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Em novembro, desemprego ficou estável e rendimento subiu


Pelo quinto mês consecutivo, a taxa de desocupação registrada pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE manteve-se estável ( 9,6%). Em relação à novembro de 2004 (10,6%), a retração foi de 1 ponto percentual.

21/12/2005 07h31 | Atualizado em 21/12/2005 07h31



DESOCUPAÇÃO MANTEVE-SE ESTÁVEL EM TODAS AS REGIÕES

Foi estimada, para novembro de 2005, em 9,6% a taxa de desocupação para o total das seis regiões pesquisadas. Este resultado aponta estabilidade em relação a outubro (9,6%). Em relação a novembro do ano passado, quando a taxa situou-se em 10,6%, registrou-se retração (-1,0 ponto percentual).

Regionalmente, na comparação com outubro de 2005, não foi observada variação significativa em nenhuma das regiões pesquisadas. No confronto com novembro de 2004, apenas a região metropolitana de Recife apresentou crescimento (de 11,2% para 14,7%). As regiões metropolitanas de Belo Horizonte (de 9,2% para 8,2%), Rio de Janeiro (de 9,4% para 7,7%) e São Paulo (de 11,2% para 9,7%) apresentaram queda nesta estimativa. Nas Regiões Metropolitanas de Salvador e Porto Alegre o quadro foi de estabilidade.



CONTINGENTE DE DESOCUPADOS MANTEVE-SE ESTÁVEL

O contingente de desocupados (2,1 milhões) ficou estável em relação a outubro de 2005. Na comparação com igual período do ano passado foi registrada queda de 9,4%, aproximadamente 220 mil pessoas.

No âmbito regional, na comparação com outubro de 2005, foi verificada estabilidade em todas as regiões pesquisadas. Confrontando com igual período do ano passado pôde ser verificada movimentação em Recife (36,9%), Rio de Janeiro, (-18,2%) e São Paulo (-13,9). Nas demais regiões o quadro foi de estabilidade.

As mulheres representavam, em novembro de 2005, a maioria dos desocupados: elas representavam em novembro de 2002, 52,1% em novembro de 2003, 55,8% em novembro de 2004, 58,3% e, em novembro de 2005 atingiram participação de 56,5%.

Destaca-se que entre os desocupados, segundo os conceitos da pesquisa, de acordo com a faixa etária, 8,1% tinham de 15 a 17 anos, 37,9% tinham de 18 a 24, 47,3% de 25 a 49 anos e 6,1% 50 anos ou mais.

Ainda entre os desocupados, 19,6% estavam em busca do primeiro trabalho e 26,7% eram os principais responsáveis pela família. Com relação ao tempo de procura: 21,9% estavam em busca de trabalho por um período não superior a 30 dias; 43,1%, por um período de 31 dias a 6 meses; 10,7%, por um período de 7 a 11 meses; e 24,3%, por um período de pelo menos 1 ano.

Em novembro de 2002, 37,6% dos desocupados tinham pelo menos o ensino médio concluído, em novembro de 2003, 39,6%, percentual que chegou a 42,2% em novembro de 2004, e, na última pesquisa, atingiu 44,4%.



POPULAÇÃO OCUPADA FICOU ESTÁVEL EM TODAS AS REGIÕES

O contingente de ocupados, estimado em 20,1 milhões em novembro de 2005, não apresentou alteração na comparação com outubro de 2005, mas na comparação anual, foi observado crescimento de 2,0%, ou seja, aumento de 391 mil pessoas.

No recorte regional, referindo-se à comparação mensal, todas as regiões apresentaram estabilidade nesta estimativa. No confronto com o mesmo mês do ano passado, foi registrado incremento nesta estimativa nas regiões metropolitanas de: Belo Horizonte (2,9%), Rio de Janeiro (2,1%) e Porto Alegre (3,8%). Nas demais regiões metropolitanas o quadro foi de estabilidade.

Considerando o nível da ocupação  1 (51,3%), os resultados mostraram estabilidade no mercado de trabalho, em ambas as comparações. Em nível regional, em ambas as comparações, o quadro também foi de estabilidade em todas as áreas.

