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Vendas do varejo caem 1,9% entre fevereiro e março

11/05/2017 10h58 | Atualizado em 03/08/2017 16h23

 

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Março / Fevereiro*
-1,9%
-1,9%
-2,0%
-2,3%
Média móvel trimestral*
0,7%
0,3%
0,5%
0,1%
Março 2017 / Março 2016
-4,0%
-2,0%
-2,7%
-1,2%
Acumulado 2017
-3,0%
0,5%
-2,5%
-0,1%
Acumulado 12 meses
-5,3%
3,5%
-7,1%
-0,5%
*série com ajuste sazonal

Em março de 2017, o comércio varejista nacional apresentou recuou pelo segundo mês consecutivo, registrando taxa de -1,9% tanto no volume de vendas como na receita nominal, frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Em relação a março de 2016, o varejo nacional apresentou taxa de -4,0%, em termos de volume de vendas, 24ª taxa negativa consecutiva nessa comparação. Assim, o comércio varejista acumulou redução de 3,0% nos três primeiros meses de 2017 e taxa acumulada nos últimos 12 meses de -5,3%. Já a receita nominal de vendas apresentou, em março de 2017, taxas de variação de -2,0% em comparação ao mesmo período de 2016, de 0,5% no acumulado no ano e de 3,5% nos últimos 12 meses.

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, voltou a registrar variação negativa para o volume de vendas sobre o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal (-2,0%), após quatro meses seguidos de resultados positivos. Em relação a receita nominal, o decréscimo em março de 2017 em relação a fevereiro foi de -2,3%. No confronto com março de 2016, o comércio varejista ampliado apresentou recuo de 2,7% para o volume de vendas (34ª taxa negativa consecutiva) e de -1,2% para receita nominal. No que tange às taxas acumuladas, os resultados foram de -2,5% no ano e de -7,1% nos últimos doze meses, para o volume de vendas, enquanto para receita nominal as taxas ficaram em -0,1% e -0,5%, respectivamente.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Quatro das oito atividades pesquisadas recuam entre fevereiro e março

A taxa do comércio varejista (-1,9%) no volume de vendas, na passagem de fevereiro para março de 2017, série ajustada sazonalmente, apresentou quatro desempenhos negativos entre as atividades que compõem este resultado.

As quatro atividades com taxas negativas foram: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, ambas com -0,5%;Tecidos, vestuário e calçados (-1,0%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com -6,2%.

Por outro lado, no mesmo confronto, os segmentos que mostraram avanço foram: Móveis e eletrodomésticos(6,1%); Livros, jornais, revistas e papelarias (5,6%); Combustíveis e lubrificantes (1,1%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,9%).

O comércio varejista ampliado registrou em relação ao mês anterior (com ajuste sazonal) decréscimo de 2,0% para o volume de vendas. O desempenho deste setor reflete, sobretudo, o comportamento das vendas deVeículos, motos, partes e peças, que apresentou, para o volume de vendas, taxa de -0,1% sobre fevereiro. Quanto ao segmento de Material de construção, que exerce menor peso na estrutura do varejo ampliado, a variação para o volume de vendas na passagem de fevereiro para março foi de 2,7%.



BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO
VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Março 2017


ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação
(%)
Taxa de Variação
(%)
Taxa de Variação
(%)
JAN
FEV
MAR
JAN
FEV
MAR
NO ANO
12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)
6,0
-1,6
-1,9
-1,2
-3,7
-4,0
-3,0
-5,3
1 - Combustíveis e lubrificantes
-1,2
0,6
1,1
-6,0
-8,5
-2,4
-5,6
-8,3
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
8,6
-1,7
-6,2
0,3
-0,7
-8,7
-3,1
-3,2
3 - Tecidos, vest. e calçados
13,0
1,4
-1,0
-0,8
3,6
11,7
4,7
-7,4
4 - Móveis e eletrodomésticos
2,6
2,0
6,1
4,0
-6,0
10,5
3,0
-7,8
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
1,7
1,1
-0,5
-2,1
-5,1
-1,8
-2,9
-3,4
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria
2,2
1,4
5,6
-9,6
-7,0
5,7
-5,0
-13,2
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-5,9
-2,9
-0,5
-6,6
-14,0
-12,4
-11,2
-10,8
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-0,6
-1,7
0,9
-3,1
-7,7
-5,3
-5,3
-7,8
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3)
3,1
0,6
-2,0
-0,1
-4,8
-2,7
-2,5
-7,1
9 - Veículos e motos, partes e peças
1,0
-0,7
-0,1
-3,6
-15,0
-6,1
-8,1
-12,8
10- Material de Construção
1,9
-1,5
2,7
4,7
-2,0
9,4
4,2
-6,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal
(2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Na comparação com igual março de 2016, o volume de vendas do comércio varejista recuou 4,0%. Dentre as atividades do varejo, cinco registraram variações negativas. Por ordem de contribuição à taxa global, são elas:Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-8,7%), seguido por Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,3%); Combustíveis e lubrificantes (-2,4%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,4%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,8%). As atividades com desempenho positivo, em relação o mesmo mês do ano anterior, foramMóveis e eletrodomésticos (10,5%); Tecidos, vestuário e calçados (11,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (5,7%).

BRASIL - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA,
POR ATIVIDADES: PMC - Março 2016
(Indicadores de volume de vendas)
Atividades COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa de variação
(%)
Composição absoluta da
taxa (p.p.)
Taxa de variação
(%)
Composição absoluta da
taxa (p.p.)
Taxa Global
-4,0
-4,0
-2,7
-2,7
1 - Combustíveis e lubrificantes
-2,4
-0,3
-2,4
-0,2
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
-8,7
-4,6
-8,7
-2,9
3 - Tecidos, vest. e calçados
11,7
0,8
11,7
0,6
4 - Móveis e eletrodomésticos
10,5
0,9
10,5
0,7
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
-1,8
-0,2
-1,8
-0,1
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-12,4
0,0
-12,4
0,0
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
5,7
0,0
5,7
0,0
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-5,3
-0,6
-5,3
-0,4
9 - Veículos e motos, partes e peças    
-6,1
-1,2
10- Material de Construção    
9,4
0,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Nota: Corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global.

 

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com queda de -8,7% no volume de vendas sobre igual mês do ano anterior, exerceu a primeira contribuição negativa na formação da taxa global do comércio varejista. Em termos de resultados acumulados, a atividade apresentou variação no ano de -3,1% e nos últimos 12 meses de -3,2%. Este setor, além de ser influenciado diretamente pela massa de rendimento médio real habitual dos trabalhadores e da taxa de desocupação, este ano sofreu também o chamado efeito base. As vendas em março de 2016 foram superiores as de março de 2017, devido a comemoração da Páscoa, que reflete na maior venda de chocolates no período. Em 2017 esta comemoração foi no mês de abril.

O setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, joalherias, artigos esportivos e brinquedos, com queda de -5,3% frente a março de 2016, registrou a segunda maior contribuição negativa na formação da taxa do volume de vendas, sendo esse o 20º mês seguido de taxas negativas nesse tipo de comparação. A taxa acumulada nos três primeiros meses do ano foi de -5,3% e, para os últimos 12 meses foi de -7,8%.

O segmento de Combustíveis e lubrificantes, com -2,4% de variação do volume de vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior, foi responsável pelo terceiro maior impacto negativo na formação do resultado global. Esta atividade vem apresentando queda desde janeiro de 2015, mesmo com os preços do setor em trajetória declinante. No acumulado em 12 meses, os preços encontram-se abaixo da média geral do setor (-2,6% frente a 4,6% do índice geral, segundo IPCA). No acumulado do ano a taxa deste segmento foi de -5,6% e nos últimos 12 meses o decréscimo foi de 8,3%.

A atividade de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com queda de -12,4% no volume de vendas em comparação com igual mês do ano anterior, registrou o 21º recuo consecutivo nessa comparação. Em relação aos resultados acumulados, observou-se taxa de -11,2% nos três primeiros meses do ano e recuo de 10,8% nos últimos doze meses. Esta atividade sofre influência do comportamento da massa de rendimento habitual real da população e da taxa de desocupação dos trabalhadores.

