|
0,01
|
1,04
|
3,90
|
Vitória
|
1,83
|
0,24
|
-0,03
|
1,23
|
3,89
|
Belo Horizonte
|
10,60
|
0,08
|
-0,15
|
0,77
|
3,62
|
Curitiba
|
7,29
|
0,38
|
-0,17
|
1,10
|
2,22
|
Salvador
|
10,67
|
0,14
|
-0,20
|
1,11
|
4,15
|
Campo Grande
|
1,64
|
0,13
|
-0,38
|
0,27
|
4,54
|
Brasil
|
100,00
|
0,32
|
0,08
|
1,06
|
3,99
|
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de março a 28 de abril de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 25 de fevereiro a 29 de março de 2017 (base).
Atualizado em 10 de maio de 2017 às 10:10 horas
Comunicação Social
10 de maio de 2017