A taxa de ocupação (população ocupada/população economicamente ativa), estimada em 90,4% em novembro de 2005, não apresentou alteração na comparação mensal. No confronto anual foi observada elevação de 1,0 ponto percentual.

A pesquisa mostrou que os homens representavam, em novembro de 2005, 56,1% da população ocupada, enquanto as mulheres, 43,9%. A população de 25 a 49 anos representava 63,2% do total de ocupados. A pesquisa revelou, também, que o percentual de pessoas ocupadas em novembro de 2005 com 11 anos ou mais de estudo era de 50,3%.

O tamanho do empreendimento é outra característica observada pela pesquisa, que estimou em 56,7% a proporção de pessoas trabalhando em empreendimentos com 11 ou mais pessoas. Nos empreendimentos de 6 a 10 pessoas ocupadas, esta proporção era de 6,7%, enquanto para aqueles empreendimentos com no máximo 5 pessoas ocupadas, a proporção era de 36,6%.

Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, 47,3% da população ocupada cumpria, em outubro de 2005, uma jornada de trabalho de 40 a 44 horas semanais e cerca de 33,8%, acima de 45 horas semanais. Em média, segundo os dados da pesquisa, 67,1% dos trabalhadores, nas seis regiões pesquisadas, tinham aquele trabalho há pelo menos 2 anos; 11,8% há entre 1 ano a menos de 2 anos; 19,3% há entre um mês e um ano; e apenas 1,8% estavam naquele trabalho há menos de 1 mês.

 



Análise dos resultados com relação aos principais grupamentos de atividade.

  • Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água ( 17,9% da PO) No total das seis regiões, em ambas as comparações, o contingente de ocupados deste grupamento apresentou estabilidade. No enfoque regional, na comparação mensal, verificou-se alteração significativa na Região Metropolitana de Salvador (8,7%). Frente a novembro de 2004, não foi observada alteração nesta estimativa em nenhuma da regiões metropolitanas pesquisadas.

  • Construção (7,4% da PO) No total das seis regiões, em ambas as comparações, o contingente de ocupados deste grupamento apresentou estabilidade. Na comparação com outubro deste ano, a Região Metropolitana de Porto Alegre foi a única a apresentar alteração (10,9%), aumento de aproximadamente 12 mil trabalhadores. No enfoque regional, não foi verificada alteração significativa em nenhuma das regiões pesquisadas em relação a novembro do ano passado.

  • Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (19,5% da PO) O contingente de ocupados desse grupamento manteve-se estável tanto em relação outubro de 2005 quanto a igual mês do ano passado. No âmbito regional, na comparação com outubro de 2005 e no confronto anual foi constatada estabilidade em todas as regiões.

  • Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (14,0% da PO). O contingente de ocupados desse grupamento de atividade manteve-se estável tanto em relação outubro de 2005 quanto em relação a igual mês do ano passado. Em nível regional, nenhuma região apresentou movimentação neste grupamento em relação a outubro deste ano. No confronto com novembro de 2004, apenas a região Metropolitana do Recife registrou aumento (19,0%).

  • Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (15,6% da PO) Foi registrada alteração significativa no contingente de ocupados nesse grupamento para o total das seis regiões apenas na comparação anual (3,8%). No âmbito regional, no confronto com outubro de 2005, o quadro foi de estabilidade em todas as regiões pesquisadas. Na comparação anual, verificou-se alteração apenas na Região Metropolitana de Salvador (8,6%).

  • Serviços domésticos (8,2% da PO) Foi registrada alteração significativa no contingente de ocupados desse grupamento, para o total das seis regiões apenas na comparação anual (4,8%). No âmbito regional, no confronto com outubro de 2005, o quadro foi de estabilidade em todas as regiões pesquisadas. Na comparação anual, verificou-se alteração nas regiões metropolitanas do Recife (-17,3%), Salvador (14,6%), São Paulo (10,5%) e Porto Alegre (12,9%).
  • Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) (16,9% da PO) Foi observado, para o total das seis áreas, quadro de estabilidade em ambas as comparações no contingente de ocupados desse grupamento. Na comparação com outubro deste ano, a Região Metropolitana do Rio de Janeiro foi a única a apresentar alteração (4,1%), aumento de aproximadamente 38 mil trabalhadores. No enfoque regional, em relação a novembro do ano passado, foi verificada alteração significativa apenas na Região Metropolitana do Recife (-9,6%).


