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Em visita ao IBGE, ministra Simone Tebet destaca projeto de rotas de integração sulamericana

Editoria: IBGE | Breno Siqueira

29/01/2024 18h25 | Atualizado em 08/02/2024 08h52

Ministra Simone Tebet e Marcio Pochmann discutem ações conjuntas entre MPO e IBGE para 2024 -  Foto: Marina S. Alves/IBGE

A Ministra do Planejamento e Orçamento (MPO), Simone Tebet, reuniu-se com a diretoria do IBGE nesta segunda-feira, 29, para tratar dos Planos de Trabalho para 2024 do ministério e do Instituto, além da realização de ações conjuntas para o próximo período, como do projeto das 5 Rotas de Integração do Brasil com os demais países da América do Sul.

Segundo a ministra Tebet, as ações e obras da Rota de Integração “estão todas desenhadas à luz do orçamento que temos. A Rota está integrada com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal e integrada com o plano de trabalho do Ministério das Comunicações, na parte da conectividade. Na parte da Segurança Pública, com o Ministério da Justiça, com o Ministério dos Portos e Aeroportos, com o Ministério dos Transportes e daí por diante”, disse a ministra.

Nas áreas de fronteira, a ministra ressaltou o papel do IBGE na coleta das informações. “O IBGE é peça fundamental porque vamos agora ouvir os setores de todos os estados de fronteira para colher dados, e cruzar estas informações com as que já temos. Nosso ponto de partida é o trabalho que o Instituto levantou este ano [no Censo]. A partir desta escuta do interior deste país, nós mostraremos que o Governo Federal não olha apenas para o litoral, e sim para o Brasil como um todo. Desenvolvimento integrado significa garantir emprego e renda para os nossos países vizinhos e, principalmente, ao povo brasileiro”, afirmou Simone.

O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, reforçou o papel do Instituto na integração do território brasileiro, e sua capacidade de coordenar as tarefas necessárias. “No encontro com a ministra Tebet e sua equipe foi possível, mais uma vez, reiterar o protagonismo do Instituto no novo sistema nacional soberano de geociência, estatística e dados. Justamente nesta criação que nos colocamos como capazes de coordenar todas as tarefas referentes aos dados oficiais e daqueles que não são oficiais e demandam certificação, homogeneidade metodológica e capacidade de pareamento entre as diferentes instituições que produzem este tipo de informação”, disse Pochmann.

Ele ainda salientou à ministra a importância da valorização salarial e de carreira dos quadros do Instituto. “Foi possível colocar para a ministra a necessidade do estabelecimento das carreiras que sejam adequadas à finalidade e à capacidade do IBGE e dos seus servidores qualificados em produzir informações para o planejamento do desenvolvimento do país. Não apenas nas carreiras, mas na questão salarial, especialmente dos trabalhadores temporários, que vivem com remuneração muito restrita. Essa é a pauta do IBGE junto com o sindicato. Também destacamos a necessidade de ter recomposição do orçamento do Instituto para cumprir o seu Plano de Trabalho, que pela primeira vez em sua história, permitiu integrar as diferentes áreas de desenvolvimento tecnológico da pesquisa, da geociência, da divulgação, da parte executiva do IBGE”, concluiu Pochmann.

O presidente Marcio Pochmann entregou à ministra um relatório sobre os primeiros meses de sua gestão à frente do IBGE - Foto: Marina S. Alves/IBGE
A Diretoria do IBGE e assessores participaram da reunião com a ministra Simone Tebet - Foto: Marina S. Alves/IBGE

5 Rotas de Integração Sulamericana

O projeto de integração dos países da América do Sul, capitaneado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, consiste em cinco rotas de integração regional com o objetivo de ampliar o comércio e interação entre os diferentes produtores dos países da região. A primeira é a Rota da Ilha das Guianas, incluindo os estados do Amapá e Roraima, além de partes dos territórios do Amazonas e Pará, articuladas com a Guiana, Guiana Francesa, Suriname e a Venezuela. A segunda é a Rota Multimodal Manta-Manaus, contemplando o estado do Amazonas e partes de Roraima, Amapá e Pará, interligada via fluvial até a Colômbia, Peru e Equador.

A terceira é a do Quadrante Rondon, que toma os estados do Acre e Rondônia e passa por toda a porção oeste do Mato Grosso, conectada com Bolívia e Peru. A Rota de Capricórnio passa por três estados: Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, ligada, por diversas vias, aos países do Paraguai, Argentina e Chile.

Mais ao sul do continente, a quinta Rota Porto Alegre-Coquimbo abrange o Rio Grande do Sul, integrando com a Argentina, Uruguai e Chile. Ao todo, serão 124 obras, em diferentes modais de transporte, e integradas ao PAC e ao orçamento brasileiro.