Lançado na manhã de terça-feira (4), em coletiva pública na Casa Brasil IBGE, no Centro do Rio (RJ), o novo site NOMES NO BRASIL acumulava no dia seguinte mais de 1 milhão de visualizações. Com a participação da diretora de Geociências do IBGE, Maria do Carmo Bueno, do coordenador-geral de Documentação e Disseminação de Informações, José Daniel Castro, do coordenador-adjunto de Documentação e Disseminação de Informações, Leandro Albertini, o evento reuniu servidores e convidados e foi transmitido pelo IBGE digital. Acesse aqui o NOMES NO BRASIL.

Na entrada principal do Palácio da Fazenda, um spoiler anunciava três dos nomes mais comuns do país. MARIA, JOSE e SILVA em letras gigantes serviram como convite para prestigiar o lançamento do novo NOMES NO BRASIL. Em um breve passeio pela ala direita da Casa Brasil IBGE, localizada no térreo do prédio, era possível literalmente circular entre os nomes e sobrenomes mais frequentes da população: pendurados pelo teto, em um caminho ascendente de acordo com a popularidade.

Além do ranking, a imersão interativa do evento também explorou curiosidades e detalhes da Onomástica: era possível acessar, em um totem interativo, fatos e curiosidades sobre a ciência dos nomes próprios. Nas TVs da exposição, um ranking explorava dados sobre os 10 nomes femininos, 10 nomes masculinos e 10 sobrenomes mais frequentes no país.

Informações sobre o Top 30, nomes mais frequentes de cada categoria, também estavam dispostos em cards de consulta; que exploravam dados estatísticos, mas também suas origens etimológicas e significados. A visita finalizava com brindes de brinquedos de papel (paper toys) montáveis das ilustrações do site e informações complementares sobre a exposição e o site em um totem digital. A experiência presencial demonstra, de forma lúdica, as potencialidades do novo site NOMES NO BRASIL, o banco de nomes da sociedade brasileira, atualizado pelos dados do Censo 2022.

“Mais do que um levantamento de nomes, essa divulgação nos convida a uma reflexão sobre a nossa riqueza cultural, nossa diversidade social que é expressada na forma como nomeamos as pessoas, porque os nomes e sobrenomes contam histórias, eles revelam origens, tradições, trajetórias familiares, migrações, enfim, conversam sobre as transformações culturais que atravessam tanto o tempo quanto o território”, celebra Giulia Scappini, coordenadora técnica do Censo Demográfico.

Durante o lançamento, o gerente de Inovação e Desenvolvimento, Rodrigo Rego, relembrou o sucesso da primeira edição, lançada em 2016: a primeira edição de Nomes no Brasil surgiu da utilização dos dados de identificação preenchidos que, anteriormente, não eram utilizados para a produção de estatísticas. O tratamento dos primeiros nomes, aproveitados do campo de preenchimento dos formulários do Censo 2010, gerou resultados como ranking de popularidade, uma série histórica de incidência ao longo das décadas de nascimento e distribuição geográfica desses nomes.

A quantidade de acessos foi tanta que a equipe responsável precisou desenvolver uma solução para garantir que o site suportasse a demanda: “A equipe precisou na época criar um balanceamento de carga, para aumentar e reduzir a disponibilidade de processamento dos servidores de acordo com a demanda correspondente, tecnologia que não usávamos antes e que hoje é aplicada a todos os sites que administramos”, explica Rodrigo Rego, gerente de Inovação e Desenvolvimento do IBGE.

Desde o momento em que entrou no ar, a nova edição do NOMES NO BRASIL acumulava até o dia seguinte mais de 1 milhão de visualizações. Entre as novidades da nova edição, está a adição dos sobrenomes, resultado da evolução do processo de coleta do Censo: com a inclusão de um campo próprio para preenchimento exclusivo dos sobrenomes, esses novos dados puderam ser tratados e catalogados separadamente.

A doutora em Linguística e pesquisadora pela Universidade de Brasília (UnB, Juliana Soledade, revelou ser usuária diária da primeira versão da ferramenta há oito anos. “Utilizo o site desde 2017, escrevi um livro de mais de 500 páginas. E todos os nomes foram verificados no site do IBGE”.

Juliana participa da elaboração de um Dicionário de Nomes em uso no país e ressalta que a escassez de dados da antroponímia brasileira – campo de estudo dos nomes próprios de pessoas - foi sanada pela iniciativa da primeira edição do Nomes no Brasil. Ao ser informada do lançamento da nova edição atualizada, ressaltou a importância do projeto para as ciências sociais no país. “O IBGE fez uma coisa maravilhosa, que foi nos oferecer esses dados. Foi simplesmente estrondoso para o nosso escopo de estudo e nos deu as ferramentas que a gente precisava”, comemorou.

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