Análise da forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho

  • Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado2 (40,3% da PO) Em relação a outubro de 2005, o contingente de trabalhadores nesta forma de inserção no mercado de trabalho manteve-se estável. Frente a novembro de 2004 ocorreu variação de 3,6%, ou seja, aumento de aproximadamente 281 mil pessoas. Na análise regional, com vistas à comparação mensal, se verificou alteração apenas na Região Metropolitana do Rio do Janeiro (4,3%). Na comparação com novembro de 2004, registrou-se variação nas regiões de Belo Horizonte (8,8%), Rio de Janeiro (4,5%) e Porto Alegre (7,4%).

  • Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado 2 (15,7% da PO) Esta estimativa manteve-se estável na comparação mensal e anual. Na esfera regional, na comparação mensal, não foi registrada alteração em nenhuma das regiões pesquisadas. Na comparação anual, registrou-se variação apenas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (-14,0%).

  • Trabalhadores por conta própria (19,4% da PO). Não foi verificada alteração no agregado das seis regiões em nenhuma das comparações. Na esfera regional, na comparação mensal, verificou-se alteração apenas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (7,1%). Na comparação anual, registrou-se variação na Região Metropolitana de Salvador (-8,8%).


RENDIMENTO MÉDIO REAL 3

A pesquisa estimou, para o agregado das seis regiões, o rendimento médio real habitualmente recebido em R$ 974,50, apresentando variação de 0,4% em relação a outubro de 2005. Na comparação com novembro do ano passado, o quadro também foi de recuperação (2,1%).

No enfoque regional, em relação a outubro de 2005, o quadro foi de queda nas regiões metropolitanas do Recife (-3,8%), Rio de Janeiro (-0,9%) e Porto Alegre (-2,0%). As regiões metropolitanas de Salvador (0,5%) e São Paulo (2,2%) apresentaram recuperação e em Belo Horizonte verificou-se estabilidade.

A análise regional, na comparação anual, mostra um quadro de recuperação nas seguintes regiões metropolitanas: Recife (3,2%), Salvador (10,7%), Belo Horizonte (0,5%) Rio de Janeiro (3,2%) e São Paulo (2,1%). Em Porto Alegre houve queda de 2,8%.



Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação MENSAL

Para o total das seis regiões, na comparação mensal, registrou-se o seguinte quadro:

  • estabilidade no rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, com o rendimento médio sendo estimado em R$ 963,00 em novembro; Apenas as regiões metropolitanas de Recife (-3,7%) Belo Horizonte (-4,7%) e Porto Alegre (-4,6%) tiveram perda nesta categoria. As demais apresentaram recuperação: Salvador (6,2%), Rio de Janeiro (0,7%) e São Paulo (2,2%).

  • recuperação no rendimento na categoria dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado, com o rendimento médio sendo estimado em R$ 668,40 em novembro ante R$ 643,97 em outubro (variação de 3,8%); As regiões metropolitana de: Recife (3,7%), Belo Horizonte (8,2%), São Paulo (7,1%) e Porto Alegre (1,0%) registraram ganho no rendimento desta categoria. Nas regiões de Salvador (-1,9%) e Rio de Janeiro (-3,3%), o quadro foi de perda.

  • queda no rendimento para a categoria dos trabalhadores por conta própria a variação foi de (-2,6%), com o rendimento médio passando de R$ 803,76 para R$ 782,70. As regiões metropolitana de: Salvador (0,8%), Belo Horizonte (4,1%) e, Rio de Janeiro (2,9%), registraram ganho no rendimento desta categoria. Nas regiões de Recife (-8,0%), São Paulo (-6,4%) e Porto Alegre (-2,6%) o quadro foi de perda.