O volume de vendas do segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticosapresentou queda de 1,8% em relação a março de 2016. Vale destacar que, embora com caráter de uso essencial, este setor registrou, em março de 2017, a 12ª taxa negativa consecutiva, mantendo-se em trajetória descendente desde abril de 2016, período que inicia os reajustes dos preços do setor. Os preços dos produtos farmacêuticos, segundo o IPCA, em 12 meses subiram 12,8% contra 4,6% do índice geral. A taxa acumulada no trimestre foi de -2,9% e a em 12 meses foi de -3,4%.

O segmento de Móveis e eletrodomésticos registrou variação de 10,5% no volume de vendas em relação a março do ano passado, sendo o maior impacto positivo na taxa global do varejo. Este resultado sofreu influência da variação dos preços do item mobiliário: segundo o IPCA, a taxa acumulada em 12 meses era de 7,8% em março de 2016, passando para -0,6% em março de 2017. Os resultados da atividade em termos de acumulados nos três primeiros meses do ano e nos últimos 12 meses foram de 3,0% e -7,8%, respectivamente.

O grupamento de Tecidos, vestuário e calçados avançou 11,7% na comparação com março de 2016, mantendo-se positivo pelo segundo mês consecutivo, após registrar desde dezembro de 2014. A taxa acumulada no ano foi de 4,7% e para os últimos 12 meses foi de -7,4%. O resultado positivo desta atividade sofreu influência dos preços dos artigos de vestuário, que, em 12 meses, subiram 2,2% contra 4,6% do índice geral (segundo o IPCA) e das promoções de queima de estoque do verão.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou variação no volume de vendas de 5,7% sobre março de 2016, interrompendo os resultados negativos de 37 meses consecutivos. Porém, as taxas acumulada no ano e em 12 meses continuam maiores que a média global para o varejo: -5,0% e -13,2%, respectivamente.

O comércio varejista ampliado registrou, para o volume de vendas, uma variação de -2,7% sobre março de 2016. As taxas acumuladas foram de -2,5% no ano e de -7,1% nos 12 meses. Esse comportamento ocorre, principalmente, em função do desempenho negativo de Veículos, motos, partes e peças, com resultado interanual de -6,1%, enquanto o segmento de Material de construção registrou aumento de 9,4%.

Entre fevereiro e março, vendas caem em 16 das 27 unidades da federação

Na passagem de fevereiro para março de 2017, na série com ajuste sazonal, as vendas no varejo recuaram em 16 das 27 unidades da federação, com as maiores variações negativas observadas em Goiás (-13,3%); São Paulo (-5,9%); Acre (-2,5%); e Mato Grosso do Sul (-2,4%).

Frente a março de 2016, 17 das 27 unidades da federação apresentaram resultado negativo no volume de vendas, com destaque para Goiás (-17,0%), Distrito Federal (-10,3%), Roraima (-9,5%), São Paulo e Espírito Santo, ambas com -8,9%. Por outro lado, dez estados registraram resultados positivos, ressaltando-se: Santa Catarina (15,2%), Alagoas (5,8%), Tocantins (5,6%), e Paraná (3,5%). Quanto à participação na composição da taxa negativa do varejo, destacaram-se, pela ordem: São Paulo (-8,9%) e Rio de Janeiro (-7,1%).

No comércio varejista ampliado, 15 estados apresentaram variações negativas no volume de vendas, na comparação de março de 2017 com o mesmo período do ano anterior, sendo as maiores quedas registradas em Goiás (-15,5%), São Paulo (-7,9%), Rondônia (-7,4%) e Rio Grande do Norte (-5,8%). Quanto à participação na composição do resultado negativo do varejo ampliado, destacaram-se, pela ordem: São Paulo (-7,9%) e Rio de Janeiro (-4,0%).

 

Comunicação Social
11 de maio de 2017