Entre março e abril de 2017, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) do IBGE, que mede a variação dos preços da indústria geral (extrativas e de transformação), recuou 0,12%. No ano, os preços da indústriageral acumulam recuo (-0,20%), mas em 12 meses a variação acumulada é de 3,05%. Em relação a março, os preços de 13 das 24 atividades industriais investigadas tiveram alta.

Dentro do conjunto de preços “na porta da fábrica” acompanhados para o cálculo do IPP, as quatro atividades industriais que exerceram as maiores influências sobre índice do mês foram refino de petróleo e produtos de álcool (-0,29 p.p.), alimentos (-0,07 p.p.), indústrias extrativas (0,06 p.p.) e outros produtos químicos (0,06 p.p.).

Nos quatro primeiros meses do ano, o IPP acumulou queda de 0,20%. Nesse caso, os setores de maior influência foram alimentos (-1,01 p.p.), metalurgia (0,55 p.p.), outros produtos químicos (0,35 p.p.) e refino de petróleo e produtos de álcool (-0,21 p.p.).

Em relação a abril de 2016, os preços da indústria geral subiram 3,05%. Os setores de maior influência foram metalurgia (1,08 p.p.), indústrias extrativas (0,96 p.p.), alimentos (0,69 p.p.) e veículos automotores (0,47 p.p.).

Manuel Campos, o analista do IBGE responsável pelo IPP, lembrou que os preços das indústrias extrativas encontram-se pressionados pela demanda internacional por minério de ferro: “A China tem aumentado seus preços e tem utilizado minério de maior qualidade. Com isso, em um ano, os preços da indústria extrativa tiveram 33,2% de aumento”, disse. Na comparação com abril de 2016, essa foi a maior variação percentual entre as atividades investigadas.

Por Luiz Bello
Imagem: Simone Mello