Análise do rendimento médio dos trabalhadores por grupamento de atividade

Na comparação com outubro de 2005, verificou-se:

  • estabilidade no rendimento médio real habitual dos trabalhadores, dos grupamento de atividade e outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) e serviços domésticos;

  • alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores, dos seguintes grupamentos de atividade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (0,5%); construção (9,9%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (2,6%);

  • queda no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos: comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (-0,8%) e serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (-1,3%).

No confronto com novembro de 2004, foi verificada:

  • estabilidade no rendimento médio real habitual dos trabalhadores do grupamento de atividade outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais);

  • alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos grupamentos de atividade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (6,2%); comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (3,6%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (-2,3%) e serviços domésticos (6,9%);

  • queda no rendimento médio real habitual dos trabalhadores no grupamento de atividade: construção (-2,1%); serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (-0,6%).

O quadro a seguir mostra as variações do rendimento médio real habitual da população ocupada, segundo os grupamentos de atividade.



PESSOAS EM IDADE ATIVA (PIA)

A pesquisa, realizada em Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, registrou um contingente de 39 milhões de pessoas em idade ativa (pessoas de 10 anos ou mais), que representou variação de 0,4% em relação a outubro de 2005 e 2,1% na comparação com novembro de 2004, ou seja, um acréscimo de 799 mil pessoas em idade ativa.

Na análise por gênero, constatou-se que as mulheres representavam, em novembro de 2005, a maioria da população em idade ativa (53,2%), enquanto os homens, 46,8%. A população em idade ativa estava distribuída, segundo a faixa etária, da seguinte forma: 9,1% de 10 a 14 anos, 6,1% de 15 a 17 anos, 14,9% de 18 a 24 anos, 44,4% de 25 a 49 anos, e a população de 50 anos ou mais representava 25,5%. O grupo de jovens de 16 a 24 anos, população alvo do Programa Primeiro Emprego, representava, em novembro de 2005, 19,1% da PIA.

PESSOAS ECONOMICAMENTE ATIVAS (PEA)

No agregado das seis regiões, o contingente de pessoas na força de trabalho foi estimado, em novembro de 2005, em 22,3 milhões, não apresentando alteração nas comparações mensal e anual. A pesquisa não registrou variação na taxa de atividade na comparação mensal ( 56,8%) (proporção de pessoas economicamente ativas em relação ao número de pessoas de 10 anos ou mais de idade). No confronto com novembro de 2004, este indicador apresentou queda de 0,7 ponto percentual, em decorrência, principalmente, da redução no contingente de desocupados.

Na análise por gênero, constatou-se que os homens representavam, em novembro de 2005, a maioria da população economicamente ativa (54,8%), enquanto as mulheres, 45,2%. A distribuição da população economicamente ativa por faixa etária apontou que: 0,3% estavam na faixa de 10 a 14 anos de idade; 2,3%, de 15 a 17 anos; 18,5%, de 18 a 24 anos; 61,7%, de 25 a 49 anos e 17,3%, de 50 anos ou mais. O grupo de jovens de 16 a 24 anos, população alvo do Programa do Primeiro Emprego, representava, em novembro de 2005, 20,4% da PEA.

Em nível regional, o contingente de pessoas economicamente ativas, na comparação com outubro de 2005, apresentou estabilidade em todas as regiões metropolitanas. Dentre os economicamente ativos, 46,3% eram os principais responsáveis pelo domicílio.



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1   (Proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa).

2   Exclusive trabalhador doméstico, militar, funcionário público ou estatutário e outros empregados do setor público.

3  Rendimento habitualmente recebido

Pelo quinto mês consecutivo, a taxa de desocupação registrada pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE manteve-se estável ( 9,6%). Em relação à novembro de 2004 (10,6%), a retração foi de 1 ponto percentual. O rendimento médio real habitualmente recebido (R$ 974,50) apresentou elevação de 0,4% em relação ao mês anterior e 2,1% na comparação anual. O rendimento dos homens foi estimado em R$ 1.115,50, enquanto o das mulheres em R$ 792,50. O emprego com carteira assinada permaneceu estável na comparação mensal, mas em relação a novembro de 2004 houve alteração de 3,6%, que equivale a mais 281 mil postos de trabalho nesta forma de inserção.